CEASA

Centrais Estaduais de Abastecimento
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CEASA é a sigla e denominação popular das centrais de abastecimento, que são empresas estatais ou de capital privado destinadas a promover, desenvolver, regular, dinamizar e organizar a comercialização de produtos da hortifruticultura a nível de atacado em uma região de ação.[1][2]

Ceasa do Rio de Janeiro.
Banca de frutas no Ceasa de Brasília, Distrito Federal.
Banca de frutas na CEAGESP, São Paulo.

Surgiram no Brasil ao final da década de 1960, como iniciativa do Governo Federal para melhorar a qualidade da comercialização de hortigranjeiro no país.[3]

Para a sua implantação, buscou-se ajuda de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e também se baseou na experiência de outros países em técnicas de planejamento, construção e operação de mercados atacadistas. Com a parceria dos governos estaduais e municipais, foram construídas Ceasas nas principais capitais do país.[4]

Em 1988, o Governo Federal transfere para os estados e municípios o controle acionário de 21 CEASAs que antes eram integradas e formavam o Sistema Nacional de Centrais de Abastecimento (Sinac), sob gestão da estatal COBAL (Companhia Brasileira de Alimentos), conhecida atualmente como CONAB.[5][6]

Os comércios de hortifrutigranjeiros são alugados pelas Ceasas às empresas privadas, na forma de licitação, e cada armazém é denominado "BOX". No Ceasa do Distrito Federal existem vários destes boxes, havendo nele também uma área em que pequenos comerciantes montam bancas e comercializam seus produtos.

As Ceasas estatais no Brasil são de capital misto, ou seja, baseado no sistema de ações S/A. Por esse motivo, todos os funcionários estão em regime Consolidação das Leis do Trabalho e não estatutários.[1]

A CEASA/PE é uma Organização Social (OS) de direito privado, sem fins lucrativos, instituída na forma da Lei Estadual nº 11.743/2000. A Nova Ceasa (PI) foi constituída sob a forma de PPP (parceria público-privada).[7][8]

Diversos Estados do Brasil possuem as suas Ceasas atualmente, como Mato Grosso[9], Rio de Janeiro[10], Paraná[11], Santa Catarina[12] e Pernambuco [13], além do Distrito Federal[14]. A CEAGESP, localizada na cidade de São Paulo, é o maior centro de abastecimento de frutas e verduras do Brasil e da América Latina, e o terceiro maior centro atacadista de alimentos do mundo.[15]

Ver também editar

Referências

  1. a b «O que é CEASA?». www.agric.com.br. Agric - Informações sobre o mundo agrícola. Consultado em 28 de março de 2018 
  2. «Perguntas Frequentes». www.ceasa-ce.com.br. CEASA | Centrais de Abastecimento do Ceará - S/A. Consultado em 28 de março de 2018 
  3. Lima, Karla Kellem; Pasqualetto, Antônio; Calil, Taric; Castro, Sergio Duarte de (28 de março de 2018). «A Gestão da Central de Abastecimento de Goiás (CEASA-GO): seus números e propostas de melhorias». Qualitas Revista Eletrônica (3): 01–20. ISSN 1677-4280. doi:10.18391/req.v18i3.3731. Consultado em 20 de janeiro de 2021 
  4. Moreira da Silva, Ivan (Junho de 1987). «A Experiência Brasileira na Operacionalização de Sacolões» (PDF). Consultado em 28 de março de 2018 
  5. «História». CEASA. Consultado em 25 de janeiro de 2023 
  6. «História | CEASA Campinas». www.ceasacampinas.com.br. Consultado em 25 de janeiro de 2023 
  7. «Ceasa». www.ceasape.org.br. Consultado em 25 de janeiro de 2023 
  8. «Nossa História – Nova Ceasa Piauí». Consultado em 25 de janeiro de 2023 
  9. «Ceasa Mato Grosso - Página principal». CEASA/MT. Consultado em 28 de março de 2018 
  10. «CEASA Rio - Portal». www.ceasa.rj.gov.br. CEASA Rio de Janeiro. Consultado em 28 de março de 2018 
  11. «Página inicial». www.ceasa.pr.gov.br. CEASA/PR. Consultado em 28 de março de 2018 
  12. «A Ceasa». www.ceasa.sc.gov.br. Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina S/A - Ceasa/SC. Consultado em 28 de março de 2018 
  13. «Site oficial da CEASA Pernambuco» 
  14. «Site da CEASA/DF» 
  15. «Maior centro de abastecimento de verduras e frutas do país, Ceagesp precisa se regularizar - 12/01/2014 - sãopaulo - Folha de S.Paulo». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 20 de janeiro de 2021 

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