Blekinge

província histórica da Suécia
 Nota: Para outros significados, veja Blekinge (desambiguação).

Blekinge ( PRONÚNCIA), raramente Blecíngia [2], é uma pequena província histórica do sudeste da Suécia, situada junto ao mar Báltico. [3] [4] [5] [6]

Suécia Blekinge

Blecíngia

 
  Província  
Símbolos
Brasão de armas de Blekinge
Brasão de armas
Localização
Coordenadas
Região Gotalândia
Condado Blekinge
Características geográficas
Área total 2 908,63 [1] km²
População total (2023) 157 973 hab.
Altitude máxima Rävabacken
189 m
Outras informações
Maior cidade Karlskrona
Maior lago Halen

É a segunda menor província, ocupando 0,7% da área total do país, e tendo uma população de 157 973 habitantes de acordo com o censo de 2023. [7] [8] É conhecida desde o século XVIII como o "jardim da Suécia" (Sveriges trädgård). [9] [10]

Como província histórica, Blekinge não possui funções administrativas nem significado político, mas está diariamente presente nos mais variados contextos, como por exemplo em Blekingesjukhuset (Hospital de Blekinge), Blekinge Museum (Museu de Blekinge) e Blekinge Tekniska Högskola (Escola técnica superior de Blekinge). [11] [12]

Etimologia e uso

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O topônimo Blekinge deriva de Blek, um nome dinamarquês antigo designando uma "baía com águas tranquilas" no sudoeste da província. Aparece pela primeira vez num texto inglês antigo do século IX como Blecingêg, e está registrado desde o século XII como Blegunc, Blekung, Bleking e Blekinge.[13][14] Em latim, aparece como Blekingia,[15] Blecingia,[16] Blecongia[17] e Blechingia.[18]

Em textos em português costuma ser usada a forma original Blekinge. [19] [20] [21] [22]

Em várias províncias suecas, como Blekinge, por exemplo…

Condado atual

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A província histórica de Blekinge coincide inteiramente com o atual condado de Blekinge. [23] [24]

História

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Blekinge é mencionada pela primeira vez no século IX pelo mercador e explorador Wulfstan de Hedeby. Segundo ele, a região pertencia à esfera de influência dos Suíones (svear), antepassados dos suecos. Terá sido cristianizada no século XI, estando então integrada na Arquidiocese de Hamburgo-Bremen. Pertenceu à Dinamarca durante a Idade Média e a Idade Moderna - desde o século XI até o século XVII. Foi anexada na Suécia em 1658 pelo Tratado de Roskilde. Sob o Império Sueco, floresceu e algumas de suas cidades, como Karlskrona e Karlshamn, foram fundadas. Desde então, perdeu a sua proeminência. O século XIX ficou marcado por um aumento excepcional da população e uma grande emigração sobretudo para os Estados Unidos. Em 1683, foi criado o condado de Blekinge. [25] [26] [27] [28]

Heráldica

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O brasão de armas é representado por um carvalho com três coroas, tudo em cor dourada, contra um fundo azul. [29]

Geografia

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Blekinge é limitada a norte pela Småland, a leste e sul pelo mar Báltico e a oeste pela Escânia. [30]

Limites de Blekinge
Småland
Escânia   Mar Báltico
Mar Báltico


Desde o planalto meridional da Suécia até à costa do mar Báltico, apresenta três zonas sucessivas: a região florestal (skogsbygden), com muitas coníferas; a região média (mellanbygden), com campos agrícolas e lagos, salpicados de faias e carvalhos; a região costeira (kustbygden), com muitas praias e ilhas. Os rios Mörrum, Ronneby e Lyckeby, oriundos da Småland, atravessam estas três zonas longitudinalmente, e desaguam no Báltico. [31] [32] O seu litoral conta com o arquipélago costeiro de Blekinge, com mais de 1 000 ilhas e ilhotas, entre as quais se destaca Sturkö. [33] [9] [10] Suas principais cidades são Karlskrona (cidade naval), Karlshamn (porto) e Ronneby (cidade termal). [34] [35] [36]

Maiores cidades de Blekinge

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  Atualizado a 24 de setembro de 2024 [37]
As maiores cidades de Blekinge são (2020): Karlskrona, Karlshamn, Ronneby, Sölvesborg, todas junto à costa, e Olofström, no interior. [27]

  1. Karlskrona (36 904)
  2. Karlshamn (20 228)
  3. Ronneby (12 803)
  4. Sölvesborg (8 832)
  5. Olofström (7 777)

Símbolos de Blekinge

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[38]


Comunicações

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A E22 na proximidade de Ronneby

Blekinge é atravessada pela E22, seguindo a orla costeira da Escânia até à Småland. As estradas nacionais Rv 29, Rv 27 e Rv 28 a cortam paralelamente até chegarem à E22.

