Cláudio Cavalcanti
Cláudio Murillo Cavalcanti (Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 1940 – Rio de Janeiro, 29 de setembro de 2013[1]) foi um ator, diretor de televisão, produtor teatral, escritor, tradutor, cantor, dublador, radialista e político brasileiro.
Cláudio Cavalcanti | |
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Cláudio vinha dedicando sua vida aos direitos dos animais. | |
Nome completo | Cláudio Murillo Cavalcanti |
Nascimento | 24 de fevereiro de 1940 Rio de Janeiro, DF |
Morte | 29 de setembro de 2013 (73 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | ator, diretor de televisão, produtor teatral, escritor, tradutor, cantor, dublador, radialista e político |
Período de atividade | 1956–2013 |
Cláudio Cavalcanti | |
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Vereador do Rio de Janeiro | |
Período | 1 de janeiro de 2001 até 31 de dezembro de 2004 |
Vereador do Rio de Janeiro | |
Período | 5 de janeiro de 2007 até 31 de dezembro de 2008 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 24 de fevereiro de 1940 Rio de Janeiro, DF |
Morte | 29 de setembro de 2013 (73 anos) |
Nacionalidade | brasileiro |
Partido | PTB (2001-2004) DEM (2005-2007) |
Profissão | ator (1956–2013) |
Foi homenageado com várias condecorações, entre elas a Medalha Tiradentes (ALERJ) e a Medalha General Zenóbio da Costa (Exército Brasileiro), e é Comendador do Exército Brasileiro com a Medalha do Pacificador.
Biografia
editarCláudio Cavalcanti iniciou a carreira de ator em 13 de dezembro de 1956, aos dezesseis anos de idade, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), atuando ao lado de Nathália Timberg, Sérgio Britto e Fernanda Montenegro. No mesmo ano estreou em televisão fazendo teatro ao vivo. Desde então nunca mais interrompendo suas atividades de ator, continuando a atuar em Teatro, Televisão e Cinema até pouco tempo antes do seu falecimento, tendo em seu currículo 41 peças, 39 telenovelas e 35 filmes. Um de seus trabalhos de mais destaque é o Dr. Alberto Rezende na novela A Viagem.
Como escritor tem cinco livros publicados dentre os quais três antologias. Como cantor foi campeão de vendas como o longplay "Claudio Cavalcanti" em 1971.
Concomitantemente com suas atividades artísticas, em outubro de 2000 foi eleito vereador do município do Rio de Janeiro pelo então PFL, com a plataforma "Por uma política de respeito aos animais". Reeleito em 2004, cumpriu dois mandatos. Em oito anos de atividade legislativa, criou e teve aprovadas 29 leis, consideradas pioneiras em relação a defesa dos direitos animais, entre as quais a que proíbe o extermínio de animais abandonados e introduz a esterilização gratuita como método oficial de controle populacional e de zoonoses. Também, entre outras, proibiu rodeios, circos com animais, estabeleceu multa para maus-tratos e crueldade contra animais e conseguiu a aprovação da lei que proibia a utilização de animais em experiências científicas (vivissecção), recebendo maciço apoio nacional e internacional e criando enorme polêmica. Posteriormente a lei foi vetada pelo então prefeito, César Maia.
Em 2006 candidatou-se a deputado estadual, tendo obtido 39742 votos e sendo diplomado em dezembro de 2006 como suplente, durante licença de um dos titulares. Não conseguiu se reeleger vereador em 2008, porém após a cassação do deputado Natalino, tornou-se titular em definitivo da vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). No entanto, ainda não se sabe por quê, a assembleia empossou outro deputado menos votado.[carece de fontes] Ultimamente, aguardava o julgamento de um Mandado de Segurança contra a Mesa Diretora da ALERJ, mandado esse que estaria em tramitação no Órgão Especial do TJ-RJ.[2]
Vida pessoal
editarCláudio Cavalcanti foi casado desde 1979 com Maria Lucia Frota, psicóloga e atriz, com quem dividiu o palco inúmeras vezes. Ambos eram vegetarianos e ativistas dos direitos dos animais,[3] e sua mulher foi a criadora da Secretaria Municipal de Defesa dos Animais, na cidade do Rio de Janeiro, exercendo o cargo de secretária municipal de janeiro de 2001 a fevereiro de 2005.
