Conquista do Pará (Governo do Norte)

território colonial na Capitania do Maranhão e Governo do Norte da antiga América Portuguesa (atual Brasil)
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A Conquista do Pará (região inicialmente chamada pa'ra, do tupi: "rio-mar"), também denominado Império das Amazonas (parte do atual estado brasileiro do Pará), foi um território indígena transformado em território colonial português em 1615 no Brasil Colônia/América Portuguesa, pelo fidalgo-militar Alexandre de Moura no início da colonização da Amazônia e conquista do rio das Amazonas,[1] localizado na então Capitania do Maranhão (1534-1621).[2][3]

Conquista do Pará

território colonial
(Portugal)


1615 – 1621
 

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Portugal
Localização de Conquista do Pará (Governo do Norte)
Localização de Conquista do Pará (Governo do Norte)
Brasil em 1766
Continente América
Região América do Sul
País América Portuguesa
Capital Salvador
Língua oficial Português
Outros idiomas Dialetos Indígenas, Dialetos Africanos, Nheengatu
Religião Católica
Governo Monarquia
Rei Manuel I de Portugal
Período histórico Brasil Colônia
 • 1615 Conquista da foz do rio Amazônas
 • 1615 Fundação
 • 1621 Criação da Capitania do Grão Pará e Estado do Maranhão

A Capitania do Maranhão tinha 75 léguas de costa, estendendo-se do cabo de Todos os Santos até a foz do rio da Cruz, que atualmente corresponde a região do nordeste do estado do Maranhão somada a região oriental do estado do Pará (onde hoje está Belém) e a Ilha de Marajó.[4]

Em 1621, a Conquista do Pará foi transformada em Capitania do Grão-Pará, junto a criação do Estado do Maranhão,[1] após a criação do povoado colonial Feliz Lusitânia em 1616 (atual cidade de Belém do Pará), consolidando assim o domínio português na Amazônia .[5][6][1]

História editar

Em 1534, a Capitania do Maranhão foi criada junto com mais 13 capitanias hereditárias,[7] no período colonial da América Portuguesa, combinando elementos feudais e capitalistas; sistema que havia sido utilizado com êxito no desenvolvimento das ilhas portuguesas da Madeira e de Açores.[8]

Em 1572, a Coroa Portuguesa, percebendo ainda falhas na administração colonial, dividiu a América Portuguesa em dois Governos-Gerais (1572 à 1577):[9] Governo do Norte (capital Salvador) que teve o domínio administrativo sobre a futura Conquista do Pará (1615); e o Governo do Sul com capital no Rio de Janeiro.[10][11]

Em 1615, na época do Brasil Colônia, o militar e fidalgo Alexandre de Moura, inicia a proteção e colonização da região amazônica, realizando a conquista da foz do rio Amazonas, transformando a região indígena do extremo-norte chamada de Mairi[1] (moradia dos indígenas Tupinambás e Pacajás sob comando do cacique Guaimiaba),[12][13][14] no território colonial português "Conquista do Pará" ou " Império das Amazonas" (1615–1621),[1] localizado na então Capitania do Maranhão (1534-1621).[2][3]

Em 1616, na tentativa de assegurar o domínio na Amazônia Oriental e proteger a região das incursões de holandeses e ingleses em busca de especiarias (como as drogas do sertão),[15][16].[17][18][1] os portugueses através da expedição militar "Feliz Lusitânia", comandada por capitão Francisco Caldeira Castelo Branco, fundaram na Conquista do Pará, próximo ao igarapé do Piry (ou Bixios do Pirizal)[19] em 12 de janeiro de 1616[20] (a mando do rei da União Ibérica/Dinastia Filipina Dom Manuel I)[21][22] o fortim em madeira chamado Forte do Presépio e a capela da padroeira Nossa Senhora de Belém ou Santa Maria de Belém,[21] [23] iniciando o povoado colonial homônimo à expedição militar (atual cidade paraense de Belém),[24][25][26][27][21] próximo ao entreposto comercial do cacicado marajoara).[24][25][26][27]

Em 1621, a Conquista do Pará foi transformada em Capitania do Grão-Pará, junto a criação do Estado do Maranhão (1621-1775).[1]

 
Mapa do brasil na década de 1610, período de criação da Capitania do Maranhão e da Capitania do Grão-Pará

