Castelo de Balmoral
O Castelo de Balmoral é uma grande propriedade em Royal Deeside, Aberdeenshire, Escócia. Está localizado próximo da cidade de Crathie.[1] O castelo é uma das residências da família real britânica desde 1852, quando o local e a construção original foram compradas pessoalmente pelo príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, marido da rainha Vitória do Reino Unido. Eles permanecem propriedade pessoal da família real e não são parte da Coroa.
Castelo de Balmoral | |
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Estilo dominante | Escocês Baronial |
Arquiteto | William Smith Alberto de Saxe-Coburgo-Gota |
Construção | completado em 1856 |
Proprietário inicial | Roberto II |
Proprietário atual | Carlos III |
Geografia | |
País | Reino Unido |
Localidade | Royal Deeside, Aberdeenshire, Escócia, ![]() |
Coordenadas | |
Localização do Castelo de Balmoral na Escócia |
Pouco depois da propriedade ter sido comprada, percebeu-se que a casa existente era muito pequena e assim o atual Castelo de Balmoral foi encomendado. O arquiteto escolhido foi William Smith, apesar de seus projetos terem sido retocados pelo príncipe Alberto.
O castelo é um exemplo da arquitetura Escocesa Baronial, sendo classificada pela Historic Scotland como um edifício de categoria A. Ele foi completado em 1856 e o antigo castelo foi demolido logo em seguida.
A propriedade de Balmoral foi expandida por sucessivos membros da família real, atualmente cobrindo uma área de aproximadamente cinquenta mil acres. É um castelo funcional, incluindo amarras para perdizes, silvícolas e terras agrícolas, além do gerenciamento de rebanhos de veados, gado e pôneis.
HistóriaEditar
O castelo começou a ser construído para Sir William Drummond em 1390. A propriedade havia pertencido ao rei Roberto II da Escócia (1371-1390), que mantinha um pavilhão de caça na região. Posteriormente, a propriedade foi vendida a Alexander Gordon, o 3° Conde de Huntly, no século XV. Balmoral permaneceu nas mãos da família Gordon até 1662, quando o clã Farquharson a adquiriu. À nova família foi concedido o título de conde de Balmoral. Em 1798, o 2° conde de Fife adquiriu o castelo.
Residência realEditar
Balmoral é hoje melhor conhecida como residência real, um refúgio de Verão da Rainha Elizabeth II até sua morte, em 2022, e do seu marido, o Duque de Edimburgo.
A história do Castelo de Balmoral como residência real remonta a 1848, quando a Rainha Vitória e o Príncipe Alberto arrendaram o castelo aos depositários de Sir Robert Gordon (que havia obtido um arrendamento de longo termo do castelo em 1830 e morreu em 1847). O casal Real gostou muito da sua estadia na casa e pagou mais de 30 000 libras pela sua posse total em 1852. O príncipe começou imediatamente a fazer planos com William Smith para aumentar o existente castelo quinhentista e fazer um "novo" e maior castelo para a Família Real.
Em 1856, a construção estava concluída.
Juntamente com Sandringham House, Balmoral é uma propriedade privada e não parte da royal estate. Este tornou-se centro de um caso quando, em 1936, Eduardo VIII abdicou como rei mas não abandomou automaticamente a propriedade privada que havia herdado. Jorge VI teve que comprar explicitamente Balmoral e Sandringham ao seu irmão mais velho para que permanecessem refúgios privados para o monarca.
A propriedade de Balmoral mantém-se em funcionamento, ocupando mais de 200 km² de terra. A Família Real emprega cerca de 50 funcionários a tempo inteiro e outros 50 a 100 em tempo parcial para cuidar dos jardins, do castelo e dos animais da propriedade.
Tem havido alguma especulação sobre a possibilidade de o Castelo de Balmoral ter sido assinalado como um refúgio Real na eventualidade de uma guerra nuclear. Na década de 1960 os planos de guerra visavam, aparentemente, evacuar o soberano para o Iate Real Britannia, mas isso não seria prático e seria desejável um refúgio terrestre. Pode parecer que, contrariamente ao rumor persistente, não existiram planos para juntar o soberano com o Primeiro-ministro no complexo de bunkers de Corsham, conhecido variadamente como Hawthorn, Subterfúgio, Sitio 3, Burlington ou Turnstile. O Palácio de Buckingham e o Castelo de Windsor seriam ambos muito vulneráveis, o primeiro por se encontrar situado no coração de Londres — um alvo principal por direito próprio — e Windsor devido à sua proximidade com o Aeroporto de Heathrow.
A Rainha encontrava-se em Balmoral em 1997, quando recebeu a notícia de que sua ex-nora, a Princesa Diana, havia falecido em Paris, França, após sofrer um trágico acidente de carro. A sua decisão de não voltar para Londres, para falar publicamente sobre a perda da Princesa do Povo, foi muito criticada na época, rendendo discussões entre ela e o primeiro-ministro Tony Blair. Tais momentos serviram de tema para o filme The Queen, de 2006.
Pela primeira vez um novo primeiro-ministro foi recebido por um monarca fora do palácio de Buckinghan em 2022. Liz Truss foi recebida por Isabell II no castelo de Balmoral devido a sua saúde já estar fragilizada.[2]
Em 8 de setembro de 2022, Isabel II, a mais longeva monarca britânica, faleceu aos 96 anos nesse castelo, um dos seus locais preferidos e que escolheu como lar para passar os últimos dias de sua vida.[3]
Referências
- ↑ «BALMORAL CASTLE (GDL00045)». portal.historicenvironment.scot. Consultado em 11 de abril de 2021
- ↑ «Liz Truss é empossada primeira-ministra pela rainha». G1. Consultado em 8 de setembro de 2022
- ↑ «Morre a rainha Elizabeth 2ª». BBC News Brasil. Consultado em 8 de setembro de 2022
Ligações externasEditar
- «Website oficial» (em inglês)
- «O castelo de Balmoral no website About.com00» (em inglês)
- «Tom Weir visita Balmoral - vídeo da ScotlandonTV» (em inglês)