Convento do Carmo (Rio de Janeiro)
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O histórico Convento do Carmo do Rio de Janeiro localiza-se na Praça XV, no centro da cidade. O atual convento situa-se na Rua Morais e Vale, 111.

HistóricoEditar
OrigensEditar
A história do Convento do Carmo começou com Frei Pedro Viana, que, após fundar o Convento do Carmo de Santos, veio com outros carmelitas para o Rio de Janeiro em 1589. Nessa data, receberam da Câmara a Capela de Nossa Senhora do Ó, localizada perto da praia, que converteram em Capela da Ordem do Carmo. Em 1611, receberam o terreno contíguo à capela, no qual começaram a construir o convento a partir de 1619. O convento teve de ser reformado algumas vezes na época colonial. A partir de 1761, a capela da ordem foi reconstruída (veja Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo).
Família RealEditar
Em 1808, com a chegada do Príncipe-Regente Dom João VI e da corte portuguesa, o Convento do Carmo foi confiscado e aí foi alojada a Rainha Maria I de Portugal, local onde ela passou os últimos 8 anos de sua vida. No convento também se instalou o Real Gabinete de Física e o depósito do Palácio. Em 1810 instalou-se a Real Biblioteca no terreno do convento, num edifício pertencente à Ordem Terceira do Carmo. Os livros da biblioteca, vindos de Portugal, foram o embrião da Biblioteca Nacional do Brasil.
Um passadiço foi construído ligando o convento ao Paço Imperial, que nessa época passou a ser um Palácio Real. A igreja do convento foi transformada em Capela Real e Catedral. Entre 1840 e 1896, o convento abrigou o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
O edifício hojeEditar
Em 1906, a fachada do convento foi redecorada em estilo eclético, alterações que foram retiradas em 1960, quando o edifício foi restaurado e tombado pelo IPHAN. O velho edifício do convento pertenceu à Universidade Cândido Mendes (UCAM) até 2011, quando foi retomado, por dívidas, pelo Estado do Rio de Janeiro. Atualmente o convento encontra-se administrado pela Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, que pretende ocupar o espaço com uma de suas bibliotecas.
ArquiteturaEditar
O Convento do Carmo foi um dos maiores edifícios da cidade colonial, mas seu valor histórico é maior que o artístico. O convento tem a particularidade nunca ter tido um claustro, diferentemente dos modelos conventuais tradicionais. Os dois primeiros andares, com janelas muito espaçadas, são mais antigos, enquanto o terceiro andar foi construído na segunda metade do século XVIII e possui janelas de verga superior curva. A fachada posteiror tem uma série de contrafortes, provavelmente construídos na mesma época em que se fez o passadiço (já demolido) que ligava o convento ao Paço Imperial. A abertura da rua do Cano, atual rua Sete de Setembro, entre o convento e a Igreja do Carmo, destruiu parte da fachada lateral do convento.
Os carmelitas hojeEditar
Entre 1808 e 1810, os carmelitas moraram provisoriamente no convento de Nossa Senhora de Oliveira, à rua dos Barbonos (forma como eram designados os frades franciscanos capuchinhos, ainda hoje referidos como "barbadinhos" por, outrora, não rasparem o rosto, nem apararem as barbas, moradores originais deste convento,) atual rua Evaristo da Veiga. Em 1810 receberam, por doação do bispo Dom José Caetano da Silva Coutinho, com a anuência do Príncipe Regente, como forma de compensação pela perda do tradicional Convento do Carmo, o antigo seminário com capela anexa de Nossa Senhora da Lapa do Desterro. A igreja passou a se chamar Nossa Senhora do Carmo da Lapa. No dia 14 de setembro de 1958, um incêndio destruiu o convento, com todo seu recheio artístico, e foi demolido, substituindo-o um edifício moderno. O novo Convento do Carmo do Rio de Janeiro está situado na Rua Morais e Vale, 111.