Caatinga

bioma endêmico do semiárido brasileiro

Caatinga (do tupi: ka'a [mata] + ting [branco] + -a [sufixo substantivador] = mata branca) é o único bioma[nota 1] exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Este nome decorre da alusão à paisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação durante o período seco. A maioria das plantas perdem as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. A caatinga, que ocupa uma área de cerca de 734.478 km², o equivalente a 10% do território nacional, ocorre nos estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Maranhão (em áreas muito pequenas próximas ao rio Parnaíba) e parte do norte de Minas Gerais (região Sudeste do Brasil).

Caatinga
Caatinga no município de Uauá, na Bahia.
Caatinga no município de Uauá, na Bahia.

Caatinga no município de Uauá, na Bahia.
Bioma Caatinga
Área 734.478 km²
Países Brasil, Brasil
Rios Rio São Francisco e Rio Parnaíba
Localização do bioma da Caatinga como definido pelo IBAMA. Imagem de satélite da NASA.
Localização do bioma da Caatinga como definido pelo IBAMA. Imagem de satélite da NASA.

Localização do bioma da Caatinga como definido pelo IBAMA. Imagem de satélite da NASA.


A caatinga é um dos grandes biomas brasileiros mais fragilizados. O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de centenas de anos de ocupação, fazem com que a caatinga esteja bastante degradada. É comum a associação da imagem de local pobre e seco, a caatinga, pela mídia e filmes. Os problemas de conservação da Caatinga surgiram com o início da colonização do Brasil, devido a exploração intensa dos recursos naturais e minerais, além do genocídio dos povos indígenas, que desde sempre detiam conhecimentos milenares sobre a biodiversidade e conservação do bioma.[1] A região da faixa litorânea foi o cenário do primeiro contato português no país. Os sertões foram as principais áreas interioranas exploradas para produção de produtos primários no Brasil, resultando na introdução do gado, que consolidou o sistema econômico de produção do gado vacum desde o século XVI, mas também foi responsável pela maior parte do massacre aos povos indígenas e por degradar a mata original do bioma, gerando porções desérticas que são encontradas principalmente na Bahia. O bioma é adaptado naturalmente a um clima semiárido com longa estação seca.[2]

Entretanto, pesquisas recentes vêm revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e fenômenos característicos. Do ponto de vista da vegetação, a região da caatinga é classificada como savana-estépica. Entretanto, a paisagem é bastante diversa, com regiões distintas, cujas diferenças se devem à pluviometria, fertilidade e tipos de solo e relevo.

Uma primeira divisão que pode ser feita é entre o agreste e o sertão. O agreste é uma faixa de transição entre o interior seco (sertão) e a Mata Atlântica (Zona da Mata).[1] Já o sertão apresenta vegetação mais rústica. Outras subdivisões comuns incluem Seridó, Curimataú, Caatinga e Carrasco.[3] Em termos de tipos de vegetação, a caatinga do seridó é uma transição entre campo e a caatinga arbórea. Cariri é a caatinga com vegetação menos rústica.

O Carrasco, termo aplicado a vários tipos de vegetação,[2] corresponde a savana muito densa, seca, que ocorre no topo de chapadas,[4] caracterizada pelo predomínio de plantas caducifólias lenhosas, arbustivas, muito ramificadas e densamente emaranhadas por trepadeiras. Ocorre, sobretudo, na Bacia do Meio Norte e Chapada do Araripe. Porém, floristicamente, alguns autores consideram o Carrasco mais próximo do cerradão (ou catanduva) do que da caatinga.[5] Nas serras, que apresentam mais umidade, surgem os brejos de altitude, da Mata Atlântica.[5]

Etimologia editar

 
Explicação etimológica de caatinga. A palavra tem origem na língua tupi.

O Dicionário de Tupi Antigo (2013) do tupinólogo Eduardo Navarro apresenta duas definições para o adjetivo ting:[6]

  1. branco
  2. claro (p. ex, xe resáting = tenho olhos claros)

Deste modo, ka'a + ting pode ser traduzido como mata branca, ou, mais precisamente, como mata clara. A tradução mata branca, contudo, não está errada, pois em português brasileiro a palavra "branco" nem sempre tem sentido literal (fala-se em vinho branco, ou pessoa branca).[6] O -a final é um sufixo substantivador, que serve para fazer a composição ka'atinga ter função de substantivo.

