Bento Gonçalves Filho

político e empresário brasileiro
 Nota: Para outros significados de Bento Gonçalves, veja Bento Gonçalves (desambiguação).

Bento Gonçalves Filho, mais conhecido como Bento Gonçalves, (Matozinhos, 21 de março de 1912Brasília, 4 de dezembro de 1984) foi um empresário e político brasileiro, outrora deputado federal por Minas Gerais.[1][2][3]

Bento Gonçalves Filho

Bento Gonçalves Filho
Deputado federal por Minas Gerais
Período 1955-1983
Vice-prefeito de Belo Horizonte
Período 1947-1951
Dados pessoais
Nascimento 21 de março de 1912
Matozinhos, MG
Morte 4 de dezembro de 1984 (72 anos)
Brasília, DF
Partido PRM (antes de 1937)
PR (1945–1962)
PSP (1962–1965)
ARENA (1966–1979)
PP (1980–1982)
PMDB (1982–1984)
Profissão empresário

Dados biográficos editar

Filho de Bento Gonçalves e Catarina Jorge Gonçalves. Empresário, dedicou-se a atividades empresariais em diferentes setores, assumindo uma diretoria na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais em 1941, cargo que ocupou durante onze anos. Antes disso, foi ligado politicamente a Artur Bernardes e teve participação em fatos como a Revolução de 1930 e a Revolução Constitucionalista de 1932.[1] Filiado ao Partido Republicano Mineiro, perdeu a eleição para vereador na capital mineira em 1936, interrompendo a carreira política no ano seguinte por causa do Estado Novo. No fim da Era Vargas, ingressou no PR, do qual foi secretário-geral, dentre outros cargos, sendo eleito vice-prefeito de Belo Horizonte em 23 de novembro de 1947, numa chapa encabeçada por Otacílio Negrão de Lima.[4][nota 1]

Presidente da Companhia Distribuidora da Produção de Minas Gerais no governo Milton Campos, foi o quinto suplente de deputado federal em 1950, exercendo o mandato sob convocação.[nota 2] Secretário de Viação e Obras Públicas no governo Juscelino Kubitschek, foi eleito deputado federal em 1954 e 1958, regressando ao cargo de secretário de Viação e Obras Públicas no governo Bias Fortes.[3] Reeleito via PSP em 1962, presidiu o diretório estadual do partido. Filiado à ARENA quando o Regime Militar de 1964 outorgou o bipartidarismo através do Ato Institucional Número Dois,[5] reelegendo-se em 1966, 1970, 1974 e 1978.[2]

Quando o governo do presidente João Figueiredo restaurou o pluripartidarismo,[6] ingressou no PP em 1980 e depois no PMDB quando houve a incorporação entre as duas legendas.[7] Ocupou seu último cargo público como vice-presidente do Banco de Crédito Real de Minas Gerais no governo Tancredo Neves.[1]

Notas

  1. A Constituição de 1946 não fixou um data para as eleições municipais, deixando que o Distrito Federal e cada um dos 20 estados tratassem a respeito do tema.
  2. Empossado como deputado federal em 30 de setembro de 1952, não foi possível determinar a extensão de sua licença.

Referências

  1. a b c BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Bento Gonçalves no CPDOC». Consultado em 28 de setembro de 2022 
  2. a b BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 28 de setembro de 2022 
  3. a b BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Bento Gonçalves». Consultado em 26 de setembro de 2022 
  4. BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Otacílio Negrão de Lima no CPDOC». Consultado em 28 de setembro de 2022 
  5. BRASIL. Presidência da República. «Ato Institucional Número Dois de 27/10/1965». Consultado em 28 de setembro de 2022 
  6. BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 6.767 de 20/12/1979». Consultado em 28 de setembro de 2022 
  7. Redação (21 de dezembro de 1981). «PP e PMDB decidem unir-se. Capa». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 28 de setembro de 2022