Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil

A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) é a maior convenção nacional das Assembleia de Deus do Brasil, uma sociedade civil de natureza religiosa, sem fins lucrativos[5] com a finalidade de agregar e coordenar as igrejas Assembleias de Deus no território brasileiro. Suas escolas são regidas por legislação do CEC (Conselho de Educação e Cultura), bem como outras (inclusive Faculdades - MEC) credenciadas por ela. Mantém a CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus) como editora oficial da denominação. É presidida pelo Pr. José Wellington Costa Junior desde 03 de julho de 2017.[6] Sua sede está localizada em Rio de Janeiro.

Convenção Geral das Assembleia de Deus do Brasil
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Logotipo da CGADB.
Classificação Protestante
Orientação Pentecostal
Política Congregacional[nota 1]
Líder José Wellington Costa Junior
Área geográfica Brasil
Fundador Idealizada por vários pastores assembleianos em 1929.
Origem 1930 (94 anos)[4]
Separações Ministério de Madureira

Assembleia de Deus Vitória em Cristo
Convenção da Assembleia de Deus no Brasil

Membros 12 milhões membros (2013)
Site oficial http://cgadb.org.br/

História editar

A história da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) dá-se no ano de 1930. Após três décadas do surgimento no país das Assembleia de Deus, devido ao estupendo crescimento do movimento pentecostal iniciado pelos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, os pastores das Assembleias de Deus resolveram que já era tempo de se criar uma organização que estabeleceria o espaço para discussão de temas de máxima relevância para o crescimento da denominação.

A CGADB foi idealizada pelos pastores nacionais, visto que a igreja estava na responsabilidade dos missionários suecos e deram os primeiros passos em reunião preliminar realizada na cidade de Natal - RN em 17 e 18 de fevereiro do ano de 1929. A primeira Assembléia Geral da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil foi realizada entre os dias 5 e 10 de setembro, onde se reuniram a maioria dos pastores nacionais e os missionários que atuavam no país. Foi nessa Assembléia Convencional que os missionários suecos transferiram a liderança das Assembleias de Deus no Brasil para os pastores brasileiros.

De acordo com um censo da denominação em 2013, ela disse ter 12 milhões membros.[7]

Primeiras resoluções editar

Nestes anos de início, a liderança nacional decidiu-se por se criar um veículo de divulgação do evangelho e também dos trabalhos então realizados pelas Assembleias de Deus em todo o território nacional. Estava lançada a semente do que viria a ser o atual jornal Mensageiro da Paz. Com a rápida repercussão nacional, o periódico, então dirigido pelo missionário Gunnar Vingren, tornou-se o órgão oficial das Assembleias de Deus no Brasil.

As primeiras resoluções emanadas em Assembleias Convencionais de pastores das Assembleias de Deus, foram emitidas nas Assembleias Gerais dos anos de 1930 a 1938.

Nessas Assembleias Gerais deram-se longos debates sobre as características e identidade da igreja, o que hoje são por nós conhecidas como “usos e costumes”.

As primeiras resoluções também tratavam acerca de alguns pontos doutrinários, principalmente no que se referia a conduta dos obreiros e que deveriam caracterizar a igreja sendo adotados por todas as Assembleia de Deus no Brasil. A igreja experimentava um extraordinário crescimento e chegava aos mais longínquos recantos do país. Entre os anos de 1938 e 1945, quando deu-se os rumores e finalmente o transcorrer da Segunda Guerra Mundial líderes das Assembleias de Deus tinham enormes dificuldades de se locomoverem pelo país, e por causa desse fator não foram realizadas nenhuma assembléia convencional dos anos de 1939 e 1945.[8]

Participação política editar

Em 2015 a Convenção mobilizou mais de 40 mil pastores para a coleta de assinaturas que possibilitem a criação de um novo partido político que reúna todos os políticos da denominação. O nome proposto do partido é Partido Republicano Cristão - PRC, cujo objetivo é envolver todas correntes políticas dentro da igreja.[9][10]