Definição editar

 
Caatinga no período chuvoso, em Pau dos Ferros, RN
 
Caatinga na Serra da Capivara, PI
 
Chapada Diamantina, BA
 
Paisagem de caatinga tomada pela espécie exótica invasora algaroba, BA
 
Flora típica da caatinga, PE
 
Paisagem da caatinga, PB
 
Paisagem da caatinga durante o período chuvoso, BA
 
Caatinga na estação seca em Queimadas, PB
 
Xiquexique (Pilosocereus polygonus)
 
Velame (Croton heliotropiifolius)
 
Combatentes de caatinga do 72.º Batalhão de Infantaria Motorizado em Petrolina, Pernambuco.
 
Área rural de Ipueira, no Rio Grande do Norte.
 
Serra da Formiga, Cruzeta, Rio Grande do Norte.
 
Caatinga hiperxerófila, Pau dos Ferros, Rio Grande do Norte.
 
Caatinga em Francisco Santos, Piauí.
 
Serra do Sítio Rajada, na zona rural de Catolé do Rocha, Paraíba.
 
Serrote da Caixa d'Água, em Paulista, Paraíba.
 
Paisagem desértica da caatinga no Raso da Catarina, Bahia.

O conceito e a extensão da caatinga

variam, dependendo do ponto de vista. Pode-se entendê-la como:

  • uma formação ou tipo de vegetação (ex., Veloso, 1964), definida pela aparência fisionômica da vegetação. Neste sentido, pouco usual, caatinga é sinônimo aproximado de floresta espinhosa (ex., Beard 1944, 1955), savana-estépica (ex., IBGE, 2012) ou deciduous thorn woodland (traduzido como vegetação decidual [ou caducifólia] espinhosa, IBGE, 2012). Aqui se encaixa também o uso do termo caatinga da Amazônia ou do rio Negro (também chamada campinarana, é relacionada floristicamente com a área fitogeográfica da Amazônia, e não à da caatinga);[7][8][9][10]
  • um complexo de formações, incluindo vários tipos de vegetação (ex., Rizzini, 1963, 1997);[11][12]
  • uma área fito- ou biogeográfica, definida pela sua composição de táxons (espécies, gêneros, etc.) Alguns autores, como Andrade-Lima (1981), usam o termo domínio neste sentido. Equivalente à província Hamadryades de Martius (1858), ou à subprovíncia Nordestina de Rizzini (1963);[13][14]
  • um domínio morfoclimático e fitogeográfico (ex., Ab'Sáber, 2003), definido por critérios taxonômicos, geomorfológicos e climáticos. Aproximadamente neste sentido, IBGE (2004) usa o termo bioma da Caatinga. Cabe notar que a área aqui definida não é homogênea: encraves da área fitogeográfica da caatinga ocorrem fora deste domínio (ex., vale seco do rio Jequitinhonha em MG), e encraves de outras áreas fitogeográficas (ex., cerrado, nos "carrascos" da chapada do Araripe, e mata atlântica, nos "brejos" de Pernambuco) ocorrem dentro dele.[15][16]

O uso dos termos "sertão" e "agreste", relacionados à caatinga, também variam entre os autores. Uma definição usual é de sertões como os interiores secos das caatingas e, de agreste, como a região leste de transição entre as caatingas e a serra do Mar.[5]

Subdivisões editar

Fitogeografia editar

Luetzelburg (1922) dividiu a vegetação da caatinga em duas classes, em termos florísticos:[17]

  • Caatinga arbustiva (nove subgrupos)
  • Caatinga arbórea (três subgrupos)

Em termos de fisionomia, Luetzelburg identificou, na região do Nordeste ("Hamadryas"), vários tipos de vegetação (parte deles com termos iguais aos usados no Cerrado, mas com sentidos específicos para a Caatinga):[18]

