Os sapos são membros da família Bufonidae, pertencente à ordem Anura (rãs e sapos). Eles são a única família de anuros cujos membros todos são conhecidos como "sapos". Os bufonídeos compreendem agora mais de 35 gêneros, Bufo sendo o mais difundido e bem conhecido.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaBufonidae
Bufo viridis
Bufo viridis
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Amphibia
Ordem: Anura
Família: Bufonidae
Gray, 1825
Distribuição geográfica
Distribuição da família Bufonidae (em preto)
Distribuição da família Bufonidae (em preto)
Géneros
35, ver texto
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Commons Imagens e media no Commons
Wikispecies Diretório no Wikispecies

Características editar

Sapos verdadeiros são difundidos e ocorrem nativamente em todos os continentes, exceto Austrália e Antártica, habitando ambientes variados, de áreas áridas a florestas úmidas.[1] O sapo se distingue da rã pelas membranas interdigitais pouco desenvolvidas e pela pele mais seca e rugosa. Geralmente, vive em ambiente mais seco. A maioria bota ovos em sequências de pares, os quais eclodem em girinos, embora no gênero Nectophrynoides os eclodam diretamente em sapos em miniatura.[2]

Sapos verdadeiros são sem dentes e geralmente com verrugas em aparência, e têm um par de glândulas parotóides na parte de trás de suas cabeças. Estas glândulas contêm um veneno alcaloide o qual os sapos excretam quando estressados. O veneno nas glândulas contém um número de toxinas causantes de diferentes efeitos. Bufotoxina é um termo geral, entretanto diferentes animais contêm significativamente diferentes substância e proporções de substâncias. Alguns, feito o sapo cururu Bufo marinus, são mais tóxicos que outros. Alguns "sapos psicoativos", tais como o sapo-do-rio-colorado Bufo alvaris, têm sido usados recreacionalmente para os efeitos da bufotoxina. Sapos machos possuem um órgão de Bidder. Sob as condições certas, o órgão torna-se um ovário ativo, e o sapo, em efeito, torna-se fêmea.[3]

Os sapos capturam suas presa lançando para fora da boca a língua muscosa, longa e pegajosa, que é presa ao assoalho da boca pela extremidade anterior.[4]

Taxonomia editar

Bufonidae contém cerca de 600 espécies dentre 52 gêneros.[5]