Pastores Presidentes da CGADB editar

Cicero Canuto (1930, 1945, 1947 e 1956-57)

Gunnar Vigren (1931)

Joel Carlson (1932)

Samuel Nystrom (1933-34, 1936, 1941-44, 1946 e 1948)

Oto Nelson (1935)

Paulo Leivas Macalão (1937)

José Bezerra da Silva (1940)

Neils Julius (1949-50)

Hebert Gustavo (1951-52)

Francisco Pereira (1953-55 e 1958-59)

João Batista da Silva (1959-62 e 1973)

Antônio Petrolino (1962)

José Amaro da Silva (1962-64)

José Pimentel (1964, 1973-75, 1975-77, 1981-83 e 1985-87)

Antônio Granjeiro (1964-66)

Túlio Barros (1966, 1975 e 1979-81)

João Alves (1966-71 e 1971-73)

Alípio da Silva (1971)

Luiz Bezerra (1979)

Manoel Ferreira (1983-85) bispo primaz da Convenção de Madureira: 1989-

Alcebíades Vasconcelos (1987-88)

José Wellington (1988-89, 1990-92 e 1995-2016)

Avelino da Silveira (1989-90)

Sebastião de Souza (1993-94)

José Wellington Jr. (2017-   )

Notas

  1. As Assembleias de Deus são igrejas locais autônomas, independentes, com autogoverno e sem interferência externa, em conformidade com o governo congregacional oriundo de sua origem batista.[1] Contudo, algumas dessas igrejas locais são formadas pelo que é denominado "Ministério", uma formação de igreja local constituída por "igreja-sede", "igrejas filiais", "congregações" e "pontos de pregação" sem restrição geográfica ou "Campo", a mesma formação estrutural apresentado pelos "Ministérios", mas com a diferença de possuírem uma determinada restrição geográfica.[1][2] Tais igrejas locais, "ministérios" e "campos" podem desenvolver um governo congregacional com elementos episcopais ou presbiterianos.[3]

Referências editar

  • Almeida, Abraão de. História das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 1982.
  • Conde, Emílio. História das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
  • Freston, Paul. "Breve Historia do pentecostalismo brasileiro". Antoniazzi, A. (org.). Nem anjos nem demônios interpretações sociológicas do pentecostalismo. Petrópolis: Vozes, 1994.
  1. a b Kessler, Nemuel; Câmara, Samuel (2015). Administração Eclesiástica 22ª ed. Rio de Janeiro: CPAD. 256 páginas 
  2. «Principais Modelos Eclesiásticos». Assembleia de Deus Vitória em Cristo. 2011. Consultado em 8 de março de 2017. Cópia arquivada em 8 de março de 2017 
  3. «Gestão de Igreja: uma reflexão sobre bases antigas e modernas.». Revista Evangélica Fé Cristã. 2002. Consultado em 8 de março de 2017 
  4. «Estatuto da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil» (PDF). Consultado em 5 de dezembro de 2017. Arquivado do original (PDF) em 6 de dezembro de 2017 
  5. User, Super. «Quem Somos». www.cgadb.org.br. Consultado em 10 de abril de 2018 
  6. «Nova Diretoria da Assembleia de Deus toma posse; Samuel Câmara perdeu de novo». Radar Amazônico. 3 de julho de 2017 
  7. G1, José Wellington é reeleito presidente da Assembleia de Deus, g1.globo.com, Brasil, 11 de abril de 2013
  8. «História da CGADB.». CGADB. Consultado em 13 de setembro de 2022 
  9. Tiago Chagas (18 de fevereiro de 2015). «Assembleia de Deus mobiliza 40 mil pastores na coleta de assinaturas para fundar seu partido». Gospel Prime 
  10. Tiago Chagas (8 de setembro de 2014). «Convenção das Assembleias de Deus organiza coleta de assinaturas para criar partido político próprio». Gospel Prime 

Ligações externas editar

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