  • Vegetação higrófila e magatérmica
    • Matas verdadeiras
    • Palmares
    • Caapões
  • Vegetação higrófila
    • Turfos
  • Vegetação xerófila
    • Agrestes, mimoso, vasantes, veredas e malhadas (fisionomias com árvores altas)
    • Campestres, taboleiros cobertos, taboleiros, chapadas, campos-cerrados, cerrados e campinas (árvores baixas)
    • Carrasco e grameal (árvores curtas e baixas pobres em cactáceas)
    • Caatinga (árvores curtas e baixas ricas em cactáceas)
    • Seridó (com elementos de caatinga)

Sampaio (1938) identificou quatro tipos de vegetação da caatinga:[19]

  • Caatinga baixa
  • Caatinga alta
  • Caatinga verdadeira (ou sertão)
  • Caatinga mestiça (ou caatinga suja, carrascal, etc.)

Divisão fitogeográfica da caatinga por Rizzini (1963):[11]

  • Subprovíncia Nordestina
    • 1. Setor do Agreste
    • 2. Setor do Sertão
    • 3. Setor do Seridó
    • 4. Setor da Ilha de Fernando de Noronha

Tipos de vegetação da Caatinga por Rizzini (1997):[12]

  • VI. Caatinga sensu lato (= formação lenhoso-suculento-xerófila nordestina; complexo de vegetação decídua e xerófila; sertão sensu lato)
    • Caatinga sensu stricto (= sertão sensu stricto)
      • Caatinga agrupada
      • Caatinga arbustiva esparsa
      • Caatinga arbustiva densa
      • Caatinga com suculentas
      • Caatinga arbórea
    • Vegetações relacionadas: agreste, montes florestados ("brejos", "serras"), chapadas campestres, carrasco e vegetação dos afloramentos de calcário de MG e MS

Principais unidades de vegetação e tipos de comunidades das Caatingas, baseada essencialmente em critérios fisionômicos e florísticos, a partir de Andrade-Lima (1981) e Prado (2003):[5][13]

Unidade Tipo de vegetação Fisionomia e localidade Substrato
I 1. Tabebuia-Anadenanthera-Myracrodruon-Cavanillesia-Schinopsis Floresta de caatinga alta; Norte de Minas Gerais & Centro-sul da Bahia Pedras calcárias do Bambuí ou rochas cristalinas do Pré-Cambriano
II 2. Myracrodruon-Schinopsis-Caesalpinia Floresta de caatinga média; maior parte do centro da província Principalmente rochas cristalinas do Pré-Cambriano
II 3. Caesalpinia-Spondias-Commiphora-Aspidosperma Floresta de caatinga média; área mais seca que a anterior Principalmente rochas cristalinas do Pré-Cambriano
II 4. Mimosa-Syagrus-Spondias-Cereus Floresta de caatinga baixa; Centro-norte da Bahia Principalmente rochas cristalinas do Pré-Cambriano
III 5. Pilosocereus-Poeppigia-Dalbergia-Piptadenia Floresta de caatinga baixa; solos arenosos da série do Cipó Arenitos das séries do Cipó
II 6. Cnidoscolus-Commiphora-Caesalpinia Caatinga arbórea aberta; Sudoeste do Ceará e áreas secas médias com solos soltos e ácidos Principalmente rochas cristalinas do Pré-Cambriano
IV 7. Caesalpinia-Aspidosperma-Jatropha Caatinga arbustiva; áreas mais secas do vale do rio São Francisco Principalmente rochas cristalinas do Pré-Cambriano
IV 8. Caesalpinia-Aspidosperma Caatinga arbustiva aberta; Cariris Velhos, Paraíba Principalmente rochas cristalinas do Pré-Cambriano
IV 9. Mimosa-Caesalpinia-Aristida Caatinga arbustiva aberta (seridó); Rio Grande do Norte & Paraíba Principalmente rochas cristalinas do Pré-Cambriano
IV 10. Aspidosperma-Pilosocereus Caatinga arbustiva aberta; Cabaceiras, Paraíba Principalmente rochas cristalinas do Pré-Cambriano
V 11. Calliandra-Pilosocereus Caatinga arbustiva aberta; pequenas áreas restritas e espalhadas com solos ricos em cascalhos Principalmente rochas metamórficas do Pré-Cambriano
VI 12. Copernicia-Geoffroea-Licania Floresta de caatinga de galeria; vales dos rios do Ceará, Piauí & Rio Grande do Norte Principalmente solos aluviais
II 13. Auxemma-Mimosa-Luetzelburgia-Thiloa Floresta de caatinga média; oeste do Rio Grande do Norte & Ceará central Principalmente rochas cristalinas do Pré-Cambriano

