Museu Comunitário Casa Schmitt-Presser

Museu em Novo Hamburgo, Brasil
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O Museu Comunitário Casa Schmitt-Presser é um museu brasileiro, localizado na cidade de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Está instalado em um imóvel construído na primeira metade do século XIX, aproximadamente em 1830. Foi o primeiro imóvel em técnica enxaimel tombado pelo IPHAN, em 1985.[1][2] Após um período de restauração, passou a abrigar o museu, que conta a história da colonização alemã no município.

Museu Comunitário Casa Schmitt-Presser
Museu Comunitário Casa Schmitt-Presser
Tipo Museu de história da Imigração Alemã no Rio Grande do Sul
Geografia
País  Brasil
Cidade Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul
Localidade Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul
Av. Gen. Daltro Filho, 929 - Hamburgo Velho
Coordenadas 29° 40' 24.3" S 51° 06' 34.2" O

Originalmente, o museu contava apenas com um andar. Porém, no início do século XX, a Avenida General Daltro Filho foi rebaixada, fazendo com que o imóvel ficasse a mais de 3 metros de altura. Nessa ocasião, iniciou-se a reforma que tornou o prédio uma estrutura de dois andares.

História editar

A casa de Johann Peter Schmitt foi construída na primeira metade do século XIX, como residência e casa de comércio. Constitui-se num dos mais antigos exemplares, no Rio Grande do Sul, de arquitetura de enxaimel, característica das áreas de imigração germânica.

Segundo o arquiteto Günther Weimer, fato significativo do imóvel é que as peças de madeira – as peças estruturais – são falquejadas, o que indica que a casa foi construída antes da introdução da serra manual, própria para o corte do tronco de árvores. Esse fator permite afirmar a probabilidade dessa ser uma das mais antigas estruturas de enxaimel do estado.

Originalmente, a vedação dos tramos eram de taipa-de-sopapo, tanto nas paredes externas, como das paredes internas.

Em 1923, com o rebaixamento da rua, aos alicerces originais, foram acrescentadas grossas paredes de pedra e tijolo. A construção ganhou assim mais um pavimento. O comercio desceu para esse espaço: aí funcionou a casa comercial de Edvino Presser, casado com uma neta de Johann Peter Schmitt.

As várias ocupações, ao longo dos anos, submeteram a casa a modificações, dificultando a identificação precisa de funções e aspectos físicos originais.

Em 1974, por iniciativa do artista Ernesto Frederico Scheffel, iniciam-se as articulações para a preservação e o tombamento da casa, incluindo-se nessas ações, propostas de proteção do Centro Histórico de Hamburgo Velho e a parte da área do antigo lote colonial de Schmitt, conhecida, hoje, como Parcão.

Em 1981, a casa foi declarada de utilidade pública pela Prefeitura Municipal e em 1985, tombada como patrimônio histórico e artístico nacional pela SPAHN, atual IBPC – Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural. Nesse mesmo ano, com recursos da APLUB, foram feitas obras de proteção do imóvel que se encontrava em estado bastante precário.

Dois anos depois, a casa foi desapropriada pela prefeitura e o IBPC realizou obras de emergência para evitar o desabamento de sua estrutura. No ano de 1990, com recursos da Prefeitura Municipal e do IBPC, são iniciadas as obras de restauração.

Finalmente, em 1992, a casa restaurada foi reaberta à comunidade como museu comunitário Casa Schmitt-Presser.

Descrição arquitetônica editar

Paredes externas - Paredes do 2 pavimento em enxaimel com preenchimento de pau à pique e tijolos. Paredes do porão com pedra grês rebocada.

Cobertura - Cobertura de telha cerâmica plana, com galbo. Beiral saliente na fachada frontal e posterior, com cachorros e cimalha de madeira.

Aberturas e elementos integrados - Aberturas retas, com bandeira. Janelas do pavimento inferior (porão) com o vidro do lado de fora. As portas do pavimento superior tem sacada entalada com guarda-corpo em madeira.

Informações complementares - prédio construído no alinhamento frontal e lateral (na lateral não tem divisa física com a Fundação Scheffel). Fachada frontal simétrica. Nos fundos tem pavimento em pedra grês original, um caramanhão e um piso de ladrilho original (provável cozinha ou banheiro). Nos fundos e lateral esquerda possui jardim. lote é continuidade do parcão.

Referências

Bibliografia editar

  • WEIMER, Gunther. A casa de João Pedro Schmitt. In: Sperb, Angela Tereza (coord.) Hamburguerberg. Ano 1, n. 3, julho/1983[Falta ISBN]
  • SPERB, Angela Tereza. O inventário de João Pedro Schmitt. In: anais – IV Simpósio de história da imigração e colonização alemã no Rio Grande do Sul - 1980. São Leopoldo: Museu Histórico Visconde de São Leopoldo/i. H. S. L., 1987.[Falta ISBN]
  • WEIMER, Gunther. A casa de João Pedro Schmitt. In: SPERB, Angela Tereza (coord.) Hamburguerberg. Ano 1, n. 3, julho/1983, p.65-68.[Falta ISBN]
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