Campanha de Heráclio em 622

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A Campanha de Heráclio em 622 fez parte da guerra bizantino-sassânida de 602-628. Em 622, o imperador bizantino Heráclio estava pronto para iniciar uma contra-ofensiva contra a Pérsia sassânida, que havia conquistado a maior parte das províncias orientais do Império Bizantino.

Campanha de Heráclio de 622
Guerra bizantino-sassânida de 602-628
Data 622
Local Anatólia
Desfecho Vitória bizantina
Beligerantes
Império Bizantino
Império Sassânida
Comandantes
Império Bizantino Heráclio Império Sassânida Sarbaro
Forças
50 000 Desconhecidas

História editar

Heráclio partiu de Constantinopla no dia seguinte da Páscoa de 622, um domingo, 4 de abril[1]. Seu jovem filho, Heráclio Constantino, ficou como regente sob os cuidados do patriarca de Constantinopla Sérgio I e do patrício Bono. Para conseguir atacar ambas as forças sassânidas, a da Anatólia e a da Síria, a primeira coisa que ele fez foi ir de barco até Pilas (Pylae) da Bitínia (e não a da Cilícia)[2]. Ele passou o verão em treinamento para aumentar as habilidades de seus homens e generais. No outono, Heráclio ameaçou as linhas de comunicação entre a Anatólia e o vale do Eufrates ao marchar para a Capadócia setentrional. Este movimento obrigou as forças persas na Anatólia, lideradas por Sarbaro, a recuar das linhas de batalha na Bitínia e na Galácia para a parte oriental da Anatólia, impedindo assim que os bizantinos chegassem à Pérsia[3].

O que se seguiu depois disso não é totalmente claro, mas Heráclio certamente conseguiu uma vitória decisiva sobre Sarbaro em algum lugar na Capadócia. O fator preponderantemente foi a descoberta por Heráclio de forças persas preparadas para uma emboscada e, a seguir, uma falsa retirada durante a batalha. Ao verem os bizantinos recuando, os persas saíram de seus esconderijos para persegui-los, o que os levou direto para os Optimates, a tropa de elite de Heráclio[3]. Assim, Heráclio conseguiu expulsar os persas da Anatólia. Porém, o imperador teve que retornar para Constantinopla para lidar com a ameaça a seus domínios nos Balcãs representada pelos ávaros e deixou o exército para invernar no Ponto[4].

Referências

  1. Kaegi 2003, p. 112
  2. James Howard-Johnston, Heraclius’ Persian Campaigns and the Revival of the East Roman Empire 622–630, in: War in History 6 (1999), pp. 1–44, especially p. 3f., note 11.
  3. a b Kaegi 2003, p. 115
  4. Kaegi 2003, p. 116

Bibliografia editar