  • "Bufo" hadramautinus Cherchi, 1963
  • "Bufo" scorteccii Balletto and Cherchi, 1970
  • Adenomus Cope, 1861 (2 espécies)
  • Altiphrynoides Dubois, 1987 (2 espécies)
  • Amazophrynella Fouquet, Recoder, Teixeira, Cassimiro, Amaro, Camacho, Damasceno, Carnaval, Moritz, and Rodrigues, 2012 (7 espécies)
  • Anaxyrus Tschudi, 1845 (23 espécies)
  • Ansonia Stoliczka, 1870 (33 espécies)
  • Atelopus Duméril and Bibron, 1841 (96 espécies)
  • Barbarophryne Beukema, de Pous, Donaire-Barroso, Bogaerts, Garcia-Porta, Escoriza, Arribas, El Mouden, and Carranza, 2013 (1 espécie)
  • Blythophryne Chandramouli, Vasudevan, Harikrishnan, Dutta, Janani, Sharma, Das, and Aggarwal, 2016 (1 espécie)
  • Bufo Garsault, 1764 (17 espécies)
  • Bufoides Pillai and Yazdani, 1973 (2 espécies)
  • Bufotes Rafinesque, 1815 (16 espécies)
  • Capensibufo Grandison, 1980 (5 espécies)
  • Churamiti Channing and Stanley, 2002 (1 espécie)
  • Dendrophryniscus Jiménez de la Espada, 1870 (10 espécies)
  • Didynamipus Andersson, 1903 (1 espécie)
  • Duttaphrynus Frost, Grant, Faivovich, Bain, Haas, Haddad, de Sá, Channing, Wilkinson, Donnellan, Raxworthy, Campbell, Blotto, Moler, Drewes, Nussbaum, Lynch, Green, and Wheeler, 2006 (27 espécies)
  • Epidalea Cope, 1864 (1 espécie)
  • Frostius Cannatella, 1986 (2 espécies)
  • Ghatophryne Biju, Van Bocxlaer, Giri, Loader, and Bossuyt, 2009 (2 espécies)
  • Incilius Cope, 1863 (39 espécies)
  • Ingerophrynus Frost, Grant, Faivovich, Bain, Haas, Haddad, de Sá, Channing, Wilkinson, Donnellan, Raxworthy, Campbell, Blotto, Moler, Drewes, Nussbaum, Lynch, Green, and Wheeler, 2006 (12 espécies)
  • Laurentophryne Tihen, 1960 (1 espécie)
  • Leptophryne Fitzinger, 1843 (2 espécies)
  • Melanophryniscus Gallardo, 1961 (29 espécies)
  • Mertensophryne Tihen, 1960 (14 espécies)
  • Metaphryniscus Señaris, Ayarzagüena, and Gorzula, 1994 (1 espécie)
  • Nannophryne Günther, 1870 (4 espécies)
  • Nectophryne Buchholz and Peters, 1875 (2 espécies)
  • Nectophrynoides Noble, 1926 (13 espécies)
  • Nimbaphrynoides Dubois, 1987 (1 espécie)
  • Oreophrynella Boulenger, 1895 (9 espécies)
  • Osornophryne Ruiz-Carranza and Hernández-Camacho, 1976 (11 espécies)
  • Parapelophryne Fei, Ye, and Jiang, 2003 (1 espécie)
  • Pedostibes Günther, 1876 (1 espécie)
  • Pelophryne Barbour, 1938 (12 espécies)
  • Peltophryne Fitzinger, 1843 (12 espécies)
  • Phrynoidis Fitzinger in Treitschke, 1842 (2 espécies)
  • Poyntonophrynus Frost, Grant, Faivovich, Bain, Haas, Haddad, de Sá, Channing, Wilkinson, Donnellan, Raxworthy, Campbell, Blotto, Moler, Drewes, Nussbaum, Lynch, Green, and Wheeler, 2006 (10 espécies)
  • Pseudobufo Tschudi, 1838 (1 espécie)
  • Rentapia Chan, Grismer, Zachariah, Brown, and Abraham, 2016 (2 espécies)
  • Rhaebo Cope, 1862 (13 espécies)
  • Rhinella Fitzinger, 1826 (93 espécies)
  • Sabahphrynus Matsui, Yambun, and Sudin, 2007 (1 espécie)
  • Schismaderma Smith, 1849 (1 espécie)
  • Sclerophrys Tschudi, 1838 (45 espécies)
  • Sigalegalephrynus Smart, Sarker, Arifin, Harvey, Sidik, Hamidy, Kurniawan, and Smith, 2017 (2 espécies)
  • Strauchbufo Fei, Ye, and Jiang, 2012 (1 espécie)
  • Truebella Graybeal and Cannatella, 1995 (2 espécies)
  • Vandijkophrynus Frost, Grant, Faivovich, Bain, Haas, Haddad, de Sá, Channing, Wilkinson, Donnellan, Raxworthy, Campbell, Blotto, Moler, Drewes, Nussbaum, Lynch, Green, and Wheeler, 2006 (5 espécies)
  • Werneria Poche, 1903 (6 espécies)
  • Wolterstorffina Mertens, 1939 (3 espécies)
  • Xanthophryne Biju, Van Bocxlaer, Giri, Loader, and Bossuyt, 2009 (2 espécies)

Referências editar

  1. «Bufonidae Gray, 1825 | Amphibian Species of the World». Consultado em 3 de novembro de 2010 
  2. Zweifel, Richard G. (1998). Cogger, H.G. & Zweifel, R.G., ed. Encyclopedia of Reptiles and Amphibians. San Diego: Academic Press. pp. 91–92. ISBN 0-12-178560-2 
  3. Brown, Federico D; Eugenia M del Pino, Georg Krohne (dezembro de 2002). «Bidder's organ in the toad Bufo marinus: effects of orchidectomy on the morphology and expression of lamina-associated polypeptide 2». Development, Growth & Differentiation. 44 (6): 527-535. ISSN 0012-1592. Consultado em 3 de novembro de 2010 
  4. «FROGS AND TOADS». Consultado em 3 de novembro de 2010 
  5. «Bufonidae Gray, 1825 | Amphibian Species of the World». research.amnh.org (em inglês). Consultado em 14 de março de 2018