Carmésia

município brasileiro do estado de Minas Gerais

Carmésia é um município brasileiro do estado de Minas Gerais. Localiza-se no Vale do Rio Doce e sua população estimada em julho de 2020 era de 2 646 habitantes.[3]

Carmésia
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Carmésia
Bandeira
Brasão de armas de Carmésia
Brasão de armas
Hino
Gentílico carmesiano
Localização
Localização de Carmésia em Minas Gerais
Localização de Carmésia em Minas Gerais
Localização de Carmésia em Minas Gerais
Carmésia está localizado em: Brasil
Carmésia
Localização de Carmésia no Brasil
Mapa
Mapa de Carmésia
Coordenadas 19° 05' 20" S 43° 08' 31" O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Senhora do Porto, Dom Joaquim, Conceição do Mato Dentro, Ferros, Dores de Guanhães.
Distância até a capital 208 km
História
Fundação 30 de dezembro de 1962 (61 anos)
Administração
Prefeito(a) Atos Tácio Soares de Oliveira (PSDB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2] 258,533 km²
População total (IBGE/2020[3]) 2 646 hab.
Densidade 10,2 hab./km²
Clima Tropical de altitude
Altitude 663 a 1 092 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 35878-000 a 35879-999[1]
Indicadores
IDH (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento/2000[4]) 0,698 médio
PIB (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2008[5]) R$ 12 700,745 mil
PIB per capita (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2008[5]) R$ 4 755,05
Sítio carmesia.mg.gov.br (Prefeitura)
carmesia.cam.mg.gov.br (Câmara)

História editar

O município de Carmésia está situado na parte centro-leste do estado e é de povoamento bastante remoto. Foi colonizado por descendentes de europeus a partir do século XVIII, com a descoberta do ouro em Minas Gerais, a partir de uma expedição de bandeirantes vindos do Serro e com destino à região do Morro do Pilar, passando por Conceição do Mato Dentro, assim como por todas as minas da região.

O processo de desenvolvimento ficou bastante comprometido. Assim com os demais povoamentos deste período, a região de Carmésia passou por um longo período de estagnação da sua economia e, consequentemente, do desenvolvimento em todos os seus segmentos. Pertencia ao município de Conceição do Mato Dentro e em 1923 foi criado o distrito com o nome de Viamão do Carmo. Com a criação do município de Dom Joaquim, desmembrado do município de Conceição do Mato Dentro, passou a integrá-lo, pelo Decreto nº. 148 de 17 de dezembro de 1938, já com a denominação de Carmésia. Da Lei nº. 2.767, em 30 de Dezembro de 1962 e instalado em 1° de março de 1963.

A paisagem natural do município corresponde à paisagem dos antigos núcleos mineiros, em topografia acidentada, montanhas e vales, sendo que na sede observamos um destaque para a vista da Igreja Matriz, com sua alta torre, na parte central. O município não apresenta um conjunto arquitetônico colonial significativo, mas apenas algumas edificações antigas misturadas a outras mais novas. Em 1972, o estado doou parte do território de Carmésia para a Fundação Nacional do Índio para abrigar índios expulsos de suas terras em Porto Seguro, na Bahia. Esta terra pertencia ao Coronel Magalhães e era a maior colônia agrícola da região. Por ocasião da sua morte, como não deixou herdeiros, a colônia foi doada ao estado, que a repassou para administração dos militares, que a utilizaram como campo de treinamento. É denominada “Terra Indígena Guarani” e, nela, atualmente, moram famílias da etnia pataxó.

Após descobrir as minas de Serro Frio, bandeirantes, sertanistas e garimpeiros seguiram em direção ao território onde hoje se encontra Conceição do Mato Dentro, da qual Carmésia, antiga Viamão do Carmo fazia parte.

A antiga Viamão, rodeada por montanhas, terras férteis e rios, desenvolveu-se rapidamente e se tornou uma porta de entrada para o Vale do Rio Doce, possuindo uma das poucas estradas que comunicavam com a recente capital de Minas Gerais. O distrito de Viamão foi criado em 1923, pertencendo ao Município de Conceição do Mato Dentro.