Morte
editarMorreu no início da noite do dia 29 de setembro de 2013, no Rio de Janeiro, aos 73 anos. O ator estava internado na UTI do Hospital Pró-Cardíaco desde a semana de 22 de setembro, e no dia 24, havia passado por um cirurgia na coluna[4]. Segundo seu cardiologista e genro, Carlos Eduardo Menna Barreto, o ator sofreu um choque cardiogênico, que evoluiu para uma insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos, ocasionando o falecimento.[5] O corpo do ator foi velado no Cemitério Vertical Memorial do Carmo no Rio de Janeiro, com a presença de artistas como Cássia Kis Magro, Gracindo Júnior e Jayme Periard. A pedido do ator, seu corpo foi cremado e suas cinzas lançadas ao mar.[6]
Filmografia
editarTelevisão
editarCinema
editarAno | Título |
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2012 | Uma Fábula Urbana em Um Rio de Janeiro Mágico |
1999 | Tiradentes - O filme |
1998 | Menino Maluquinho 2 - A Aventura |
1984 | Mutirão de Amor |
1983 | Bacabal do 3° Grau |
1983 | Caminhos Cruzados |
1979 | Uma Estranha História de Amor |
1977 | Contos Eróticos |
1977 | Um Marido Contagiante |
1975 | Ipanema, Adeus |
1973 | Como nos Livrar do Saco |
1972 | O Grande Gozador |
1971 | Quando as Mulheres Paqueram |
1970 | Ascensão e Queda de um Paquera |
1970 | Memórias de um gigolô |
1969 | A Cama ao Alcance de Todos |
1969 | A um Pulo da Morte |
1966 | Cuidado, Espião Brasileiro em Ação |
1966 | Nudista à Força |
1966 | Engraçadinha depois dos trinta |
1965 | A História de um Crápula |
1965 | Um Ramo para Luísa |
1962 | Pluft o Fantasminha |
Dublagem
editarAno | Título | Papel |
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1973 | Robin Hood | Robin Hood |
Ano | Título | Papel |
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2013 | O Doente Imaginário | Argan |
2009 | Quando se é Alguém | |
2004 | E Agora, o Que Eu Faço com o Pernil? | |
2003 | O Mundo é um Moinho | |
1996 | A Primeira Valsa | |
1995 | Freud e o Visitante | Freud |
1991 | Superpappy | |
1989 | Lillian | |
1989 | O Nosso Marido | |
1987 | Obrigado Pelo Amor de Vocês | |
1985 | Estou Amando Loucamente... | |
1984 | Disque M Para Matar | |
1982 | Porcos com Asas | |
1982 | Vida Nova | |
1981 | O Beijo da Louca | |
1980 | Bodas de Papel | |
1978 | Era uma Vez nos Anos 50 | |
1974 | Fernando Pessoa | |
1968 | Quarenta Quilates | Guillaume Charbonnier |
1967 | A Úlcera de Ouro | Sérgio |
1966 | O Knack, A Bossa da Conquista | Tolen |
1966 | A Mulher de Todos Nós | Simpson |
1965 | Vamos Brincar de Amor em Cabo Frio | Jojô |
1964 | Antígona | Mensageiro |
1963 | O Bem-Amado | Bill Baker |
1962 | Chapéu de Sebo | |
1959 | Anjo de Pedra | |
1959 | Idade Perigosa | Ernie |
1957 | A Valsa de Aniversário | |
1956 | Nossa Vida com Papai |
Referências
- ↑ «Ator Cláudio Cavalcanti morre aos 73 anos, no Rio». UOL Entretenimento. 29 de setembro de 2013. Consultado em 30 de setembro de 2013
- ↑ desembargador Nascimento Póvoas (relator). «TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - ÓRGÃO ESPECIAL - Mandado de Segurança n° 382/08». Consultado em 1 de agosto de 2010[ligação inativa]
- ↑ «ZAZ - ISTOÉ GENTE - Cláudio Cavalcanti é o bicho». www.terra.com.br. Consultado em 24 de agosto de 2021
- ↑ Furquim, Fernanda (29 de setembro de 2013). «Morre o ator Cláudio Cavalcanti». Veja. Consultado em 19 de junho de 2022
- ↑ oculto. «GNT - Claudio Cavalcanti morre aos 73 anos no Rio de Janeiro». Consultado em 29 de setembro de 2013
- ↑ Carla Neves. «Velório tem homenagem da equipe de "Sessão de Terapia" a Claudio Cavalcanti». Consultado em 21 de julho de 2014
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 27 de setembro de 2013. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013
- ↑ «Cláudio Cavalcanti voltará à TV em 'Sessão de terapia', no GNT - Patrícia Kogut, O Globo». Patrícia Kogut. Consultado em 24 de agosto de 2021
- ↑ «Cláudio Cavalcanti | Todo Teatro Carioca - Teatro, Espetáculos, Atores, Autores, Peças teatrais». www.todoteatrocarioca.com.br. Consultado em 21 de abril de 2021
Ligações externas
editar- Cláudio Cavalcanti. no IMDb.