Uma linha ferroviária, proveniente de Malmo, acompanha a E22 de Sölvesborg a Karlskrona, onde outra linha inflete para norte em direção a Emmaboda, na Småland.

A 8 quilômetros a norte de Ronneby, na localidade de Kallinge, fica o aeroporto de Ronneby.

Entre os seus portos, têm especial destaque o porto de mercadorias de Karlshamn, e o porto de passageiros de Karlskrona, com ligação a Gdynia na Polónia.[39][40][41]

Economia

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A economia tradicional de Blekinge estava baseada na pesca, na navegação, na construção naval e na presença da marinha sueca desde o século XVII. [3]

Hoje em dia (2024), as finanças de Blekinge estão sob pressão, tendo a província baixa percentagem de empresários, alto nível de desemprego, baixos lucros empresariais e baixos salários. A maior empresa de região é a Volvo Personvagnar Aktiebolag, com 2 125 postos de trabalho. [42] [43]

Património histórico, cultural e turístico

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Blekinge é conhecida pelo seu arquipélago costeiro, pela pesca do salmão no rio Mörrum e pelas suas cidades costeiras de Karlshamn, Ronneby e Karlskrona, bastante diferentes entre si. [44] Dispõe igualmente de vários museus, com destaque para o Museu Naval, o Museu de Blekinge e o Museu do Automóvel, em Karlskrona, e ainda o Museu de Karlshamn, na própria cidade de Karlshamn. [45][46][47][48]

Em destaque, estão igualmente a Cidade Naval de Karlskrona (Örlogsstaden Karlskrona), classificada como Património Mundial da UNESCO [25][32][49], assim como a Reserva natural de Eriksberg e o centro pedagógico de ciência Kreativum em Karlshamn, e as termas de Ronneby brunn em Ronneby.[50][51][52]

