Bolívar Echeverría

Acadêmico equatoriano mexicano

Bolívar Vinicio Echeverría Andrade (Riobamba, 1941Cidade do México, 5 de junho de 2010) foi um filósofo latino americano de origem equatoriana e naturalizado mexicano. Foi professor emérito da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM).[1]

Bolívar Echeverría
Bolívar Echeverría
Nascimento 31 de janeiro de 1941
Riobamba
Morte 5 de junho de 2010 (69 anos)
Cidade do México
Cidadania Equador, México
Alma mater
Ocupação economista, filósofo, professor universitário, sociólogo
Empregador(a) Universidade Nacional Autônoma do México

Biografia editar

Bolívar estudou filosofia na Universidade Humboldt de Berlim e na Universidad Nacional Autónoma de México, onde também estudou economia. Teve participação nos movimentos estudantis da Alemanha dos anos de 1960.[1][2]

Nos anos de 1970, passou a morar no México, onde viveu e trabalhou como tradutor, continuando seus estudos em filosofia e economia e foi quem conduziu um seminário de leitura sistemática da obra O Capital de Karl Marx, por seis anos. Desde então, foi acadêmico na Faculdade de Filosofia e Letras da UNAM, onde fundou revistas culturais e políticas, como Cuadernos Políticos, entre 1974 até 1989; Palos de la Crítica entre 1980 até 1981; Economia Política (México 1976-1985); e Ensaios (1980-1988).

Era membro do conselho editorial de revistas como a Theoria e Contra-histórias, de 1991 até a sua morte; e O outro olhar de Clío, de 2003 até a sua morte. Bolívar Echeverría casou-se com a professora da Faculdade de Filosofia e Literatura da UNAM Raquel Serur.

Bolívar Echeverría morreu na Cidade do México na data de 5 de junho de 2010, devido a um ataque cardíaco.

Produção editar

Sua pesquisa centrou-se na leitura do existencialismo de Jean-Paul Sartre e Martin Heidegger, na crítica da economia política de Karl Marx e no desenvolvimento da teoria crítica da Escola de Frankfurt, bem como nos fenômenos culturais e históricos da América Latina. A partir dessas investigações sob uma perspectiva latino americana, ele formulou sua crítica da modernidade capitalista e sua teoria do ethos barroco como uma forma de resistência cultural na América Latina, para uma possível e desejável "modernidade alternativa", isto é, uma "modernidade não capitalista".

Obras editar

Livros editar

  • El discurso crítico de Marx, México: Era, 1986. Reedición en FCE, 2017.
  • Conversaciones sobre lo barroco, México: UNAM, 1993.
  • Circulación capitalista y reproducción de la riqueza social. Apunte crítico sobre los esquemas de K. Marx, México: UNAM / Quito: Nariz del diablo, 1994.
  • (comp.), Modernidad, mestizaje cultural y ethos barroco, México: UNAM / El Equilibrista, 1994.
  • Las ilusiones de la modernidad, México: UNAM / El equilibrista, 1995.
  • Valor de uso y utopía, México: Siglo XXI, 1998.
  • La modernidad de lo barroco, México: Era, 1998.
  • La contradicción de valor y valor de uso en El Capital, de Karl Marx, México: Itaca, 1998.
  • Definición de la cultura, México: Itaca, 2001.
  • (comp.), La mirada del ángel. En torno a las Tesis sobre la historia de Walter Benjamin, México: Era, 2005.
  • Vuelta de siglo, México: Era, 2006.
  • (comp.), La americanización de la modernidad, México: Era, 2008.
  • ¿Qué es la modernidad?, México: UNAM, 2009.
  • Modernidad y blanquitud, México: Era, 2010.
  • Siete aproximaciones a Walter Benjamin, Bogotá: Desde Abajo, 2010.
  • El materialismo de Marx. Discurso crítico y revolución, México: Itaca, 2011.
  • Modelos elementales de la oposición campo-ciudad. Anotaciones a partir de una lectura de Braudel y Marx, México: Itaca, 2013.

Ensaios editar

  • Imágenes de la "blanquitud" en Sociedades icónicas. Historia, ideología y cultura en la imagen, Siglo XXI, México 2007.

Honrarias editar

 
Sendo pensamento sendo debatido na Assembleia Nacional do Equador.

O pensamento crítico de Bolívar Echeverría e seu impacto nos processos de transformação da América Latina foi analisado e debatido na Assembleia Nacional do Equador.

Entre os prêmios que recebeu estão: Universidade Nacional de Ensino (México, 1997), Prêmio Pio Jaramillo Alvarado (FLACSO-Quito, 2004), Prêmio Libertador Simón Bolívar e Prêmio Caracas (ambos em 2006).

Bibliografia editar

Referências editar

  1. a b Stefan Gandler. «Quem é Bolívar Echeverría». La Jornada Semanal. Consultado em 28 de março de 2019 
  2. «Instituo Nacional de Migración». Consultado em 28 de março de 2019