Confederação Maçônica do Brasil

Uma das Obediências Maçônicas do Brasil

A Confederação Maçônica do Brasil (COMAB)[1] é uma confederação de Obediências Maçônicas do Brasil. Reúne-se ordinariamente e anualmente, no mês de fevereiro, obrigatoriamente em sua sede, localizada em Brasília, para tratar de assuntos de ordem interna, e de eleição para a sua Administração; que se renova a cada ano, extraordinariamente tantas vezes quantas forem necessárias, assim como no mês de junho, para a posse da sua nova Administração, recaindo no Oriente em que se situa a sede do Grande Oriente, cujo Grão-Mestre, foi eleito para ser o Presidente.

Confederação Maçônica do Brasil
Fundação 4 de agosto de 1973 (50 anos)
Jurisdição  Brasil
Website COMAB



Logomarca da COMAB, criada após a sucessão do Colégio de Presidentes da Maçonaria Brasileira, em 1991.

A COMAB foi fundada com o objetivo de agrupar e organizar os Grandes Orientes Independentes, que surgiram, principalmente, nas cisões ocorridas dentro dos Grandes Orientes Estaduais ligados ao Grande Oriente do Brasil (GOB) no ano de 1973. Sendo considerada Maçonaria regular pois pratica todas as regras da maçonaria universal.

Possui grande representatividade em todo o território nacional, através dos Grandes Orientes Independentes de cada Estado do Brasil, para além de dar apoio na organização do grande contingente de maçons, ligados à estas Potências Maçônicas Estaduais.

Na COMAB, podem funcionar lojas maçônicas trabalhando em vários ritos, para que pessoas de diferentes formações ideológicas, possam melhor entender a essência da maçonaria. E é no âmbito da COMAB, onde também funcionam dois dos mais importantes ritos-maçônicos do mundo, que é Rito brasileiro e o Rito Moderno. No Grande Oriente de Mato Grosso do Sul, funciona o Grande Capítulo Geral Para o Brasil do Rito Francês (Altos Graus ou Ordens Sapienciais do Rito Moderno); e no Grande Oriente de Minas Gerais, funciona o Supremo Conclave Autônomo Para o Rito Brasileiro (Altos Graus do Rito Brasileiro). No Grande Oriente Independente do Rio de Janeiro (GOIRJ) , funciona o Rito York (Americano) que é o mais praticado no mundo. Os maçons deste mesmo Grande Oriente podem trabalhar nos Altos Graus do Rito York através do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco que possui carta constitutiva do General Grand Chapter of Royal Arch Masons International (GGCRAMI). E além desses ainda são trabalhados os Ritos Adonhiramita, Escocês Antigo e Aceito (O mais praticado no Brasil), Rito Escocês Retificado, Rito Schröder e o Ritual de Emulação (Rito Inglês, conhecido erroneamente como Rito de York no seio do Grande Oriente do Brasil).

Visão e Missão editar

Visão editar

Ser, permanentemente, uma Confederação Maçônica plenamente partícipe das grandes causas nacionais socioeconômicas, culturais e políticas; articulada, reconhecida e integrada internacionalmente; promotora da fraternidade, atuando pela prática: das virtudes, da solidariedade social, da liberdade de expressão e de consciência, em benefício a humanidade.

Missão editar

Congregar os Grandes Orientes Estaduais do sistema confederado à COMAB, avançando nas fronteiras da integração, produzindo e transmitindo ideias e ideais de modo a contribuir para o desenvolvimento da educação pátria, da difusão dos Postulados da Maçonaria Universal e do progresso da sociedade através da valorização do ser humano.

Cisão do GOB e A formação do Colégio de Presidentes da Maçonaria Brasileira editar

Em março de 1973, realizaram-se eleições para os cargos de Grão-Mestre Geral e Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil. O candidato de oposição, Athos Vieira de Andrade, obteve 7.166 votos, enquanto seu adversário, da situação, Osmane Vieirade Resende, obteve 3.824 votos. Embora a vitória da oposição tenha sido indiscutível, a comissão apuradora optou por anular aproximadamente 70% dos votos, sendo o equivalente a 85% dos votos para Athos Vieira e apenas 45% para o candidato da situação, sendo Osmane declarado eleito. Inconformados com a decisão, dez Grandes Orientes Estaduais, federados ao Grande Oriente do Brasil, desligaram-se deste proclamando-se Obediências autônomas e independentes, expondo as razões por que o faziam[2].

"Iniciava-se uma nova jornada na Maçonaria brasileira e fixavam-se os alicerces para que outros Grandes Orientes Estaduais se orientassem pelos princípios federativos e constituíssem, primeiramente, um Colégio de Presidentes da Maçonaria brasileira, que evoluiu para a Confederação Maçônica do Brasil"[3]

Em 4 de agosto de 1973, fundou-se, em Belo Horizonte (MG), o Colégio de Grão-Mestres da Maçonaria Brasileira, congregando, então, as dez Obediências dissidentes, tendo por objetivo propugnar pela unificação da Maçonaria brasileira e estudar e divulgar normas que providenciassem a defesa e o progresso da Maçonaria. Foram fundadores do Colégio de Grão-Mestres da Maçonaria Brasileira os Grandes Orientes de São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio de Janeiro, então dissidentes do Grande Oriente do Brasil.[4]

Presidentes (até 1991):

