Combate de São Borja

batalha da Guerra do Paraguai em 1865

O combate de São Borja foi travado no dia 10 de junho de 1865 durante o início da invasão paraguaia do Rio Grande do Sul sob o contexto da Guerra do Paraguai.

Batalha de São Borja
Guerra do Paraguai

Combate de São Borja (10 de junho de 1865): O 1º Batalhão de Voluntários da Pátria protegendo sua bandeira (L'Illustration, 1865.).
Data 10 de junho de 1865
Local São Borja, Império do Brasil
Desfecho Vitória paraguaia
Beligerantes
Paraguai Império do Brasil
Comandantes
Paraguai Major Duarte, Tenente-Coronel Estigarribia Brasil Coronel Lima, Coronel Ferreira Guimarães, Tenente-Coronel Barreto
Forças
10 000 soldados 2 000 soldados
Baixas
desconhecido desconhecido

A batalha editar

 
Movimentação das tropas paraguaias.

Mesmo após a desastrosa derrota na Batalha de Riachuelo, os soldados paraguaios seguiam avançando por terra em direção ao Rio Grande do Sul, sob o comando do Tenente-Coronel Antonio de la Cruz Estigarribia. Alguns dias antes, em 8 de junho de 1865, organizada pelo Major Pedro Duarte, a coluna paraguaia, que somava cerca de 10 000 homens, se encontrava no vilarejo argentino de Santo Tomé, próximo 8 quilômetros da fronteira com o Brasil. Junto com eles havia 5 canhões, 20 canoas, e trinta carretas com diversos mantimentos.[1]

A partir daquele ponto, Estigarribia iniciou os preparativos da ofensiva e, à sua disposição, estava 6 000 homens. Na manhã do dia 10 de junho de 1865, a pé e de canoa, aos poucos suas tropas atravessaram o rio Uruguai. O Coronel Antônio Fernandes Lima, chefe das forças imperiais de fronteira, foi avisado sobre movimentações paraguaias do outro lado do rio mas este não acreditou na rapidez dos preparativos destes. O Coronel ordenou que suas forças de 2 000 soldados marchassem sem pressa em direção dos paraguaios.[1]

 
Luiz Antonio de Vargas salvando a bandeira de seu batalhão no combate de S. Borja em 10 de junho de 1865 (A Sentinela do Sul, nº 08, 25/08/1867).

Às 10 horas da manhã os paraguaios iniciaram o ataque a São Borja encontrando uma fraca resistência de lanceiros comandados pelo Coronel Ferreira Guimarães.[1] Após cerca de 4 horas de confronto chegaram ao local reforços do 1ª Batalhão de Voluntários da Pátria sob o comando do Tenente-Coronel João Manuel Mena Barreto, os quais encontraram os paraguaios penetrando na cidade, embocadura da Rua São João (depois Rua General Marques). 1 400 invasores da coluna do cap. Diogo Alvarenga foram atacados a baioneta por duzentos infantes, comandados por Floriano Peixoto, futuro Presidente da República.[2]

Ainda que o número de reforços fosse de apenas 650 soldados foi suficiente para manterem posição por dois dias, dando tempo para que a população local pudesse ser evacuada com segurança. Logo após, no dia 12 de junho, a vila foi abandonada pelos brasileiros sendo ocupada e saqueada pelos paraguaios por uma semana. No dia 19 os paraguaios, animados pela vitória, partiram para Uruguaiana.[3]

Referências

  1. a b c Lima 2016, p. 120.
  2. Donato 1996, p. 513.
  3. Lima 2016, p. 121.

Bibliografia editar

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