Cais da Gamboa
O Cais da Gamboa é um cais situado na Zona Central da cidade do Rio de Janeiro. É banhado pela Baía de Guanabara e compõe o Porto do Rio de Janeiro. Com cerca de 3,1 km de extensão, estende-se desde a Rodoviária Novo Rio até o Museu de Arte do Rio. É margeado pela Avenida Rodrigues Alves e pela Orla Conde.

O Cais da Gamboa originalmente era composto por 18 armazéns, no entanto um deles fora demolido. Os armazéns 1 e 2 são alugados pela Pier Mauá, que os utiliza na realização de eventos, como o Rio Fashion Week, o ArtRio e o Rio Sports Show.[1] O Armazém 1 atualmente abriga o YouTube Space Rio, um espaço com quatro estúdios equipados com tecnologia de ponta para a produção de vídeos.[2] No Armazém 6, funciona o Armazém da Utopia, um centro cultural gerido pela Companhia Ensaio Aberto desde 2010.[3]
Nos armazéns 1, 2, 3, 4 e 5 do Cais da Gamboa, funciona a Estação Marítima de Passageiros do Porto do Rio de Janeiro, a principal porta de entrada do turismo internacional no país, que é administrado pela empresa Pier Mauá desde 1998.[4] O Terminal de Produtos Siderúrgicos da Gamboa, operado pela Triunfo Logística desde 1997, localiza-se na área do armazéns 7 e 8 do cais.[5]
As obras do cais foram iniciadas em abril de 1904. Sua construção seguiu um sistema denominado Hersent, o mesmo adotado na construção do porto de Antuérpia, na Bélgica. As obras foram concluídas em 1910, durante o mandato do presidente Nilo Peçanha. Para a construção do cais, as praias e os sacos que existiam na região tiveram que ser aterrados.[6]
Futuro Editar
Atualmente, a prefeitura do Rio de Janeiro, sob a gestão do prefeito Marcelo Crivella, pretende expandir o Boulevard Olímpico do AquaRio até a altura da Rodoviária Novo Rio. O novo trecho, de cerca de 2,5 km, seria feito em parte do Cais da Gamboa, na porção que margeia a Avenida Rodrigues Alves, e tornaria a Orla Conde "o maior boulevard do mundo", com aproximadamente 6,0 km de extensão. Para que isso seja feito, o ex-ministro dos Transportes Maurício Quintella, quando era o titular da pasta, criou um grupo de trabalho a fim de preparar a municipalização de todo o cais, incluindo o Terminal de Cruzeiros.[7] Pretende-se, entre outras coisas, realizar a instalação de museus, de restaurantes e de bares na nova área da Orla Conde.
O projeto de municipalização do Porto do Rio de Janeiro, que contempla o Cais da Gamboa, foi apresentado no dia 31 de março de 2017 pelo prefeito Marcelo Crivella. Segundo o projeto, o município passaria a ser a Autoridade Portuária Municipal, assumindo a articulação e a supervisão das atividades portuárias.[8] A municipalização seria baseada na experiência do Porto de Roterdã, o mais importante em atividade econômica na Europa. No Porto de Roterdã, a autoridade é formada por diversas empresas que, em pool, tem uma administração central: a Agência Portuária. Essas empresas administram o porto, propriedade da cidade de Roterdã, porém a gestão é feita por terceiros por intermédio de concessão. Caso o Porto do Rio de Janeiro seja municipalizado, seria esse o modelo a ser adotado.[9]
Ver também Editar
Referências
- ↑ «Pier Mauá se moderniza para acompanhar transformações». Porto Maravilha. 1 de abril de 2012. Consultado em 22 de outubro de 2017
- ↑ Pessoa, Daniela (18 de março de 2017). «Saiba mais sobre o Youtube Space no Rio». Veja. Consultado em 22 de outubro de 2017
- ↑ «Armazém». Armazém da Utopia. Consultado em 22 de outubro de 2017
- ↑ «História». Pier Mauá. Consultado em 5 de outubro de 2019
- ↑ «A Empresa». Triunfo Logística. Consultado em 5 de outubro de 2019
- ↑ «Novo Porto do Rio e Sua Construção». Rio de Janeiro Aqui. Consultado em 22 de outubro de 2017
- ↑ Gois, Ancelmo (25 de setembro de 2017). «Prefeitura do Rio quer ampliar 'Boulevard Olímpico'». O Globo. Consultado em 21 de outubro de 2017
- ↑ «Prefeito Marcelo Crivella apresenta projeto de municipalização do Porto do Rio». Porto Maravilha. 31 de março de 2017. Consultado em 21 de outubro de 2017
- ↑ «Crivella quer gestão do Porto do Rio nos moldes de Roterdã». Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. 14 de junho de 2017. Consultado em 21 de outubro de 2017