Beats Vol. 1: Amor

álbum instrumental de Sam The Kid

Beats Vol. 1: Amor é o terceiro álbum de Sam The Kid. Editado em 2002 pela Loop Recordings, o disco foi um dos primeiros álbuns de hip-hop instrumental editados em Portugal.[1]

Beats Vol. 1: Amor
Beats Vol. 1: Amor
Álbum de estúdio de Sam The Kid
Lançamento 4 de novembro de 2002 (2002-11-04)
Estúdio(s) Quarto Mágico
Género(s) hip hop, hip hop tuga
Duração 61:14
Formato(s) CD
Editora(s) Loop Recordings
Produção Sam The Kid
Cronologia de Sam The Kid
Sobre(tudo)
(2001)
Pratica(mente)
(2006)

Sam The Kid idealizou o álbum como a banda sonora da história de amor entre os seus pais.[2][3] A capa foi desenhada por Cesária Martins, que trabalhou com base em fotografias do casal selecionadas por Sam The Kid.[2]

Sampling editar

O álbum foi inteiramente gravado num sampler AKAI MPC 2000.[2][4] O registo é uma manta de retalhos que inclui jazz, soul, hip-hop, música portuguesa e MPB, mas também uma variedade de outros sons.[2][4] Além de excertos de filmes pornográficos, telenovelas e outro material televisivo, o álbum inclui gravações de momentos privados do quotidiano do artista, como telefonemas pessoais ou até o próprio bater do coração.[2][4]

A utilização de samples ao longo do disco deu origem ao primeiro caso judicial em Portugal centrado nesta técnica de produção musical: Victor Espadinha processou Sam The Kid pelo uso de um sample da sua voz no tema "Sedução".[3][5][6] A fase de instrução deu razão a Sam The Kid e à Loop, tendo o juiz declarado que o trecho usado (uma frase proferida num programa televisivo) não estava protegido por direito de autor, podendo ser usado livremente.[3][5]

Impacto e reconhecimento editar

O álbum tem sido reconhecido como um dos álbuns mais importantes da música portuguesa do século XXI. Em 2005, foi incluído na antologia 231 Discos Para um Percurso pela Música Urbana em Portugal, um livro com a coordenação de Henrique Amaro. Em 2009, integrou a lista dos 25 álbuns portugueses mais importantes dos últimos 40 anos para a revista Blitz.[7]

Alinhamento editar

N.º Título Duração
1. "Beleza"   4:46
2. "O Keu Kero"   4:03
3. "Sedução"   3:56
4. "Vem"   4:30
5. "Eternamente Hoje"   4:33
6. "Alma Gémea"   4:44
7. "A Fundação."   4:23
8. "Fogo Sem Chama"   3:09
9. "Lances"   3:29
10. "A Manhã Seguinte"   4:30
11. "Até Um Dia"   3:49
12. "Arrependimento"   3:29
13. "Memórias"   3:35
14. "Quando A Saudade Aperta"   3:16
15. "Eu e tu"   4:28
16. "Recaída"   2:50
17. "O Amor Não Tem Fim"   1:04
Duração total:
61:14

Referências editar

  1. Ribeiro, Alexandre (10 de fevereiro de 2022). «Há 20 anos, os Bulllet apresentavam "o primeiro álbum de instrumentais com tendência hip hop que saiu em Portugal"». Rimas e Batidas. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  2. a b c d e Abreu, Rui Miguel (15 de março de 2016). «Beats Vol.1: Amor. Sam the Kid a samplar a vida». Rimas e Batidas. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  3. a b c Abreu, Rui Miguel (20 de fevereiro de 2016). «Quanto custa um sample? De Sam The Kid a Kendrick Lamar». Rimas e Batidas. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  4. a b c «Sam The Kid – Beats. Vol 1 (2002) | Altamont». 3 de abril de 2019. Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  5. a b Santos, Inês Filipa Miguel (24 de julho de 2013). «A Apropriação Cultural como Ferramenta de Criação Artística - Um Estudo sobre a Utilização do Sampling no Contexto do Hip Hop Nacional». Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  6. Freitas, Beatriz Leocádio Veiga de (30 de novembro de 2021). «A utilização de sampling pelos novos produtores de hip hop Português». Consultado em 16 de dezembro de 2022 
  7. PÚBLICO. «"Blitz" elege os 25 melhores álbuns portugueses das últimas quatro décadas». PÚBLICO. Consultado em 16 de dezembro de 2022 

Ligações externas editar