Tipos de vegetação da região da Caatinga, segundo a nomenclatura popular, de acordo com Carvalho e Pinheiro Jr. (2005), apresentando entre parênteses os termos formais do esquema do IBGE (1992):[20][21]

  • Mata seca (= Floresta Estacional Decídua Montana, ou Floresta Tropical Caducifólia)
  • Carrasco
  • Caatinga florestada (= ecótono de Savana Estépica / Floresta Estacional)
  • Caatinga arbórea (= Savana Estépica Florestada)
  • Caatinga arbóreo-arbustiva (= Savana Estépica Arborizada)
  • Caatinga herbáceo-lenhosa (= Savana Estépica Parque)
  • Complexo galeria
  • Complexo arbóreo
  • Complexo arbustivo

Tipos de vegetação presentes na região florística nordestina, segundo IBGE (2012):[10]

Ecorregiões editar

Velloso et al. (2002) propuseram oito ecorregiões (definidas no sentido ecológico de Bailey - isto é, como "unidades relativamente grandes de terra e água delineadas pelos fatores bióticos e abióticos que regulam a estrutura e função das comunidades naturais que lá se encontram" - e não no sentido biogeográfico, de distribuição da biota, usado no esquema do WWF) para o bioma Caatinga:[22][23]

  • Complexo do Campo Maior: localizado quase integralmente no Piauí e sudoeste do Maranhão. Consiste nas regiões que sofrem inundações periódicas nas planícies sedimentares.
  • Complexo do Ibiapaba-Araripe, composto pelas Chapadas da Ibiapaba e do Araripe.
  • Depressão Sertaneja Setentrional, desde a fronteira norte de Pernambuco, estende-se pela maior parte dos Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará e prolonga-se até uma pequena faixa ao norte do Piauí. A principal característica desta ecorregião são as chuvas irregulares ao longo do ano.
  • Planalto da Borborema: abrange partes do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O relevo movimentado e altitudes superiores delimitam a região.
  • Depressão Sertaneja Meridional: corresponde à maior parte do bioma. Representa a paisagem típica do sertão nordestino.
  • Dunas do São Francisco: localiza-se no centro-oeste do bioma. É caracterizado pelas dunas de areias quartzosas.
  • Complexo da Chapada Diamantina: localiza-se no centro-sul do bioma e corresponde à parte mais alta da caatinga. É a região de menor temperatura. Apresenta ilhas de campos rupestres nas partes mais altas, cercadas de caatinga nas regiões mais baixas.
  • Raso da Catarina: localiza-se no centro-leste do bioma. Caracteriza-se pela caatinga arbustiva de areia muito densa.

Biodiversidade editar

Flora editar

 
Plantas típicas da caatinga.

A vegetação da caatinga é adaptada às condições de aridez (xerófila). Foram registradas até o momento cerca de 1000 espécies, estimando-se que haja um total de 2000 a 3000 plantas.

A caatinga apresenta vegetação típica de regiões semiáridas com perda de folhagem pela vegetação durante a estação seca. Anteriormente acreditava-se que a caatinga seria o resultado da degradação de formações vegetais mais exuberantes, como a Mata Atlântica ou a Floresta Amazônica. Essa crença sempre levou à falsa ideia de que o bioma seria homogêneo, com biota pobre em espécies e em endemismos, estando pouco alterada ou ameaçada, desde o início da colonização do Brasil, tratamento este que tem permitido a degradação do meio ambiente e a extinção em âmbito local de várias espécies, principalmente de grandes mamíferos, cujo registro em muitos casos restringe-se atualmente à associação com a denominação das localidades onde existiram.

