Casa do Cantador

Museu

A Casa do Cantador é um espaço cultural brasileiro, situado em Ceilândia, no Distrito Federal. Sendo um dos espaços mais importantes, que abarca todos os movimentos artísticos e culturais do local.

Casa do Cantador, em Ceilândia
Carta do governador José Aparecido de Oliveira tratando sobre a edificação do palácio da poesia.

Conhecida como Palácio da Poesia, é uma edificação moderna projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, cujo desenho foi inspirado pela canção Asa Branca[1] de Luiz Gonzaga, com o propósito de homenagear os imigrantes nordestinos que vieram para o Distrito Federal em busca de melhores condições de vida.

História editar

A Casa do Cantador nasceu da necessidade dos artistas locais que não tinham, até então, um espaço para manifestarem a sua arte e sua cultura.

Em meados dos anos 1980 um grupo de poetas, cordelistas, sanfoneiros e vários apologistas do repente foram à residência oficial do governador José Aparecido em Águas Claras reivindicar um espaço para esses artistas manifestarem a sua arte por meio do repente, um ponto de encontro da cultura nordestina e de admiradores cultura popular.

O então governador José Aparecido recebeu todos os artistas e prometeu criar a casa do Cantador. O projeto contou também com recursos do governo Área Federal e projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer.

Em 9 de novembro de 1986 foi inaugurada a Casa do Cantador, marco do repente no planalto central, com a presença do então presidente José Sarney, um grande admirador dos repentistas e cordelistas, além de Luiz Gonzaga, um dos mais importantes representante da cultura nordestina.

Em poco tempo, a casa do cantador virou um ponto de encontro de poetas, forrozeiros e nordestinos que vem ouvir seus artistas e comer a tradicional buchada de bode além do baião de dois.

Devido à sua importância, o local atualmente se tornou um grande centro cultural da cidade, recebendo desde artistas da cena cultural de Ceilândia a grandes manifestações culturais, a exemplos dos Festivais Nacional e Regional de Cantadores repentistas, encontros dos Forrozeiros do DF, as Feiras de arte e cultura da Ceilândia. Projetos que receberam artistas renomados como: Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Xangai, Dona Lia de Itamaracá, Irmãs Galvão, Zé Mulato e Cassiano, Jackson Antunes, Zeca baleiro, além dos mais importantes repentistas do nordeste Brasileiro.

Por Dentro da Casa editar

Estátua de um cantador editar

Na entrada da Casa do Cantador temos uma obra do poeta e escultor cearense Alberto Porfírio, o “Cantador Anônimo”.

Cordelteca João Melchiades Ferreira[2] editar

Conta também a Cordelteca João Melchiades Ferreira, inaugurada no final do ano 2019. O espaço, que contabiliza cerca de 1,5 mil cordéis e livros, presta homenagem ao poeta e romancista paraibano, autor do Romance do Pavão Misterioso. A cordelteca ganhou um painel do artista plástico Valdério Costa, com xilogravuras que incluem a representação do Pavão Misterioso.

Anfiteatro editar

É um espaço com capacidade de 280 pessoas ou um público infantil de 350 (crianças) que pode ser utilizado para apresentações musicais, cênicas, de mamulengos além de palestras e encontros comunitários. Já teve inclusive exibições de películas (à noite) com um resultado muito bom.

Sala Multiuso (Térreo) editar

O espaço é voltado para oficinas, aulas teóricas, palestras, workshops, refeitório (por estar ligada a cozinha) além poder realizar pequenas apresentações ou até mesmo um pequeno salão para apresentações de forró.

Sala Multiuso (1º Andar) editar

O espaço é destinado para oficinas, cursos, palestras, workshops e aulas de música.

Referências

  1. «Asa Branca». Wikipédia, a enciclopédia livre. 13 de julho de 2020 
  2. Silva, Melquíades. «BIOGRAFIA : João Melquíades da Silva .:. Cordel». www.casaruibarbosa.gov.br. Consultado em 25 de agosto de 2020 

Bibliografia editar

Silva, Melquíades. «BIOGRAFIA : João Melquíades da Silva .:. Cordel».   www.casaruibarbosa.gov.br . Consultado em 25 de agosto de 2020.