Chafariz da Esplanada Capixaba
Chafariz da Esplanada Capixaba é um chafariz fundado no ano de 1828, localizado em Vitória, capital do estado do Espírito Santo.[1][2]
Chafariz da Esplanada Capixaba | |
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Chafariz da Esplanada Capixaba em 2019. | |
Tipo | |
Início da construção | 1828 |
Fim da construção | 1828 |
Inauguração | 1828 |
Proprietário inicial | Prefeitura de Vitória |
Função inicial | chafariz |
Proprietário atual | Prefeitura de Vitória |
Função atual | patrimônio histórico |
Património nacional | |
Conselho Estadual de Cultura do Estado do Espírito Santo | Estadual |
Data | 1989 |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Vitória, Espírito Santo |
Coordenadas |
História editar
A construção do Chafariz da Esplanada Capixaba é creditada ao então presidente da província do Espírito Santo, Inácio Accioli de Vasconcelos.[3][4] Sua construção teve início em 12 de fevereiro de 1828, sobre a orientação do mestre de obras Francisco Pinto de Jesus.[3] Sua inauguração ocorreu no mesmo ano.[5][6]
Em seu projeto original, o projeto foi inaugurado com cinco chafarizes na R. Barão do Monjardim, região central de Vitória.[7][8] Suas águas procediam do Morro do Vigia e eram compostas de três nascentes.[3][5]
Em 2 de dezembro de 1855, data do aniversário de Dom Pedro II, Evaristo Ladislau Neto inaugurou um novo encanamento de água destinado ao chafariz erguido ao pé do Morro do Vigia, sabendo-se que, seis anos antes, no governo do capitão Felipe José Pereira, cerimônia idêntica verificou-se em Vitória.[3][9]
Devido ao crescimento natural que as metrópoles passam em sua formação, o chafariz foi sendo inviabilizado para sua função inicial, sendo assim desativado no início do século XX.[2][10]
Apesar de desativada, algumas intervenções foram sendo realizadas e assim tendo sido desconfigurada de sua projeção original.[11] Na gestão do prefeito Américo Poli Monjardim inseriu duas torneiras grandes, de colo e bico de cisne de bronze, que em menos de dois anos depois foi roubada.[11]
Atualidade editar
O chafariz da Capixaba é o único que, dos cinco, restou de pé.[12] Em 2009, o então vereador Fabrício Gandini (PPS), encaminhou um pedido ao então Prefeito de Vitória, João Coser (PT) para que a fonte fosse restaurada.[5]
Tombamento editar
No ano de 1989, o chafariz passou pelo processo de tombamento junto ao Conselho Estadual de Cultura do Estado do Espírito Santo.[11] O órgão classifica o tombamento como "uma reconstrução de sentido arqueológico do legado lusitano e do passado colonial brasileiro, contaminado pela referência clássica".[11]
Referências
- ↑ «Vitória (ES) | Cidades e Estados | IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ a b «Vitória – Chafariz da Esplanada Capixaba». iPatrimônio. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ a b c d Elton, Elmo (25 de agosto de 2017). «Chafarizes». Morro do Moreno. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ Carvalho, Enaile (2007). «Memórias do Espírito Santo no século XIX: entre os discursos políticos e a história econômica» (PDF). XXIV Simpósio Nacional de História - Associação Nacional de História. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ a b c «Chafariz da Capixaba». Fabrício Gandini. 9 de novembro de 2009. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ Zippinotti, Daniel (7 de novembro de 2014). «As formas simbólicas espaciais e a dinâmica da centralidade em Vitória: um esforço de análise» (PDF). Universidade Federal do Espírito Santo. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ «Monumentos contam a história de 470 anos de Vitória | A Gazeta». A Gazeta. 12 de setembro de 2021. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ Campos, Danielly (17 de maio de 2010). «Conselho Municipal do PDU aprova quatro tombamentos de imóveis históricos». Prefeitura de Vitória. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ Costa, Cíntia (2016). «"O Éden Desejado e Querido" - História, Fotografia e Educação no Espírito Santo Durante a Primeira República (1908- 1912)» (PDF). Universidade Federal do Espírito Santo. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ Bresciani, Maria Stella Martins (1982). Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. [S.l.]: Brasiliense
- ↑ a b c d «Arquitetura - Patrimônio Cultural do Espírito Santo» (PDF). Conselho Estadual de Cultura. 2009. Consultado em 16 de abril de 2022
- ↑ Cota, Marcela (21 de maio de 2018). «Vídeo histórico mostra Espírito Santo na década de 30». Folha Vitória. Consultado em 16 de abril de 2022