Referências

  1. a b c d e f g Rendeiro, Manoel. «Capitania do Grão-Pará». Atlas Digital da América Lusa. Laboratório de História Social (LHS) da Universidade de Brasília (UNB). Consultado em 27 de dezembro de 2017. Cópia arquivada em 3 de novembro de 2022 
  2. a b «PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL 2019 - 2023» (PDF). Faculdade Metropolitana do Pará - FAMETRO. 2019. Consultado em 26 de janeiro de 2022 
  3. a b de Lacerda, Joaquim Maria (1911). Pequena História do Brasil (PDF). [S.l.]: Bertrand 
  4. Houaiss 1993, p. 2044.
  5. «Brasil, Pará, Belém, História». Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Consultado em 8 de março de 2018 
  6. Pereira, Carlos Simões (28 de outubro de 2020). «Das origens da Belém seiscentista e sua herança Tupinambá». Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento (10): 146–160. ISSN 2448-0959. Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  7. «O Sistema de Capitanias Hereditárias». Portal MultiRio. Consultado em 18 de janeiro de 2017 
  8. Boxer. Charles, R..O Império Marítimo Português. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. Página 101.
  9. Brönstrup,, Silvestrin, Celsi; Gisele,, Noll,; Nilda,, Jacks, (2016). Capitais brasileiras : dados históricos, demográficos, culturais e midiáticos. Col: Ciências da comunicação. Curitiba, PR: Appris. ISBN 9788547302917. OCLC 1003295058. Consultado em 30 de abril de 2017. Resumo divulgativo 
  10. «Governo-Geral: resumo, antecedentes e primeiro Governo-Geral». Mundo Educação. Consultado em 27 de janeiro de 2022 
  11. «Reficio». reficio.cloud. Consultado em 22 de fevereiro de 2022 
  12. Brönstrup,, Silvestrin, Celsi; Gisele,, Noll,; Nilda,, Jacks, (2016). Capitais brasileiras : dados históricos, demográficos, culturais e midiáticos. Col: Ciências da comunicação. Curitiba, PR: Appris. ISBN 9788547302917. OCLC 1003295058. Consultado em 30 de abril de 2017. Resumo divulgativo 
  13. «Brasil, Pará, Belém, História». Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Consultado em 8 de março de 2018 
  14. Pereira, Carlos Simões (28 de outubro de 2020). «Das origens da Belém seiscentista e sua herança Tupinambá». Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento (10): 146–160. ISSN 2448-0959. Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  15. «História do Pará». Info Escola. Consultado em 11 de agosto de 2013 
  16. «O Estado do Pará» (PDF). Itamaraty Ministério das Relações exteriores. Revista Textos do Brasil. Edição 01: 2. 1997. Consultado em 22 de outubro de 2015 
  17. «Brasil, Pará, Belém, História». Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Consultado em 8 de março de 2018 
  18. Pereira, Carlos Simões (28 de outubro de 2020). «Das origens da Belém seiscentista e sua herança Tupinambá». Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento (10): 146–160. ISSN 2448-0959. Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  19. Coimbra, Oswaldo; Neto, Alfredo Jorge Hesse Garcia (2008). Cidade velha, cidade viva. Col: Oficina Escola de Escritores. Grupo de Memória de Engenharia e Atividades Interdisciplinares da Faculdade de Engenharia Civil - Universidade Federal do Pará (UFPA). [S.l.]: Associação Cidade Velha Cidade Viva (CiVViva). Resumo divulgativo 
  20. Bol Listas (8 de janeiro de 2018). «Açaí, jambu e a Amazônia: 10 curiosidades sobre o Pará». Portal UOL. Consultado em 7 de março de 2018 
  21. a b c Brönstrup,, Silvestrin, Celsi; Gisele,, Noll,; Nilda,, Jacks, (2016). Capitais brasileiras : dados históricos, demográficos, culturais e midiáticos. Col: Ciências da comunicação. Curitiba, PR: Appris. ISBN 9788547302917. OCLC 1003295058. Consultado em 30 de abril de 2017. Resumo divulgativo 
  22. «I DECLARAÇÃO AOS POVOS SOBRE O TERRITÓRIO MURUCUTU TUPINAMBÁ». Idade Mídia. 7 de janeiro de 2022 
  23. Coimbra, Oswaldo; Neto, Alfredo Jorge Hesse Garcia (2008). Cidade velha, cidade viva. Col: Oficina Escola de Escritores. Grupo de Memória de Engenharia e Atividades Interdisciplinares da Faculdade de Engenharia Civil - Universidade Federal do Pará (UFPA). [S.l.]: Associação Cidade Velha Cidade Viva (CiVViva). Resumo divulgativo 
  24. a b «Brasil, Pará, Belém, História». Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Consultado em 8 de março de 2018 
  25. a b da Costa TAVARES, Maria Goretti (2008). «A Formação Territorial do Espaço Paraense». Universidade Federal do Pará (UFPa). Revista ACTA Geográfica nº 3 - Ano II. ISSN 1980-5772. doi:10.5654/actageo2008.0103.0005. Consultado em 4 de maio de 2016 
  26. a b «Veja como foi a fundação de Belém em 1616 e conheça sua história». G1 Pará. 9 de janeiro de 2016. Consultado em 4 de maio de 2016 
  27. a b «I DECLARAÇÃO AOS POVOS SOBRE O TERRITÓRIO MURUCUTU TUPINAMBÁ». Idade Mídia. 7 de janeiro de 2022 
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Ligações externas editar

Precedido por:

Região indígena Pa'ra
antiguidade-1621

História do Pará

Conquista do Pará
Império das Amazonas
1615 – 1621

Sucedido por:

Capitania do Grão-Pará
1621–1822