Entretanto, estudos e compilações de dados mais recentes apontam a caatinga como rica em biodiversidade e endemismos, e bastante heterogênea. Muitas áreas que eram consideradas como primárias são, na verdade, o produto de interação entre o homem nordestino e o seu ambiente, fruto de uma exploração que se estende desde o século XVI.

Muitos pensam que a caatinga é um conjunto de paisagens idênticas, mas na realidade, não é bem assim. Ela tem paisagens de agreste, com terras secas e pouca água, que são as mais mostradas pela mídia e que a maioria das pessoas reconhece imediatamente como do bioma. Porém, ela também contém terras frias, com mais água e plantas de grande porte.

Assim, a caatinga é um bioma com muita diversidade. Sua fauna é composta por aproximadamente 1307 espécies animais, sendo que 327 são exclusivas deste bioma. Sua flora é muito rica, e mesmo com clima semiárido, podem ser encontradas paisagens muito belas e diversas, possuindo cerca de 5311 espécies vegetais.

Fauna editar

 
Ninho de João-de-barro no Sertão Paraibano

A fauna possui baixas densidades de indivíduos e poucas espécies endêmicas. Apesar da pequena densidade e do pouco endemismo, já foram identificadas 45 espécies de anfíbios, 95 de répteis, 975 de aves, 148 de mamíferos e 240 de peixes num total de 1225 espécies de animais vertebrados, pouco se conhecendo em relação aos invertebrados. Descrições de novas espécies vêm sendo registradas, indicando um conhecimento botânico e zoológico bastante precário deste ecossistema, que segundo os pesquisadores é considerado o menos conhecido e estudado dos ecossistemas brasileiros.

Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. O último exemplar da espécie vivendo na natureza não foi mais visto desde o final de 2000. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagui-de-tufos-brancos, entre outros.

Povos Indígenas editar

 
Principais etnias indígenas do Nordeste Oriental

Os vestígios humanos mais antigos da Caatinga são encontrados no Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, onde foram encontrados utensílios, pinturas rupestres e um crânio, nomeado "Zuzu", com cerca de 8 mil anos de idade. Este fóssil, em estudo, pode ser ainda mais antigo que o fóssil de Luzia, que atualmente é o mais antigo do continente sulamericano.[24]

No bioma, foi ocupado dois grandes grupos indígenas: Os Macro-Jês e os Kariris, estes grupos estão na Caatinga a pelo menos dois mil anos. Após o século XI, o grupo dos Tupis chegaram na região, vindos do sudeste e por meio do litoral atlântico. Assim, esses três grandes grupos desenvolveram uma série de rituais, costumes, tradições, idiomas e religiões baseadas no convívio com a natureza da Caatinga e outras heranças culturais.[25] Porém, os primeiros contatos com os colonizadores no século XVI, dizimaram inúmeras nações e tribos indígenas, por meio de doenças, escravização e invasão de territórios para criação de gado, engenhos e novos aldeamentos. Muitos dos povos indígenas nordestinos optaram pela assimilação, abandonando seus costumes, idioma e religião para poderem sobreviver aos avanços europeus, assim muitos nordestinos são descendentes miscigenados de indígenas e europeus.[26]

Atualmente, a caatinga ainda conta com povos indígenas, sendo o maior deles: os Potyguaras, de origem Tupi e também nativos da Mata Atlântica, somando mais de 20 mil indígenas. No interior, os maiores grupos são os Xukurus e Pankarus, da caatinga pernambucana, totalizando 12 mil e 7 mil indígenas, possivelmente de origem Macro-Jê.[27] O povo Fulni-Ô, são conhecidos por serem a única etnia indígena do nordeste que conseguiram manter vivo o seu idioma ancestral, além de também terem salvo elementos culturais únicos como o Ritual Ouricuri, são um dos povos nordestinos menos aculturados pelos invasores europeus.[28] Outros povos caatingueiros notáveis são os Kambiwás, os Tremembés, os Pitaguarys, os Kariris, os Kiriris e os Tabajaras.

