Cinologia (do grego kýon, kynós, cão + lógos, estudo) é a ciência que estuda os cães.[1] É o estudo científico da origem, formação, desenvolvimento e características morfológicas, físicas e mentais dos caninos e suas diversas raças.[2] De modo que, aquele que estuda os cães ou que se dedica à cinologia é um cinólogo.[3]

Algumas raças de cães ilustradas no The New Student's Reference Work (1914). 12.Dogue alemão; 13.Mastim inglês; 14a.São-bernardo de pêlo curto; 14b.São-bernardo de pêlo longo; 15.Terra-nova; 16.Boxer; 17.Buldogue inglês; 18.Buldogue francês; 19. Pug.

Em inglês, pode ser um termo às vezes usado para denotar uma abordagem zoológica séria ao estudo de cães[4], bem como para escritores de assuntos caninos, criadores de cães, treinadores[5], e entusiastas que estudam informalmente os cães. É o estudo de questões relacionadas com caninos ou cães domésticos.

O estudo de cães

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Anatomia canina ilustrada na figura de um cão da raça Rottweiler.

O estudo de cães, e assuntos relacionados com cães, são realizados e publicados: em geral, por aqueles que dominam a literatura relevante ou aspectos do mesmo, e a estrutura formal do assunto (Regulamentos de saúde, reprodução e exposições etc, por Kennel Clubs nacionais ou internacionais); em específico, por biólogos, geneticistas, zootecnistas, behavioristas e outros cientistas, historiadores, veterinários e especialistas em raças.

Informalmente, os cães podem ser estudados por aqueles sem treinamento científico específico, como publicitários e autores, criadores, treinadores, manipuladores de cães policiais, e outros, através da literatura, história e experiência pessoal. Muitos livros e vídeos úteis para o público foram produzidos através do estudo informal do cão. Aqueles que, muito raramente, se referem a si mesmos como "cinólogos", podem, formal ou informalmente, estudar assuntos como ciência veterinária, criação de cães, desenvolvimento de raças, comportamento e treinamento de cães, e literatura e história dos cães.

Termos

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Existem muitos termos usados e relacionados ao meio que envolve a cinologia.[2]

  • Cinolidade — Personalidade do cão.[2]
  • Cinólogo — Estudioso dos cães de modo científico.[2]
  • Cinometria — Medição das proporções entre as partes do corpo das mais diversas espécies caninas.[2]
  • Canicultura — ou cinocultura. Criação profissional de cães.[2]
  • Cinofilia — Hábito e gosto pela leitura especializada, estudo, canicultura e participação em eventos com seus cães.[2]
  • Cinófilo — Que gosta de cães.[2]
  • Cinofobia — Medo mórbido de cães.[2]
  • Cinopsicologia — Ramo da psicologia que estuda o comportamento e os fenômenos psíquicos da espécie canina.[2]
  • Cinografia — Tratado sobre assuntos caninos.[2]
  • Stud book — Livro de criação; arquivo ou registro das ninhadas nascidas de cães de raça pura.[2]
  • Kennel club — Clube de canis; clube de criadores, proprietários e expositores de cães.[2] Ex.: American Kennel Club.
  • Cinotecnia — estudo da anatomia, comportamento, psicologia, etc., de raças caninas, que tem por objetivo o treino e a criação de cães[6], geralmente para fins de trabalho, como guarda, proteção, cão militar, etc.
  • Raça pura — Uma raça em que apenas os indivíduos registrados no Stud book reproduzem entre si, possuindo portanto uma linhagem rastreável e consequentemente o direito ao registro ou certificado genealógico conhecido como pedigree.

Raças de cães

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Algumas raças de cães com diferentes tipos de pelagem.

Existem as mais diversas raças caninas dos mais diversos tipos, portes e funções. O número total de raças existentes hoje é discutido. Os mais diversos kennel clubes reconhecem diferentes quantidades de raças, de acordo com as que tiveram grupos de criadores empenhados em obter reconhecimento em determinado clube e as que foram aprovadas após estes esforços. A FCI (Federação Cinológica Internacional) por exemplo, que é um dos maiores clubes internacionais, mas não o único, reconhece ao todo 344 raças de cães.[7] Contudo, é especulado que existam mais de 400 raças de cães espalhadas por todo o mundo.[8] Cada raça reconhecida por algum kennel club possui um padrão morfológico oficial escrito, seguido rigorosamente pelos criadores na seleção genética, e, uma vez que passa a ser considerada uma raça pura, não podem mais haver intercruzamentos com raças distintas. O controle genealógico ocorre através do stud book e da emissão de certificados genealógicos conhecidos como pedigree, dado apenas para filhotes de cães já registrados anteriormente no stud book, e assim sucessivamente.

 
Cães do tipo terrier com cão-da-pradaria abatido.
 
Cães de aponte, 1919.

O veterinário e entomologista do século XIX, Jean Pierre Mégnin teorizou que havia quatro tipos caninos básicos com base em sua observação de suas diferentes estruturas no crânio: Lupóides (Spitz), Braccóides (Sabujos), Graioides (Lébreis), e Molossóides (molossos).[9] Embora o estudo do genoma canino esteja causando a revisão da base taxonômica do fenótipo como as de Mégnin, as quatro categorias ainda são usadas ​​em alguns contextos tradicionais, como na cinofilia profissional por exemplo. A cinofilia tradicional usa termos classificatórios de acordo principalmente com a morfologia:

Existem ainda outras classificações, que levam em conta mais a função e origem dos cães:

Outras classificações por utilidade

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Ver também

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Bibliografia

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Commons
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Referências

  1. «Cinologia». Dicio 
  2. a b c d e f g h i j k l m Tausz, Bruno. Dicionário de cinologia. [S.l.]: NBL Editora. ISBN 9788521308508 
  3. «cinólogo». Meu Dicionário 
  4. «Naturhistorisches Museum - Science». 7 de setembro de 2011. Consultado em 1 de agosto de 2018 
  5. «Top Level Dog Trainer Training! Face to face or online.». Canine Companions (em inglês) 
  6. Infopédia. «Definição ou significado de cinotecnia no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 5 de agosto de 2018 
  7. «Presentation of our organisation». www.fci.be. Consultado em 1 de agosto de 2018 
  8. «Quantas raças de cachorro há no mundo?». Portal do Dog - Para quem ama cachorros!. 28 de março de 2013 
  9. Mastiffs, The Big Game Hunters, by David Hancock. pg. 24, 'Classification of canine types', 2000. ISBN 0-9527801-2-7
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