Bernardo José de Sousa Soares de Andrea

Bernardo José de Sousa Soares de Andrea (Lisboa, 13 de Abril de 1795 - 1844) foi um militar e administrador colonial português.[1]

Bernardo José de Sousa Soares de Andrea
Nascimento 1795
Lisboa
Ocupação poeta, escritor

Biografia

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Filho de José Joaquim Soares de Andrea (Lisboa, Olivais, bap. 24 de Setembro de 1744 - 14 de Julho de 1800), Fidalgo Português neto materno dum Italiano descendente duma das principais famílias de Génova, Cavaleiro da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo e Fidalgo da Casa Real, e de sua mulher Isabel Narcisa de Sant'Ana e Sousa, era irmão mais novo de Tomás José de Sousa Soares de Andrea, de Francisco José de Sousa Soares de Andrea, Barão de Caçapava no Brasil, e José Maria de Sousa Soares de Andrea.

Depois de justificada a sua Nobreza, assentou Praça como Aspirante de Marinha em Janeiro de 1810. Em 1838 era Capitão-de-Fragata da Marinha Portuguesa.[1]

Foi Oficial distinto e valoroso. De 1821 a 1823, comandou diferentes navios da Esquadra do Rio da Prata e foi promovido, por distinção, ao posto de Capitão-Tenente, por haver retomado em combate a barca D. Ana de Jesus Maria. Comandou, também, um dos quatro navios com que seu irmão, o Capitão-de-Fragata José Maria de Sousa Soares de Andrea, bateu, no Combate da Batalha Naval de Montevideu de 21 de Outubro de 1823, as seis embarcações brasileiras que bloqueavam o Porto de Montevideu.[1]

Além de Oficial distinto, tornou-se credor de elogios como Administrador, pela forma como desempenhou o cargo de Governador de Macau de 3 de Julho de 1833 a 22 de Fevereiro de 1837, e, depois, de São Tomé e Príncipe de 1839 a 5 de Fevereiro de 1843. Os habitantes de Macau ofereceram-lhe uma espada de honra, de ouro e brilhantes, de subido valor.[1]

Deixou um livro de versos intitulado Poesias do Alceu Lusitano, 1 volume, in-8.º, Lisboa, 1825.[1]

Não quis nunca aceitar o foro de Fidalgo da Casa Real, que lhe pertencia.[1]

Faleceu três meses depois de se ter reformado.[1]

O seu sobrinho-neto Álvaro de Oliveira Soares de Andrea, na dedicatória do seu livro O Systema decimal mundial e o Relogio decimal, Typografia e Papelaria Corrêa & Raposo, Lisboa, 1909, diz ter sido Capitão-de-Mar-e-Guerra, perseguido e encarcerado durante as Lutas Liberais.

Referências

  1. a b c d e f g Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 2. 551 

Precedido por
João Cabral de Estefique
 
Governador de Macau

18331837
Sucedido por
Adrião Acácio da Silveira Pinto
Precedido por
José Joaquim de Urbanski
 
Governador de São Tomé e Príncipe

1839 - 1843
Sucedido por
Leandro José da Costa