Carlos Pereira Xavier

político brasileiro

Carlos Pereira Xavier (Vazante, 13 de outubro de 1961) é um servidor público e político brasileiro.[1] Integrou a Câmara Legislativa do Distrito Federal entre 1995 a 2004, durante sua segunda,[2] terceira[3] e quarta legislaturas. Perdeu o mandato em agosto de 2004, após ser cassado.[4]

Carlos Xavier
Deputado distrital do Distrito Federal
Período 1º de janeiro de 1995
até 5 de agosto de 2004
Dados pessoais
Nome completo Carlos Pereira Xavier
Nascimento 13 de outubro de 1961 (62 anos)
Vazante, Minas Gerais
Nacionalidade brasileiro
Partido PSD
PPB
PFL
Profissão Servidor público, político

Biografia editar

Xavier se tornou morador de Brasília ainda criança, em 1967. Ali, trabalhou no Banco Nacional de Crédito Cooperativo e na Administração Regional de Samambaia. Também atuou em movimentos evangélicos, fundando e presidindo a Associação Comunitária das Quadras Pares de Samambaia.[1]

Xavier foi eleito deputado distrital nas eleições de 1994, 1998 e 2002. Obteve 7.480 votos na primeira,[5] 7.934 na segunda[6] e 7.804 votos na terceira.[7] Disputou cada pleito por um partido diferente: Partido da Frente Liberal em 1994,[5] Partido Progressista Brasileiro em 1998[6] e Partido Social Democrático em 2002.[7]

No parlamento, Xavier foi presidente da Comissão de Assuntos Sociais e da de Direitos Humanos e Cidadania, bem como vice—presidente da comissão de Economia, Orçamento e Finanças. Na época, afirmou que tinha como prioridade "lutar pelo desenvolvimento do Distrito Federal, em especial de Samambaia, e pela comunidade evangélica com atenção voltada às solicitações e anseios da população."[1]

Seu nome de batismo era "Adão", porém alterou-o legalmente para Carlos.[8]

Cassação e condenação por homicídio editar

Em 2004, Xavier teve seu mandato de deputado distrital cassado por seus pares, em uma votação de 13 votos a favor ante 3 contrários. De acordo com investigações, o deputado havia contratado, em março daquele ano, dois pistoleiros, que foram condenados,[9] para que matassem o jovem Ewerton da Rocha Ferreira, de 16 anos. Xavier acreditava que Ferreira era amante de Maria Lúcia Araújo de Xavier, sua ex-esposa.[4] Foi o primeiro deputado distrital cassado na história da casa.[10]

Em 2014, Xavier foi à juri popular.[11] No mesmo ano, foi condenado a 15 anos de reclusão, inicialmente fechado, pelo crime de homicídio qualificado.[12][13] Não chegou a ser preso, pois um habeas corpus concedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, lhe autorizou responder em liberdade.[14]

Referências

  1. a b c Memória da Câmara Legislativa do Distrito Federal (PDF). 1. Brasília, Distrito Federal: Câmara Legislativa do Distrito Federal. 1998. 87 páginas. ISBN 85-87123-01-7 
  2. «(1995 - 1998) Segunda Legislatura». Câmara Legislativa do Distrito Federal. 2020. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  3. «(1999 - 2002) Terceira Legislatura». Câmara Legislativa do Distrito Federal. 2020. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  4. a b «Deputado distrital Carlos Xavier é cassado em Brasília». EFE. Uol. 5 de agosto de 2004. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  5. a b «Resultados das Eleições 1994 - Distrito Federal - deputado distrital». Tribunal Superior Eleitoral. 1994. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  6. a b «Eleições / Eleições anteriores / Eleições 1998 / Candidaturas, votação e resultados / Resultado da eleição de 1998». Tribunal Superior Eleitoral. 1998. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  7. a b Fernando Rodrigues (2002). «Eleições 2002 - Resultados Deputados estaduais/distritais eleitos». Uol. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  8. Milena Lopes (28 de setembro de 2016). «Ex-distrital tenta no STF evitar prisão». Jornal de Brasília. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  9. Helena Mader (12 de fevereiro de 2014). «Julgamento do ex-distrital Carlos Xavier é adiado pelo Tribunal do Júri». Correio Braziliense. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  10. «Ex-distrital condenado por homicídio, Carlos Xavier ganha habeas corpus». Correio Braziliense. 15 de novembro de 2018. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  11. Helena Mader (23 de janeiro de 2014). «Acusado de mandar matar adolescente, ex-distrital Carlos Xavier vai a júri». Correio Braziliense. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  12. «Ex-deputado distrital é condenado a 15 anos de reclusão por homicídio». Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. 2014. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  13. «Tribunal do Júri condena ex-distrital Carlos Xavier a 15 anos de prisão». Donny Silva. 8 de abril de 2014. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  14. Larissa Rodrigues (18 de novembro de 2018). «Supremo concede habeas corpus a ex-distrital Carlos Xavier». Metrópoles. Consultado em 7 de setembro de 2020 
  Este artigo sobre um político brasileiro é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.