Castelo de Rosmaninhal

Castelo medieval do qual restam apenas vestígios em precárias condições de conservação
Construção ()
Estilo
Conservação
Homologação
(IGESPAR)
N/D
Aberto ao público

O Castelo de Rosmaninhal,desaparecido, localizava-se na freguesia de Rosmaninhal, Município de Idanha-a-Nova, Distrito de Castelo Branco, na Beira Baixa, em Portugal.[1]

Castelo raiano, isolado, do qual restam apenas vestígios em precárias condições de conservação.

Antecedentes editar

A primitiva ocupação humana da região remonta à pré-história, conforme os testemunhos arqueológicos nela abundantes. Posteriormente romanizada, aqui foi explorado o ouro de aluvião.

O castelo medieval editar

À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, os domínios do Rosmaninhal, assim como o de outras povoações da raia (Segura, Monsanto, Idanha-a-Velha, Salvaterra do Extremo e toda a região entre o rio Zêzere e o rio Erges) passaram a pertencer aos cristãos, integrando os domínios do Condado Portucalense. Com a Independência de Portugal, D. Afonso Henriques (1112-1185) a área do Rosmaninhal encontrava-se compreendida nos domínios de Idanha-a-Velha e Monsanto, doados aos cavaleiros da Ordem dos Templários em 30 de Novembro de 1165, para que os repovoassem e defendessem.

Embora não haja informações seguras acerca da fortificação de Rosmaninhal, acredita-se que a mesma tenha sido iniciada sob o reinado de D. Sancho II (1223-1248), provavelmente a partir de 1229, ano em que foram passados tanto o foral de Idanha-a-Velha, quanto o de Salvaterra do Extremo.

À época de D. Dinis, em documento integrante de um processo contra a Ordem dos Templários, encontra-se referido o Castelo do Rosmaninhal, cujos domínios, a partir de 1319, passaram para a Ordem de Cristo. Eram seus comendadores e Alcaides-Mor os marqueses de Fronteira. A partir de então, a povoação conheceu um novo alento de tal forma que, à época de D. Manuel I (1495-1521) recebeu o seu primeiro e único foral, a 1 de Junho de 1510. Neste período o castelo já se encontrava desaparecido, uma vez que no Tombo da Comenda da Ordem de Cristo do Ano de 1505 do Rosmaninhal, a Leste da Igreja de Nossa Senhora, em uma elevação onde à época existiam alicerces de parede com um arco ainda levantado, constava ter sido feito um castelo da vila.

Da Guerra de Sucessão Espanhola aos nossos dias editar

No contexto da Guerra da Sucessão Espanhola, o Rosmaninhal foi de novo murado (1704), de acordo com a informação do vigário da povoação, Diogo Vaz Magro, nas "Memórias Paroquiais de 1758", que relatou:

(…) 6. A parrochia está no simo da villa e outeiro dentro de um forte do povo, contíguo a um forte del Rey, que tem suas pessas.
(…) 25. A Vila foi murada por El Rei na Guerra de Setecentos e Quatro como também tinha o já tinha sido na do Levantamento, não é propriamente Praça que esteja guarnecida mas sim tem um forte de El Rei com suas pessas que no tempo da guerra costumam guarnecer os Reis com gente militar e os muros estão em muita parte demolidos e os quartéis de El Rei e fortes.

A vila foi sede de Concelho até 1836, quando este foi suprimido e anexado ao de Salvaterra do Extremo.

Pouco resta do castelo medieval ou das defesas setecentistas. A Junta de Freguesia fez instalar um cemitério sobre os restos das suas muralhas, encobrindo-as e descaracterizando-as. Não há informações sobre a proteção ou classificação deste património.

Referências

Ligações externas editar