Referências

  1. AES 2014, p. 29.
  2. Menini 2020, p. 102.
  3. a b Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Blekinge». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. p. 101. 101 páginas. ISBN 91-0-011462-6 
  4. «Blekinge» (em inglês). Encyclopædia Britannica (Enciclopédia Britânica). Consultado em 8 de janeiro de 2020 
  5. «Blekinge». Lello Universal: dicionário enciclopédico em 2 volumes. 1. Porto: Lello Editores. 1981. p. 349. Blekinge… província meridional da Suécia. 
  6. Costa, Antonieta (2002). «As Festas Sanjoaninas e suas origens mais remotas. Estudo Comparativo Documental» (PDF). Universidade do Minho. Cadernos NEPS: 20. ISBN 972-98695-4-5. Em várias províncias suecas, como Blekinge, por exemplo... 
  7. «Folkmängd i landskapen den 31 december 2023» (em sueco). Instituto Nacional de Estatística da Suécia. Consultado em 19 de maio de 2024 
  8. Ernby 2001, p. 76.
  9. a b König 2016.
  10. a b Editores 1998.
  11. «Landskap» (em sueco). Nationalencyklopedin (Enciclopédia Nacional Sueca). Consultado em 20 de maio de 2024 
  12. «Landskap». Bonniers Compact Lexikon (em sueco). Estocolmo: Bonnier lexikon. 1995-1996. p. 618. 1301 páginas. ISBN 91-632-0067-8 
  13. Wahlberg 2003, p. 39.
  14. Pamp 1988, p. 82.
  15. Vilborg 2009, p. 54.
  16. Degen 1917, p. 129.
  17. Afzelius 1967, p. 439.
  18. Wilde 1731, p. 137.
  19. Davi Pinheiro de Oliveira, Fábio Freitas Schilling Marquesan. «Gentrificação em Fernando de Noronha». Universidade de Fortaleza. Consultado em 16 de junho de 2020. Durante pesquisas realizadas com corretores imobiliários em Blekinge foi perguntado como era o mercado imobiliário 
  20. Läckberg, Camilla (2015). «Strömstad 1923». Teia de Cinzas. [S.l.]: Leya. ISBN 9722058126. O GRANITO ERA CONSIDERAVELMENTE MAIS DIFÍCIL DE TRABALHAR EM BLEKINGE DO QUE NAS REGIÕES CONTÍGUAS À FRONTEIRA COM A NORUEGA. CONSEQUENTEMENTEOS CANTEIROS DE BLEKINGE GOZAVAM DE... 
  21. «Blekinge». Lello Universal: dicionário enciclopédico em 2 volumes. 1. Porto: Lello Editores. 1981. p. 349. Blekinge… província meridional da Suécia. 
  22. Costa, Antonieta (2002). «As Festas Sanjoaninas e suas origens mais remotas. Estudo Comparativo Documental» (PDF). Universidade do Minho. Cadernos NEPS: 20. ISBN 972-98695-4-5. Em várias províncias suecas, como Blekinge, por exemplo... 
  23. {{Citar livro |sobrenome= Ernby |nome= Birgitta |coautor=Martin GellerstamSven-Göran MalmgrenPer AxelssonThomas Fehrm |título=Norstedts första svenska ordbok |subtítulo= |idioma= sueco |local= Estocolmo |editora= Norstedts ordbok |ano= 2001|páginas=793 |página= 76|capítulo=Blekinge län|isbn= 91-7227-186-8 |acessodata=
  24. «Blekinge län». Bonniers Compact Lexikon (em sueco). Estocolmo: Bonnier lexikon. 1995-1996. p. 113. 1301 páginas. ISBN 91-632-0067-8 
  25. a b Miranda 2007, p. 101.
  26. Magnusson 2004, p. 202.
  27. a b «Blekinge» (em sueco). Nationalencyklopedin (Enciclopédia Nacional Sueca). Consultado em 21 de maio de 2024 
  28. Birro, Renan Marques (2015). «Dimensões cotidianas, religiosas e políticas para o uso das runas na Idade Média». Dia-Logos (9). ISSN 1414-9109. Consultado em 16 de setembro de 2024. … sobre a região de Blekinge, atualmente parte da Suécia mas em época integrada ao reino da Dinamarca… 
  29. «Blekinge» (em sueco). Nationalencyklopedin (Enciclopédia Nacional Sueca). Consultado em 21 de maio de 2024 
  30. {{citar livro |título=Sveriges landskap |subtítulo=och Stockholm, Göteborg och Malmö |idioma=sv |local=Estocolmo |editora=Almqvist & Wiksell |ano=1995 | páginas =64 |página=6 |capítulo=Blekinge |id=ISBN 91-21-14445-1
  31. Dahlberg 2009, p. 23.
  32. a b Bolle 2004, p. 96.
  33. Oliveira, Davi Pinheiro de; Marquesan, Fábio Freitas Schilling (2019). «Gentrificação em Fernando de Noronha» (PDF). Caderno Virtual de Turismo (Universidade Federal do Rio de Janeiro). 19 (1): 103. ISSN 1677-6976. Consultado em 16 de setembro de 2024. O Arquipélago de Blekinge se estende por quase toda a costa... de Blekinge, no sudeste da Suécia. As principais ilhas são: Aspö, Hasslö, Tärnö e Sturkö… 
  34. Rydstedt 1987, p. 39.
  35. Wedsberg 1995.
  36. Magnusson 2004, p. 203.
  37. «Tätorter och småorter» (em sueco). Instituto Nacional de Estatística da Suécia (Área e população das localidades principais). Statistiska tätorter 2020, befolkning och landareal per tätort och (comuna). Consultado em 24 de setembro de 2024 
  38. Marianne R Berlin. «Landskapssymboler i alla landskap» (PDF) (em sueco). Länsstyrelserna. Consultado em 6 de março de 2023 
  39. Magnusson 2005, p. 6.
  40. LSJ 2011, p. 14.
  41. LJ 2016, p. 14.
  42. «Blekinge län» (em sueco). Ekonomifakta. Consultado em 21 de maio de 2024 
  43. «Fortsatt ansträngd ekonomi för regionen» (em sueco). Region Blekinge. Consultado em 24setembro de 2024  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  44. Ottosson 2012, p. 6.
  45. «Blekinge Museum» (em sueco). Visit Karlskrona. Consultado em 21 de maio de 2024 
  46. «Bilmuseum - Albinsson & Sjöberg» (em sueco). Visit Karlskrona. Consultado em 21 de maio de 2024 
  47. «Marinmuseum» (em sueco). Visit Karlskrona. Consultado em 21 de maio de 2024 
  48. «KULTURKVARTERET - KARLSHAMNS MUSEUM» (em sueco). Visit Blekinge. Consultado em 22 de maio de 2024 
  49. Ottosson 2012, p. 4-7.
  50. Ottosson, Mats; Åsa Ottosson (2008). «Kreativum». Upplev Sverige (Conheça a Suécia). En guide till upplevelser i hela landet (em sueco). Estocolmo: Wahlström Widstrand. p. 43. 527 páginas. ISBN 9789146215998 
  51. Åsa Ottosson e Mats Ottosson (2012). «Eriksbergs vilt- och naturpark». Upplev det bästa i Sverige [Conheça o melhor da Suécia]. Topplistor landskap för landskap (em sueco). Estocolmo: Bonnier Fakta. p. 7. 118; 106 páginas. ISBN 9789174242126 
  52. Ottosson, Mats; Åsa Ottosson (2008). «Ronneby». Upplev Sverige (Conheça a Suécia). En guide till upplevelser i hela landet (em sueco). Estocolmo: Wahlström Widstrand. p. 47. 527 páginas. ISBN 9789146215998 

