Carlos Augusto de Barros e Silva
Carlos Augusto de Barros e Silva (São Paulo, 13 de janeiro de 1938), também conhecido como Leco, é um advogado e dirigente esportivo brasileiro, tendo sido presidente do São Paulo Futebol Clube entre 2015 e 2020.[1][2][3]
Carlos Augusto de Barros e Silva | |
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Leco em 2017 | |
Presidente do São Paulo Futebol Clube | |
Período | 27 de outubro de 2015 – 31 de dezembro de 2020 |
Antecessor(a) | Carlos Miguel Aidar |
Sucessor(a) | Julio Casares |
Dados pessoais | |
Nome completo | Carlos Augusto de Barros e Silva |
Alcunha(s) | Leco |
Nascimento | 13 de janeiro de 1938 (85 anos) São Paulo, SP |
Filhos | Fernando de Barros e Silva |
Profissão | advogado |
É pai do jornalista Fernando de Barros e Silva.[4]
Trajetória no clube Editar
Leco assumiu a vice-presidência do São Paulo em 2007, no mandato de Juvenal Juvêncio.[5]
Em outubro de 2015, após a renúncia do presidente Carlos Miguel Aidar, eleito em 2014 com o apoio de Juvenal Juvêncio, Leco assumiu o cargo, que ocupou até dezembro de 2020, tendo sido reeleito para o cargo em abril de 2017.[6][7]
Títulos Editar
Leco é um dos poucos presidentes que não ganharam títulos de expressão no comando do clube. Dos treze presidentes que não conquistaram um título pelo São Paulo, sete renunciaram.[8]
Durante sua gestão, o único título conquistado pelo clube foi o da Florida Cup de 2017, um torneio amistoso não oficial realizado em janeiro.[9]
Controvérsias Editar
Leco colecionou polêmicas ao longo do tempo em que ficou no poder. Dentre elas, destacam-se:
Caso Rogério Ceni Editar
Considerado por grande parte da torcida como principal jogador da história clube, Rogério Ceni foi demitido do cargo de técnico do clube em 2017 e criticado publicamente por Leco. Em seu Facebook, Ceni citou uma frase de Nelson Rodrigues para referir-se ao presidente: "Não se deixe enganar pelos cabelos brancos, os canalhas também envelhecem".[10][11]
#Somos18MilhõesForaLeco Editar
Em 21 de novembro de 2019, Leco, que estava assistindo no ginásio ao jogo da equipe de basquetebol do São Paulo contra o mandante Pinheiros, pelo Novo Basquete Brasil (NBB), recebeu protestos de um grupo de torcedores que também estava no lugar. Durante uma entrevista à ESPN Brasil, o presidente do São Paulo criticou esses protestos, chamando-os de "encomendados" e "feitos por um pequeno grupo de torcedores que eram contra a sua gestão".[12]
A entrevista repercutiu negativamente por grande parte da torcida, que, em resposta, criou a hashtag no Twitter #Somos18MilhõesForaLeco (e também sua variante, #Somos18MilhõesdeForaLeco), em referência ao número de torcedores do clube. A hashtag atingiu o topo dos assuntos comentados do Twitter no Brasil durante a madrugada de 22 de novembro e ficou lá durante todo o dia.[13][14]
Pedido de impeachment Editar
Em 3 de dezembro de 2019, o conselho do clube entrou com um pedido de impeachment contra Leco. Em nota, o presidente rebateu: "O requerimento é uma peça discutível e equivocada, obra de uma parcela de conselheiros movida pelo intuito de criar factoides e tumultuar o ambiente do clube. A manobra ocorre, não por acaso, na véspera de decisiva partida contra o Internacional pelo Brasileirão — o que deveria ser momento de união entre as forças são-paulinas —, servindo para esses senhores de janela de oportunidade contra a gestão".[15][16]
Referências
- ↑ «Carlos Augusto de Barros e Silva é o novo Presidente do São Paulo». Site oficial do São Paulo. 27 de outubro de 2015. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ Luis Augusto Simon (28 de outubro de 2015). «Leco, o cardeal elegante e discreto, conquista o sonho de sua vida». UOL. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ «Consulta de Inscritos - Advogados». OAB - São Paulo. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ Eduardo Rodrigues; Lourenço, Leonardo; Hazan, Marcelo (31 de dezembro de 2020). «As luzes e sombras de Leco». Globoesporte. Consultado em 13 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 13 de janeiro de 2023
- ↑ «Dr. Carlos Augusto de Barros e Silva é o novo Vice-Presidente de Futebol». Site oficial do São Paulo. 20 de janeiro de 2007. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ «Próximo presidente do São Paulo poderá ficar no cargo até 2022». Placar. 12 de outubro de 2015. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ «Presidente do São Paulo adota cautela sobre Lugano e fala em "bom senso"». SporTV. 18 de dezembro de 2015. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ Marcelo Baseggio (23 de novembro de 2019). «Em lista dos "presidentes sem título", Leco se destaca por ainda não ter renunciado». Gazeta Esportiva. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ Marcio Porto (21 de janeiro de 2017). «Sidão brilha, e São Paulo é campeão sobre o Corinthians nos pênaltis». LANCE!. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ «Após ser atacado por Leco em entrevista, Rogério Ceni rebate em rede social». GloboEsporte.com. 23 de setembro de 2017. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ «Leco critica Ceni e vê incerteza com Cueva, mas diz que São Paulo não cai». LANCE!. 23 de setembro de 2017. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ Leonardo Sasso (20 de novembro de 2019). «São Paulo: Leco garante Fernando Diniz em 2020 e comenta protestos da torcida em jogo do NBB: 'Coisa encomendada'». ESPN Brasil. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ Willian Ferreira (21 de novembro de 2019). «Leco é criticado pela torcida do São Paulo com tag no Twitter». Torcedores.com. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ Eduardo Rodrigues e Marcelo Hazan (28 de novembro de 2019). «Torcida do São Paulo protesta contra Leco, conselheiros e jogadores em frente ao Morumbi». GloboEsporte.com. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ Jose Renato Ambrosio e Marcelo Hazan (3 de dezembro de 2019). «Conselheiros do São Paulo pedem impeachment do presidente Leco». GloboEsporte.com. Consultado em 28 de abril de 2022
- ↑ «Grupo de conselheiros do São Paulo pede impeachment do presidente Leco». ISTOÉ Independente. 4 de dezembro de 2019. Consultado em 28 de abril de 2022