Após a criação do município de Dom Joaquim em 17 de dezembro de 1938, distrito de Viamão do Carmo passou a integrá-lo e recebeu o nome de Carmésia, em homenagem a Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade. O município de Carmésia foi criado em 30 de dezembro de 1962 e instalado em 1° de marco de 1963. Seu primeiro regente, que assumia as funções de prefeito foi Geraldo Madureira Simões, natural do Serro, o qual viria a se tornar prefeito de Dom Joaquim alguns anos mais tarde.

Destaca-se como ponto positivo a existência de uma reserva indígena no município de Carmésia, fato que agrega valores culturais. A reserva indígena Guarani é um atrativo relevante, tanto no contexto natural quanto no contexto cultural, podendo ser considerado como o maior atrativo turístico. Será possível realizar o turismo de forma consciente e eficaz, resgatando a cultura indígena, revitalizando seu ambiente natural e promovendo sua divulgação de maneira sustentável. Estes cuidados devem ser tomados para não ocorrer a aculturação destas tribos e o resgate do ambiente natural. Possui 3 279 hectares onde vivem cerca de 280 indígenas da etnia Pataxó, distribuídos em três tribos.

Geografia editar

Hidrografia editar

  • Principal Rio:

Rio do Peixe. Nasce do Município do Serro, em Minas Gerais. Deságua no Rio Santo Antônio, no Município de Ferros, em Minas Gerais.

  • Córregos e Ribeirões que passam no município:

Ribeirão Guarani

Ribeirão São João

Ribeirão das Flores

Córrego Axupé

Córrego da Choradeira

Córrego Santana

Córrego Samora

Córrego da Olaria

Córrego da Prata

Córrego Liberato

Córrego Roncador

Córrego Palmital

Córrego Belmonte

Carmésia pertence à Bacia Hidrográfica do Rio Doce e à Sub-bacia do Rio Santo Antônio.

Clima editar

  • Temperatura:
    • Média anual: 20,8 graus centígrados
    • Média máxima anual: 28,1 graus centígrados
    • Média mínima anual: 14,9 graus centígrados
  • Índice médio pluviométrico anual: 1 521,3 mm

Topografia editar

  • Plano: 5 %
  • Ondulado: 25 %
  • Montanhoso: 70 %

Dados da cidade editar

  • Localização: Rio Doce
  • Área: 259,32 quilômetros quadrados
  • Altitude:
    • Máxima: 1 092 m. Local: Serra dos Monos
    • Mínima: 663 m. Local: Rio do Peixe
    • Ponto central da cidade: 551,04 m

Transporte editar

Turismo editar

Pontos Turísticos editar

Área de Proteção Renascença editar

Área de Proteção Renascença, sentido a Conceição do Mato Dentro. Margem direita e esquerda do Rio do Peixe.

Cachoeira Achupé editar

Fica no povoado de Goiabas, a 15 km da sede do município, seguindo a rodovia.

Cachoeira Renascença editar

A Cachoeira Renascença fica localizada na área da APA Renascença. Pegando a estrada Carmésia / Morro do Pilar, após 4,5 km, virar à esquerda em uma estrada de terra antes da ponte sobre o Rio do Peixe. Localizada dentro da fazenda Bangú-Renascença, o proprietário é o Sr. Hélcio.

Estrada Real editar

Trilha que era usada para carro de boi, para transporte de mercadorias da região para Santa Bárbara.

Igreja Nossa Senhora do Carmo editar

Igreja Nossa Senhora do Carmo construída em 1890.

Reserva Indígena Pataxó editar

Reserva indígena Pataxó. Estrada sentido Carmésia/Ferros. Aproximadamente 7 km.

Rio do Peixe editar

Situa-se no local denominado Renascença.

Trilha Ecológica editar

Trilha ecológica à margem do Rio do Peixe, na Área de Proteção Renascença.

Eventos editar

  • Abril - Festa Awê Heruê Hun Niamissun - Festa tradicional Pataxó
  • Julho - 16 - Festa da Padroeira Nossa Senhora do Carmo
  • Outubro - Festa das águas - Festa tradicional Pataxó

Referências

  1. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  2. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. a b «Carmésia». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 29 de abril de 2021 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 

Ligações externas editar

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