Bibliografia

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  • Afzelius, Adam (1967). Diplomatarium Danicum: række. Tiden til 1250. 7 v. Copenhague: Munskgaard 
  • Bolle, Magnus (2004). «Blekinge». Sveriges landskapssymboler (em sueco). Tollered: Pedagogisk information. 108 páginas. ISBN 9186404296 
  • Dahlberg, Inger (2009). «Blekinge». Se Sverige (em sueco). Estocolmo: Liber. 440 páginas. ISBN 978-91-47-80879-3 
  • Degen, Árpád von (1917). Magyar botanikai lapok: Ungarische botanische Blätter, Volumes 16-23. Budapeste: Pallas Részvénytársaság Nyomdája 
  • Ernby, Birgitta; Gellerstam, Martin; Malmgren, Sven-Göran; Axelsson, Per; Fehrm, Thomas (2001). «Blekinge». Norstedts första svenska ordbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 767. ISBN 91-7227-186-8 
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  • Lidman Production AB; Matton, ed. (2011). «Blekinge». Libers stora junioratlas (em sueco). Estocolmo: Liber. 144 páginas. ISBN 9789147809028 
  • Magnusson, Lars (2005). «Blekinge». Se Sverige. Vägvisare till 650 smultronställen från Ales stenar till Överkalix (em sueco). Estocolmo: Prisma e Svenska turistföreningen. 288 páginas. ISBN 91-518-4471-0 
  • Ottosson, Åsa; Ottosson, Mats (2012). «Det bästa av Blekinge». Upplev det bästa i Sverige (Conheça o melhor da Suécia). Topplistor landskap för landskap (em sueco). Estocolmo: Bonnier Fakta. 118 páginas. ISBN 978-91-7424-212-6 
  • Pamp, Bengt (1988). «Namn på länder och landskap». Ortnamnen i Sverige (Nomes de localidades da Suécia) (em sueco). Lunda: Studentlitteratur. 199 páginas. ISBN 91-44-01535-6 
  • Rydstedt, Bjarne; Andersson, Georg; Bladh, Torsten; Köhler, Per Olof; Thorén, Karl-Gustaf; Larsson, Mona (1987). «Blekinge». Land och liv 1 (em sueco). Estocolmo: Natur och kultur. 216 páginas. ISBN 91-27-62563-X 
  • Vilborg, Ebbe (2009). «Blekinge». Norstedts svensk-latinska ordbok (Dicionário Norstedts de Sueco-Latim). 28.000 ord och fraser (28 000 palavras e frases) (em sueco). Estocolmo: Academia Norstedts akademiska. 660 páginas. ISBN 9789172275720 
  • Wahlberg, Mats (2003). «Örebro». Svenskt ortnamnslexikon (Dicionário das localidades suecas) (em sueco). Upsália: Språk- och folkminnesinstitutet e Institutionen för nordiska språk vid Uppsala universitet. ISBN 91-7229-020-X 
  • Wedsberg, Malin (1995). Sveriges landskap (Províncias da Suécia) (em sueco). Estocolmo: Almqvist & Wiksell. ISBN 91-21-14445-1 
  • Wilde, Jacob (1731). Sueciae - Historia Pragmatica. Estocolmo: Typis Hiftoriogr 
 
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