Barco dragão

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Um barco dragão é uma embarcação movida a tração humana, originária da região do Delta do Rio das Pérolas, província de Guangdong, no sul da China. Barcos dragões eram feitos de teca, mas em outras partes da China são utilizados diferentes tipos de madeira. É parte de uma família de barcos a remo tradicionais, encontrados em toda a Ásia, África, Ilhas do Pacífico e Porto Rico. O esporte das corridas de barcos de dragão tem suas raízes em um antigo ritual folclórico de aldeões rivais, que remonta a 2000 anos no sul da China e ainda mais aos jogos originais de Olímpia na Grécia antiga. As corridas de barcos de dragões e a antiga Olimpíada incluíam aspectos de observâncias religiosas e celebrações da comunidade, além de competições.[1]

O mais longo barco-dragão (Kambojika Putta Khemara Tarei) em exibição ao lado do Palácio Real de Phnom Penh, Camboja.

Na sua origem está a celebração da morte de um grande poeta e diplomata: Qu Yuan, que viveu no período dos Sete Reinos Combatentes (475-221 a.C.).[2]

Depois de ter apoiado uma deslocação do imperador a um reino vizinho, enquanto conselheiro real, que foi malsucedida, Qu Yuan retirou-se para a sua terra natal, onde se suicidou atirando-se ao rio Mek Lo.[3][4]

Quando os barcos que o iam resgatar se aproximavam do corpo, os remadores atiraram bolinhos de arroz — zonzi[3] para saciar os monstros marinhos, ao mesmo tempo que batiam com os remos para os afugentar. O barco simboliza o dragão que representa a virilidade, o vigor, a fertilidade; é um ser benéfico, apanágio dos deuses.

Desde então, que estas festividades têm sido associadas a outras celebrações.

Ver também editar

Referências

  1. «Oswego Dragon Boat Festival». Oswegodragon.com. 30 de dezembro de 2011. Consultado em 6 de março de 2013. Arquivado do original em 27 de junho de 2013 
  2. MENDES, Carmen Amado; ALVES, Ana Cristina (2022). «A Festividade dos Barcos-Dragão». Cultura Chinesa: Uma Perspetiva Ocidental. [S.l.]: Almedina. 296 páginas. ISBN 9789894005377 
  3. a b JAIVIN, Linda (2022). A Mais Breve História da China. [S.l.]: Publicações Dom Quixote. ISBN 9789722075039. Depois de um dos Estados mais agressivos, os Quin, no extremo noroeste da civilização chinesa, ter conquistado outro Estado, o Chů, no vale central do rio Yangtzé, o talentoso poeta chu Qū Yuán (343-278 a.C.), desesperado pelo que sucedera à sua terra bem-amada, suicidou- se, atirando-se a um rio. Segundo a lenda, os pescadores locais correram para os seus barcos para o salvar; não o tendo conseguido, atiraram arroz para o rio, para que os peixes não comessem o corpo. Até hoje, no quinto dia do quinto mês lunar, as pessoas organizam competições de «barcos dragão» e comem arroz glutinoso cozido em folhas de bambu para celebrar Qu Yuan, cujo nome é sinónimo de lealdade e sacrificio patriótico. 
  4. WOLVERTON, Barry (2017). O portal do dragão. Traduzido por Guilherme Kroll. [S.l.]: HarperCollins. 288 páginas. ISBN 9788595082120. Consultado em 30 de junho de 2023. O grande poeta Qu Yuan se afogou aqui. Ele tinha sido exilado para o sul do lago por seu rei durante os Estados em Guerra, por causa sua oposição à aliança de seu rei com Qin. Quando Qin conquistou tudo, Qu Yuan caiu em desespero e tirou a própria vida. Dizem que os aldeões remaram para o lago para recuperar seu corpo, mas não conseguiram. Os barcos dragão navegam em homenagem a ele. 

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