O trabalho volante realizado pelos CRAS se caracteriza pelo deslocamento de profissionais exclusivos para este serviço, ao longo do território referenciado, com a finalidade de levar informações como também realizar pré atendimentos assistenciais, a ser complementados na unidade de CRAS, com o intuito de facilitar o acesso da população aos serviços de assistência.

Justificativa para o trabalho volante editar

A união, através do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, notou que alguns segmentos populacionais não tinham acesso aos benefícios ofertados pelos CRAS devido a fatores como distância a que se encontravam da sede. Tratava-se de comunidades rurais, grupos indígenas, quilombolas, calhas de rios, assentamentos, dentre outros, cujo acesso ao espaço físico dos CRAS era dificultado [1]. Diante desta questão a União, através do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS- instituiu, no ano de 2009, através da Resolução nº 10 da Comissão Intergestores Tripartite – CIT - a expansão do financiamento para a proteção básica nos municípios, favorecendo a implantação do trabalho volante, a ser realizado pelos CRAS já atuantes, em municípios onde ocorre a dispersão da população. Trata-se de uma estratégia de enfrentamento à realidade socioterritorial observada, onde a dispersão de alguns grupos se torna empecilho para que os benefícios da assistência se efetivem enquanto realidade para estes [2]

Composição da equipe volante de um CRAS editar

Aos CRAS já atuantes se acrescentam profissionais exclusivos para o trabalho volante, a saber: 01 assistente social, 01 psicólogo e 02 técnicos de nível médio.

Função da equipe volante editar

À equipe volante cabe, além do acompanhamento às famílias já cadastradas através desta modalidade de trabalho, o papel de se deslocar pelo território de referência da unidade de CRAS a qual pertence, em busca de novas famílias e/ou indivíduos ainda não cadastrados, levando informações quanto ao trabalho, política, programas e projetos gerenciados pelo CRAS do território, bem como informando sobre a rede socioassistencial de atendimento às demandas do mesmo. Para este trabalho deve ser disponibilizado um veículo exclusivo, devidamente identificado enquanto CRAS volante [3]

Referências

  1. ROCHA, Angélica de Santana; RODRIGUES, Arnaldo Oliveira; LEITE, Marcos Esdras. CRAS volante enquanto estratégia de enfrentamento à questão social. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL EDUCAÇÃO E JUSTIÇA SOCIAL. Curitiba, 2014. Anais eletrônicos do Colóquio Internacional Educação e Justiça Social. Curitiba, 2014. P.501-513. Disponível em: [1]. Acesso em: jul. 2015.
  2. BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Desafios de Gestão do SUAS nos municípios e Estados. CapacitaSUAS. Brasília, v 2, 2008, 120p.
  3. BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. CRAS - a Melhoria da estrutura física para o aprimoramento dos serviços - orientações para gestores e projetistas municipais. Secretaria Nacional de Assistência Social: Brasília - DF, 2009, 56 p.