O Códice Mendoza (ou Códice Mendocino ou Codex Mendoza) é um códice asteca colonial,[1] datado da década de 1540 em papel europeu. Posterior à Conquista do México, foi pintado por escribas astecas, que usaram o formato pictórico e iconográfico antigo. Após ser pintado, um escriba adicionou descrições escritas em castelhano.

Códice Mendoza

É assim chamado porque foi encomendado pelo primeiro vice-rei da Nova Espanha, Antonio de Mendoza, que desempenhou o seu cargo de 1535 a 1550, para enviar a Carlos I informações sobre os astecas. Provavelmente as suas fontes foram vários códices originais copiados por tlacuilos (pintores de códices) embora alguma das suas partes possa ser obra original dos indígenas especialistas nesta atividade.

Périplo editar

Finalizado o códice, este partiu de Veracruz em 1549 sendo enviado para Espanha mas o navio foi aprisionado por piratas franceses, tendo ido parar às mãos do cosmógrafo real francês, que o estragou assinando-o três vezes. Quando morreu, o códice foi comprado pelo geógrafo e embaixador inglês Richard Hakiuyt que o levou para Londres. Passou por várias mãos até ter chegado à biblioteca de consulta Bodleiana da Universidade de Oxford, onde se encontra hoje.

Conteúdo editar

O códice é constituído por 71 folhas, com filigrana de manufatura europeia, encadernadas até ao século XVIII, dividido em três partes:

  • 1. Secção I (16 páginas), onde se narra a história oficial dos astecas de 1325 a 1521.
  • 2. Secção 2 (39 páginas), onde se mostram os altepetl (tributos) submetidos ao domínio asteca e suas tributações. Provavelmente os seus autores basearam-se em documentos astecas e na Matrícula de Tributos.
  • 3. Secção III (16 páginas), onde se desenharam aspetos da vida quotidiana asteca.

Secção I editar

Secção II editar

Secção III editar

Referências

  1. Noguez, 2009, p. 64.

Ligações externas editar

 
Commons
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  • Anónimo (1 de dezembro de 2010). «Codex Mendoza (ed. russa).» (PDF). Ucrânia, Kiev, 2010-2011. A.Skromnitsky (1 parte), V.Talakh (2 e 3 partes): www.bloknot.info (A.Skromnitsky). Consultado em 7 de junho de 2011