Batalha da Floresta de Teutoburgo

A Batalha da Floresta de Teutoburgo, também chamada de Desastre de Varo, ocorreu durante o outono do ano 9 d.C.[1] na Floresta de Teutoburgo, na atual Alemanha, perto da atual cidade de Bramsche.

Batalha da Floresta de Teutoburgo
Parte das Guerras Germânicas

Mapa da Batalha da Floresta de Teutoburgo
Data c. setembro de 9
Local Floresta de Teutoburgo, Germânia
(atual Kalkriese, Baixa Saxônia, Alemanha)
Desfecho Vitória germânica
Beligerantes
Povos germânicos Império Romano
Comandantes
Armínio
Segimero
Públio Quintílio Varo 
Unidades
XVII, XVIII e XIX Legiões
Forças
c. 15 mil c. 14–22 mil
Baixas
Desconhecidas c. 16–20 mil mortos

Uma aliança de tribos germânicas chefiada por Armínio (em alemão Hermann), da tribo dos queruscos, emboscou e dizimou três legiões romanas,[2] lideradas por Públio Quintílio Varo, que o consideravam até então como aliado. Como resultado a batalha estabeleceu o rio Reno como fronteira do Império Romano pelos séculos seguintes, fato que estabeleceu uma importante distância entre as culturas romana e germânica, assim como o declínio da influência romana em tribos germânicas.

História editar

 
Hermannsdenkelmal: Monumento do século XIX em homenagem a Armínio na Floresta de Teutoburgo (próximo a Detmold). Hoje sabe-se que o local da batalha foi a cerca de 80 km dali, em Kalkriese[2]

No ano 7 d.C., Públio Quintílio Varo, casado com Vipsânia Marcela, filha de Marco Vipsânio Agripa, foi nomeado governador da Germânia. Grande parte da Germânia (até ao rio Elba) estava ocupada, relativamente pacificada e submetida, por três legiões romanas: Legio XVII, Legio XVIII e Legio XIX.

Armínio, o chefe tribal germânico, que servira no exército romano e que havia ganhado a cidadania romana,[3] avisou Varo de uma revolta germânica, a qual deveria ser suprimida o mais rápido possível. Indicou-lhe um atalho na Floresta de Teutoburgo, uma área com bosques impenetráveis, cheios de colinas e barrancos, como local ideal para combater a revolta. Um terreno, portanto, que obrigava a já heterogênea coluna romana a estirar e desordenar ainda mais as suas fileiras. No entanto, outros generais mais experientes, assim como o germano Segestes, de confiança de Varo, avisaram-no de que Armínio poderia estar planejando um ato de traição. O pouco experiente Varo não ouviu os conselhos e seguiu pela floresta indicada, onde os romanos sofreram uma emboscada e foram terrivelmente massacrados.

Mais tarde, as legiões romanas organizaram novas campanhas na Germânia sob o comando do General Tibério (futuro imperador) com o objectivo de recuperar as insígnias imperiais perdidas na Batalha de Teutoburgo, que estavam então em mãos germanas. Mas, dessa vez, a missão foi concluída com êxito.

Curiosamente, à plebe romana foi ocultado este terrível massacre que o império sofreu. Acredita-se com o intuito de não alarmar e não denegrir o poder de Roma face aos olhos do povo.

Referências

  1. M. A., History; M. S., Information and Library Science; B. A., History and Political Science. «What You Should Know About the Battle of the Teutoburg Forest». ThoughtCo (em inglês). Consultado em 1 de outubro de 2020 
  2. a b KULIKOWSKI, Michael (2008). Guerras Góticas de Roma. 1 1 ed. São Paulo: Madras. 246 páginas. ISBN 978-85-370-0437-1 
  3. GEARY, Patrick (2005). O mito das nações. A invenção do nacionalismo. 1 1 ed. São Paulo: Conrad. 223 páginas. ISBN 85-7616-120-6 

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