Constantino (filho de Leão V)

Simbácio (em grego: Συμβάτιος; romaniz.:Symbatios, do armênio Smbat), Sabácio (em grego: Σαββάτιος; romaniz.:Sabbatios) ou Sambates (Σαμβάτης) em algumas fontes,[1] foi o filho mais velho do imperador bizantino Leão V, o Armênio (r. 813–820). Logo após a coroação de seu pai, foi coroado co-imperador e renomeado Constantino (Κωνσταντίνος). Reinou nominalmente junto com seu pai até a deposição final dele em 820, após a qual foi exilado para Prote como um monge.

Simbácio (Constantino)
Coimperador bizantino
Constantino (filho de Leão V)
Soldo de Leão V, o Armênio e Constantino
Reinado 25 de dezembro de 813 - 25 de dezembro de 820
Nascimento 800/810
Morte século IX
Pai Leão V, o Armênio
Mãe Teodósia
Religião Cristianismo

Biografia editar

 
Soldo de Miguel II, o Amoriano (r. 820–829) e seu filho Teófilo

Simbácio foi o filho mais velho de Leão e sua esposa, Teodósia (r. 813–820). Como era criança no tempo da ascensão de seu pai, nasceu em algum momento entre 800 e 810. O imperador anterior, Miguel I Rangabe (r. 811–813), foi provavelmente padrinho do garoto.[2] Após Leão depor Miguel I e ascender ao trono no Natal de 813, o jovem Simbácio foi coroado co-imperador e renomeado Constantino. O último nome não foi escolhido aleatoriamente: além de ser um tradicional nome imperial bizantino, as tropas reunidas agora publicamente aclamaram os imperadores "Leão e Constantino", evocando abertamente o imperador iconoclasta Leão III, o Isauro (r. 717–741) e seu filho Constantino V Coprônimo (r. 741–775). Isto foi uma clara declaração de intensões, não só contra inimigos externos como os búlgaros, a quem Constantino V repetidamente derrotou, mas também no fronte interno, pressagiando a readoção da iconoclastia de Leão como política oficial do Estado.[1][3]

Em 815, Constantino nominalmente presidiu, como representante de seu pai, sobre um Concílio da Igreja em Constantinopla, que reinstalou a proibição da veneração dos ícones.[1][4] Após o assassinato de seu pai em 25 de dezembro de 820, Constantino foi banido para a ilha de Prote junto com sua mãe e três irmãos. Lá, os quatro irmãos foram castrados e tonsurados. Eles gastaram o resto dos dias deles como monges, embora o imperador Miguel II, o Amoriano (r. 820–829) permitiu a eles manter parte dos rendimentos dos estados confiscados deles para a manutenção deles e de seus servos.[5][6]

Ver também editar

Precedido por
Miguel I
Coimperador bizantino
813 - 820
Sucedido por
Miguel II, o Amoriano

Referências

  1. a b c Winkelmann 2000, p. 560.
  2. Treadgold 1988, p. 197.
  3. Treadgold 1988, p. 202–203.
  4. Treadgold 1988, p. 213.
  5. Winkelmann 2000, p. 560–561.
  6. Treadgold 1988, p. 224.

Bibliografia editar

  • Treadgold, Warren T. (1988). The Byzantine Revival, 780–842. Stanford, Califórnia: Stanford University Press. ISBN 0-8047-1462-2 
  • Winkelmann, Friedhelm; Lilie, Ralph-Johannes et al. (2008). Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit: I. Abteilung (641–867), 3. Band (em alemão). Berlim: Walter de Gruyter. ISBN 3-11-016673-9