Controle de armamento

No contexto das relações internacionais, controle de armamento ou controle de armas refere-se ao conjunto de restrições internacionais ao desenvolvimento, à produção, ao armazenamento, à proliferação e ao uso de armas, incluindo pequenas armas, armas convencionais e armas de destruição em massa.[1] O controle de armas pode ser exercido por consenso, através da diplomacia, com o estabelecimento acordos e tratados internacionais. No entanto, medidas coercitivas podem ser tomadas por um país ou grupo de países hegemônicos para obrigar uma determinada país nação a aceitar as restrições internacionais.

Exportações de Armas em 2013 (em alemão)

História editar

O primeiro e único registo de ataque com ogivas nucleares a um país ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial e foi perpetrado pelos Estados Unidos contra o Japão, em agosto de 1945, provocando a rendição incondicional das forças japonesas.

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, seguiu-se a chamada Guerra Fria, período em que se inicia a corrida armamentista entre a União Soviética e os Estados Unidos, que haviam se tornado as nações mais poderosas do mundo. Nesse período (1945-1991) marcado por disputas estratégicas e conflitos indiretos, vários tratados sobre controle de armas foram firmados.

Em 1968, foi assinado o Tratado de não proliferação de armas nucleares (TNP), que passou a vigorar em 5 de março de 1970. Originalmente, seu objetivo era limitar o armamento nuclear em poder dos cinco países que reconheciam ser detentores de armas nucleares - Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China, ou seja, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e também os detentores de 90% do arsenal nuclear mundial, sendo o restante distribuído entre Índia, Paquistão e Israel.[2] Pelo Tratado, os países possuidores de armas nucleares se obrigavam a não transferir essas armas aos chamados "países não-nucleares" e tampouco a ajudá-los a obtê-las.[3]

Em maio de 1972, o presidente dos EUA, Richard Nixon, e o Secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da URSS, Leonid Brezhnev, assinaram o Tratado sobre Mísseis Antibalísticos,[4] com o objetivo de limitar o número de mísseis antibalísticos dos seus respectivos países. O tratado esteve em vigor até 2002.

Em 2002, Estados Unidos e Federação Russa firmaram o Tratado sobre Reduções de Ofensiva Estratégica,[5] visando reduzir o número de ogivas nucleares de ambos os países. O acordo foi assinado pelos presidentes Vladimir Putin, da Federação Russa, e George W. Bush, dos Estados Unidos.

Referências

  1. Barry Kolodkin. «What Is Arms Control?». About.com, US Foreign Policy. The New York Times 
  2. O teatro nuclear, por Reginaldo Nasser. Carta Maior, 19 de junho de 2010.
  3. Texto do Tratado de não proliferação de armas nucleares (em inglês)
  4. «The U. S. Government». ThoughtCo (em inglês). Consultado em 17 de janeiro de 2021 
  5. «Fact Sheet: Treaty on Strategic Offensive Reductions». georgewbush-whitehouse.archives.gov. Consultado em 17 de janeiro de 2021 


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