Indígenas e a Preservação da Caatinga editar

Vários ambientalistas, pesquisadores e lideranças indígenas apontam que a demarcação das terras indígenas são muito benéficas para preservação ambiental, pois causam a diminuição do desmatamento, preservação de matas virgens e secundárias, barram poluição de cursos d'água, assim ajudam no combate ao aumento da temperatura do planeta.[29] Assim, a demarcação, a luta ambientalista e indígena na Caatinga é uma margem de esperança para recuperar os ecossistemas, a fauna e a flora da Caatinga, um dos biomas mais devastados do país.[30]

Conservação e degradação ambiental editar

 
A Arara-azul-de-lear é uma ave endêmica de uma região da Caatinga no Nordeste da Bahia.

Algumas unidades de conservação da caatinga são: Monumento Natural do Rio São Francisco, Monumento Natural Vale dos Dinossauros, Área de Proteção Ambiental da Ararinha-azul, Parque Nacional da Chapada Diamantina, Parque Nacional da Serra da Capivara, Parque Nacional do Catimbau, Parque Nacional da Serra das Confusões, Parque Nacional da Serra do Teixeira, Parque Nacional de Sete Cidades, Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe, Área de Proteção Ambiental Serra da Ibiapaba, Reserva Biológica de Serra Negra, Floresta Nacional de Açu, Floresta Nacional de Sobral, Estação Ecológica do Seridó, Estação Ecológica do Castanhão, dentre outras.[31]

 
Macacos-prego são exemplos de animais que fazem parte da fauna da caatinga, embora não sejam endêmicos desse bioma.

No entanto, este patrimônio encontra-se ameaçado, a exploração feita de forma extrativista pela população local, desde a ocupação do semiárido, tem levado a uma rápida degradação ambiental. Além da vulnerabilidade a desertificação do bioma, graças ao mau uso do solo e o superpastoreiro. Segundo estimativas, cerca de 70% da caatinga já se encontra alterada pelo homem e somente 7% de sua área encontra-se protegida em unidades de conservação. Menos de 1% de sua área está em unidades de proteção integral (como Parques, Reservas Biológicas e Estações Ecológicas), que são as mais restritivas à intervenção humana (em média a caatinga tem 14 sítios de preservação totalmente administrados pelo Governo Federal no Nordeste). [32]

Em 2010, no primeiro monitoramento já realizado sobre o bioma, constatou-se que a caatinga perde por ano e de forma pulverizada uma área de sua vegetação nativa equivalente a duas vezes a cidade de São Paulo. A área desmatada equivale aos territórios dos estados do Maranhão e do Rio de Janeiro somados. O desmatamento da caatinga é equivalente ao da Amazônia, bioma cinco vezes maior.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, resta 53,62% da cobertura vegetal original. A principal causa apontada é o uso da mata para abastecer siderúrgicas de Minas Gerais e Espírito Santo e indústrias de gesso e cerâmica do semiárido. Os dois estados com maior incidência de desmatamento deste tipo de bioma são Bahia e Ceará. A caatinga perdeu 45% da área original. Estes números conferem à caatinga a condição de ecossistema menos preservado e um dos mais degradados conforme o biólogo Guilherme Fister explicou em um recente estudo realizado na Universidade de Oxford[carece de fontes?].

Como consequência desta degradação, algumas espécies já figuram na lista das espécies ameaçadas de extinção do IBAMA. Outras, como a aroeira e o umbuzeiro, já se encontram protegidas pela legislação florestal de serem usadas como fonte de energia, a fim de evitar a sua extinção. Quanto à fauna, os felinos (onças e gatos selvagens), os herbívoros de porte médio (veado-catingueiro e capivara), as aves (ararinha-azul, avoante) e abelhas nativas figuram entre os mais atingidos pela caça predatória e destruição do seu habitat natural.

Para reverter este processo, estudos da flora e fauna da caatinga são necessários. Neste sentido, a Embrapa Semiárido, UNEB e Diretoria de Desenvolvimento Florestal da Secretaria de Agricultura da Bahia aprovaram o projeto "Plantas da caatinga ameaçadas de extinção: estudos preliminares e manejo" junto ao Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), tendo por objetivo estudar a fenologia, reprodução e dispersão da aroeira do sertão, quixabeira, imburana de cheiro e baraúna na Reserva Legal do Projeto Salitre, em Juazeiro, na Bahia. Este projeto contribuirá com importantes informações sobre a biologia destas plantas e servirá de subsídios para a elaboração do plano de manejo destas espécies na região. Cerca de 930 espécies vegetais são encontradas somente na caatinga baiana, sendo 320 exclusivas.