  • Athos Vieira de Andrade (Minas Gerais) 1973/1975
  • Osmar Maia Diógenes (Ceará) 1974/1975
  • Danylo José Fernandes (São Paulo) 1975/1976
  • Frederico Renato Móttola (Rio Grande do Sul) 1976/1977
  • Enoch Vieira dos Santos (Paraná) 1977/1978
  • Nilson Constantino (Mato Grosso) 1978/1979
  • Armando de Lima Fagundes (Rio Grande do Norte) 1979/1980
  • Miguel Christakis (Santa Catarina) 1980/1981
  • Raimundo Ferreira Marques (Maranhão) 1981/1982
  • José Menezes Junior (São Paulo) 1982/1983
  • Djalma Marques de Melo (Pernanbuco) 1983/1984
  • Willian Atallah (Mato Grosso do Sul) 1984/1985
  • Athenágoras Café Carvalhaes (Minas Gerais) 1985/1986
  • Pedro Bianco (Rio de Janeiro) 1986/1987
  • José Augusto Bezerra (Ceará) 1987/1988
  • José Frederico Zanin (São Paulo) 1988/1989
  • Francisco Vady Nozar Melo (Santa Catarina) 1989/1990
  • Raimundo Ferreira Marques (Maranhão) 1990/1991

Confederação Maçônica do Brasil – COMAB editar

Realizou-se em Brasília, nos dias 4, 5 e 6 de abril de 1991, a “XXXVª Assembléia Geral do Colégio de Presidentes”, tendo como local o Instituto Presbiteriano Nacional de Educação.[5] A Reunião tinha como “Edital de Convocação” a votação da proposta de reforma do Estatuto e do Regimento Interno da Confederação Maçônica do Brasil - COMAB, ex-Colégio de Presidentes da Maçonaria Brasileira.

Assinaram e anuíram o novo Estatuto os Grandes Orientes Autônomo de Alagoas, do Estado do Amazonas, da Bahia, do Ceará, Autônomo do Maranhão, do Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais, Paulista, Independente da Paraíba, do Paraná, Independente de Pernambuco, Independente do Piauí, Independente do Rio de Janeiro, Independente do Rio Grande do Norte, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Hoje, são vinte e cinco os Grandes Orientes Estaduais e do Distrito Federal que integram a Confederação Maçônica do Brasil - COMAB.

A COMAB, reúne-se ordinariamente no mês de agosto de cada ano, em uma cidade pré definida no ano anterior, para tratar de assuntos de ordem interna, e de Eleição e Posse para a sua Administração; que se renova a cada ano, extraordinariamente tantas vezes quantas forem necessárias.

Presidentes (a partir de 1991):

  • Milton Barbosa da Silva (Rio Grande do Sul) 1991/1992
  • Hirohito Torres Lage (Minas Gerais) 1992/1993
  • Antônio do Carmo Ferreira (Pernambuco) 1993/1994
  • Lourival Pedro Kaled (Paraná) 1994/1995
  • João Laércio Gagliardi Fernandes (Paraíba) 1995/1996
  • José Carlos Pacheco (Santa Catarina) 1996/1997
  • Helton Barroso Drey (Minas Gerais) 1997/1998
  • Anselmo Falcão de Arruda (Mato Grosso) 1998/1999
  • João Batista Coringa da Silva (Rio Grande do Norte) 1999/2000
  • Milton Barbosa da Silva (Rio Grande do Sul) 2000/2001
  • Plínio Ferreira Marques (Maranhão) 2001/2002
  • José Mattos Silva (São Paulo) 2002/2003
  • Sebastião Moreira Feitosa (Piauí) 2003/2004
  • Ward Sousa Gusmão (Rio de Janeiro) 2004/2005
  • Antônio do Carmo Ferreira (Pernambuco) 2005/2006
  • Ticiano Duarte (Rio Grande do Norte) 2006/2007
  • João Krainski Neto (Paraná) 2007/2008
  • Heber Xavier (Mato Grosso do Sul) 2008/2009
  • José Aristides Fermino (Rio Grande do Sul) 2009/2010
  • Rubens Ricardo Franz (Santa Catarina) 2010/2011
  • Carlos Augusto Braz Cavalcante (Paraíba)2011/2012
  • José Simioni (Mato Grosso) 2012/2013
  • Lázaro Emanuel Franco Sales (Minas Gerais) 2013/2014
  • Jurandi Alves Vasconcelos (São Paulo)2014/2015
  • Amilcar Silva Júnior (Mato Grosso do Sul) 2015/2016
  • João Krainski Neto (Paraná) 2016/2017
  • Gilberto Lima da Silva (Bahia)2017/2018
  • Tadeu Pedro Drago (Rio Grande do Sul) 2018/2019
  • Ademir Lúcio de Amorim (Mato Grosso) 2019
  • Noê Paulino de Carvalho (Maranhão) 2020
  • José Paulo Sanchez Orrutia (Amazonas) 2021
  • Vanderlei Geraldo de Assis (Minas Gerais) 2022
  • Guilherme de Queiroz Ribeiro (Pernambuco) 2022/2023
  • Cristian Adrian Flores Maldonado (Paraná) 2023/2024

Grandes Orientes Independentes editar

Por ordem alfabética:

Referências

  1. «COMAB». Consultado em 6 de abril de 2020 
  2. ISMAIL, Kennyo (2017). História da Maçonaria Brasileira Para Adultos. Londrina: A Trolha. p. 102 
  3. SOBRINHO, Octacílio (1998). Uma Luz na História: o sentido e a formação da COMAB. Florianópolis: O PRUMO. p. 299 
  4. «HISTÓRIA DA COMAB». Comab. Consultado em 6 de abril de 2020 
  5. «Boletim Oficial do GOSC n°310/91». Boletim Oficial do GOSC. 2 de maio de 1991 
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