Callicebus melanochir

espécie de mamífero

Callicebus melanochir,[3][4] também genericamente referido como guigó,[5] japuçá, saá, uaiapuçá, uapuçá, iapuçá, sauá, boca-d'água, zogó, zogue-zogue, sauá[6] e calicebo,[7] é uma espécie de Macaco do Novo Mundo da família dos piteciídeos (Pitheciidae) e subfamília dos calicebíneos (Callicebinae).[8] Ocorre na Mata Atlântica do Brasil, ao norte do rio Mucuri e sul do rio Paraguaçu, nas proximidades da foz do rio Jequitinhonha. É encontrado nos estados do Espírito Santo e Bahia. É restrito às floresta do litoral, não ocorrendo em florestas secas do interior da Bahia e no Espírito Santo, em que tem sua ocorrência substituída por Guigó-mascarado (Callicebus personatus). Possui coloração escura, tendo quase todo o corpo cinzento ou marrom, possuindo a face de cor negra, mas não com limites tão bem definidos como em guigó-mascarado e Callicebus nigrifrons.[9]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCallicebus melanochir[1]

Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [2]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Pitheciidae
Gênero: Callicebus
Espécie: C. melanochir
Nome binomial
Callicebus melanochir
(Wied-Neuwied, 1820)
Distribuição geográfica

Etimologia editar

Guigó foi construído a partir de uma onomatopeia,[10] enquanto sauá advém do tupi-guarani sawá[6] ou sa'gwa, que por sua vez está ligado a sagwa'su, que significa literalmente "macaco grande".[11] A forma tupi-guarani ainda gerou as demais variantes iapuçá, japuçá, uaiapuçá, uapuçá.[12] Zogó e zogue-zogue têm origem obscura.[13]

Referências

  1. Groves, C. P. (2005). «Callicebus (Callicebus) melanochir». In: Wilson, D. E.; Reeder, D. M. Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference 3.ª ed. Baltimore, Marilândia: Imprensa da Universidade Johns Hopkins. p. 144. ISBN 0-801-88221-4. OCLC 62265494 
  2. Printes, R.; Jerusalinsky, L.; de Melo, F. R.; Mittermeier, R. A. (2020). «Black-handed Titi - Callicebus melanochir». Lista Vermelha da IUCN. União Internacional para Conservação da Natureza (UICN). p. e.T39930A17975106. doi:10.2305/IUCN.UK.2020-3.RLTS.T39930A17975106.en. Consultado em 17 de julho de 2021 
  3. «Mamíferos - Callicebus melanochir - Guigó - Avaliação do Risco de Extinção de Callicebus melanochir (Wied-Neuwied, 1820) no Brasil». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 17 de julho de 2021 
  4. Costa-Araújo, Rodrigo; Luis Regolin, André; Martello, Felipe; Pedro Souza-Alves, João; Hrbek, Tomas; Cezar Ribeiro, Milton (26 de abril de 2021). «Occurrence and conservation of the Vulnerable titi monkey Callicebus melanochir in fragmented landscapes of the Atlantic Forest hotspot». Oryx (em inglês): 1–8. ISSN 0030-6053. doi:10.1017/S0030605319001522. Consultado em 6 de agosto de 2021 
  5. «Macaco-guigó». Fauna. 30 de janeiro de 2015 
  6. a b «Sauá». Michaelis. Consultado em 16 de julho de 2021 
  7. «Calicebo». Michaelis. Consultado em 17 de julho de 2021 
  8. Groves, C.P. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. 144 páginas. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  9. van Roosmalen, M.G.M.; van Roosmalen, T.; Mittermeier, R. (2002). «A taxonomic review of the titi monkeys, genus Callicebus Thomas, 1903, with the description of two new species, Callicebus bernhardi and Callicebus stephennashi, from Brazilian Amazonia» (PDF). Neotropical Primates. 10 (Suppl.): 1-52 
  10. «Guigó». Michaelis. Consultado em 16 de julho de 2021 
  11. Houaiss, verbete sauá
  12. Houaiss, verbete Iapuçá
  13. Houaiss, verbete Zogó e zogue-zogue
 
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