Atualmente existe o Projeto “Oportunidades para a Criação de Unidades de Conservação na Caatinga, com ênfase no Rio Grande do Norte”, uma parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Wildlife Conservation Society (WCS Brasil), reconhecendo a urgência de ampliar o grau de proteção do Bioma, foi delineado para criar um banco de dados que pode ajudar os tomadores de decisão a selecionar melhores e mais eficientes alvos de conservação, minimizando custos socioeconômicos. Seus objetivos são:

  • Avaliar a integridade biótica, utilizando os mamíferos de médio e grande porte, aves e lagartos como indicadores.
  • Realizar mapeamentos das áreas identificadas como oportunidades atuais para a criação de UCs e avaliação da resiliência socioecológica local.
  • Produzir e divulgar material bibliográfico e bases digitais geográficas para subsidiar políticas públicas para a criação de novas Unidades de Conservação no Rio Grande do Norte.

Dos cerca de 53 milhões de habitantes da região, mais de 18% estão abaixo da linha de extrema pobreza, enquanto a média para o Brasil chega a 8,5%. Como a Caatinga é um lugar muito seco, a tecnologia do sistema Bioágua Familiar consiste num processo de filtragem por mecanismos de impedimento físico e biológico dos resíduos da água cinza, ou seja, a água recolhida da pia, máquina de lavar e chuveiro. Esta água de reuso será utilizada em um sistema fechado de irrigação destinado à produção de hortaliças, frutas, plantas medicinais, jardins, etc.

Ver também editar

Notas

  1. A respeito da aplicação do termo "bioma" à área fito- e biogeográfica da Caatinga, na literatura científica brasileira, em detrimento do uso internacional do termo, confira Bioma#História do conceito.

Referências

  1. a b Leite, M. (2001): Brasil. Paisagens Naturais, São Paulo:Editora Ática, ISBN 978850810863-3
  2. a b ARAÚJO, Francisca Soares de; MARTINS, Fernando Roberto. Fisionomia e organização da vegetação do carrasco no planalto da Ibiapaba, estado do Ceará. Acta Bot. Bras., Feira de Santana, v. 13, n. 1, p. 1-13, 1999, [1].
  3. Cortez et al. 2007. Caatinga. Editora Harbra.
  4. Descritas novas espécies de répteis no Cerrado e Caatinga, Jornal O Globo, edição de 23 de janeiro de 2007
  5. a b c d PRADO, D.E. (2003). As caatingas da América do Sul. In: LEAL, I.R.; TABARELLI, M. & SILVA, J.M.C. (Eds.). Ecologia e conservação da caatinga. Recife: Ed. Universitária da UFPE, [2].
  6. a b NAVARRO, Eduardo de Almeida. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 245
  7. VELOSO, H. P. 1964. Os grandes climaces do Brasil. IV. Considerações gerais sobre a vegetação da região Nordeste. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz 62: 203-223, [3].
  8. BEARD, J. S. 1944. Climax vegetation in tropical America. Ecology 25: 127-158.
  9. BEARD, J. S. 1955. The classification of tropical American vegetation-types. Ecology 36: 89-100.
  10. a b IBGE (2012). Manual Técnico da Vegetação Brasileira. 2a ed. Rio de Janeiro: IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/vegetacao/manual_vegetacao.shtm>.
  11. a b Rizzini, C.T. (1963). Nota prévia sobre a divisão fitogeográfica do Brasil. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro: IBGE, ano 25, n. 1, p. 3-64, jan./mar. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/115/rbg_1963_v25_n1.pdf>.
  12. a b Rizzini, C.T. (1997). Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos. 2a edição. Rio de Janeiro, Âmbito Cultural, 1997. Volume único, 747 p.
  13. a b ANDRADE-LIMA, D. (1981). The caatingas dominium. Revista Brasileira de Botânica, v. 4, p. 149-153.
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