Copa Libertadores da América de 1964
Taça Libertadores da América de 1964 | ||||
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V Copa dos Campeões da América | ||||
![]() O time do Independiente campeão da Libertadores. | ||||
Dados | ||||
Participantes | 11 | |||
Organização | CONMEBOL | |||
Local de disputa | ![]() | |||
Período | 3 de abril – 12 de agosto | |||
Gol(o)s | 88 | |||
Partidas | 26 | |||
Média | 3,38 gol(o)s por partida | |||
Campeão | ![]() | |||
Vice-campeão | ![]() | |||
Melhor marcador | ![]() | |||
Melhor ataque (fase inicial) | ![]() | |||
Melhor defesa (fase inicial) | ![]() | |||
Maior goleada (diferença) |
Cerro Porteño ![]() ![]() Estádio Defensores del Chaco, Assunção 17 de junho, Grupo 1 | |||
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A Taça Libertadores da América de 1964, originalmente denominada Copa dos Campeões da América pela CONMEBOL, foi a quinta edição do torneio. Foi vencida pelo Independiente, dando fim a um período de hegemonia uruguaia (Peñarol bicampeão em 1960-1961) e brasileira (Santos, bicampeão em 1962-1963) na competição. Curiosamente, o Independiente também garantiria o bicampeonato em 1965.
Escândalo em retrospectivaEditar
Em junho de 2014, a Tv argentina trouxe à tona gravações telefônicas entre Abel Gnecco, representante argentino no comitê de arbitragem da Conmebol e o ex-presidente da AFA, Julio Grondona, morto em 2014, que em 1964 era presidente do Independiente. Nas escutas telefônicas, Grondona confessa ter conspirado com a arbitragem da semifinal entre Santos e Independiente da Libertadores daquele ano, para que o time brasileiro, que jogou ambas as partidas sem as suas maiores estrelas, não se classificasse.[1][2]
“ | "A arbitragem foi estranha no jogo que fizemos no Rio ...deixou o Independiente bater a vontade. Nos lances duvidosos, o apito era contra o Santos. Nos contra-ataques, os bandeiras marcavam impedimentos inexistentes contra o Santos, às vezes o árbitro dava uma falta para impedir nosso ataque. São situações não tão claras de interferência da arbitragem, mas que há um prejuízo ...Então não fico surpreso do caso ter sido retomado" | ” |
— , disse o ex-atleta do Santos Lima, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo[3] .
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A última partida entre os dois times em Buenos Aires também transcorreu de maneira igualmente controversa, terminando com a vitória do time argentino por 2X1 com dois gols supostamente impedidos.[4]
Equipes classificadasEditar
TabelaEditar
PreliminarEditar
Time | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
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Deportivo Italia | 3 | 2 | 1 | 1 | 0 | 2 | 1 | +1 |
Bahia | 1 | 2 | 0 | 1 | 1 | 1 | 2 | -1 |
Data | Partida | Estádio | Cidade | ||
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03/04 | Bahia | 0-0 | Deportivo Italia | Caracas | Caracas |
08/04 | Deportivo Italia | 2-1 | Bahia | Caracas | Caracas |
Primeira faseEditar
Grupo 1Editar
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Grupo 2Editar
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* Partida não realizada devido à divergências entre a CONMEBOL e a confederação colombiana. Para efeito de tabela, o Independiente foi declarado vencedor por 2 a 0.
** As partidas em casa do Alianza Lima foram mandadas no estádio adversário, devido à interdição do seu estádio, onde naquele ano, mais de 300 pessoas morreram em uma tragédia.
Grupo 3Editar
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SemifinaisEditar
Chave AEditar
Time | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
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Independiente | 4 | 2 | 2 | 0 | 0 | 5 | 3 | +2 |
Santos | 0 | 2 | 0 | 0 | 2 | 3 | 5 | -2 |
Data | Partida | Estádio | Cidade | ||
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15/07 | Santos | 2-3 | Independiente | Maracanã | Rio de Janeiro |
22/07 | Independiente | 2-1 | Santos | - | Avellaneda |
Chave BEditar
Time | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
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Nacional | 4 | 2 | 2 | 0 | 0 | 8 | 4 | +4 |
Colo-Colo | 0 | 2 | 0 | 0 | 2 | 4 | 8 | -4 |
Data | Partida | Estádio | Cidade | ||
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15/07 | Colo Colo | 2-4 | Nacional | - | Santiago |
01/08 | Nacional | 4-2 | Colo Colo | - | Montevidéu |
FinaisEditar
Time | Pts | J | V | E | D | GP | GC | SG |
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Independiente | 3 | 2 | 1 | 1 | 0 | 1 | 0 | +1 |
Nacional | 1 | 2 | 0 | 1 | 1 | 0 | 1 | -1 |
6 de agosto de 1964 | Nacional | 0 — 0 | Independiente | Centenário, Montevidéu (Uruguai) Público: 60.000 Árbitro: Leopold Horn Auxiliares: |
- Nacional: Sosa, Baeza, Emilio Alvarez, Ramos e Eliseo Alvarez; Méndez e Pérez; Douksas, Jaburu, Arias (Bergara) e Urruzmendi. Técnico: Zezé Moreira.
- Independiente: Santoro, Zerrillo, Rolan, Ferreiro e Acevedo (Mori); Maldonado e Bernao; Mura, Luís Suárez, Mario Rodríguez e Savoy. Técnico: Manuel Giudice.
12 de agosto de 1964 | Independiente | 1 — 0 | Nacional | La Doble Visera, Avellaneda (Argentina) Público: 60.000 Árbitro: José Dimas Larrosa Auxiliares: |
Mario Rodríguez 31' |
- Independiente: Santoro, Guzmán, Rolan, Ferreiro e Acevedo; Maldonado e Bernao; Prospitti, Luís Suárez, Mario Rodríguez e Savoy. Técnico: Manuel Giudice.
- Nacional: Sosa, Baeza, Emilio Alvarez, Ramos e Eliseo Alvarez; Méndez e Oyarbide; Douksas, Jaburu, Pérez e Urruzmendi (Bergara). Técnico: Zezé Moreira.
Libertadores 1964 |
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INDEPENDIENTE Campeão (1º título) |
Referências
- ↑ [1] Matéria do jornal Folha de S.Paulo em 23/06/2015 sobre o caso, com entrevista com o ex-atleta e transcrição das gravações.
- ↑ [2] Matéria da ESPN Brasil de 22/06/2015, com áudio da conversa aonde o ex-diretor de futebol argentino admite a fraude.
- ↑ Ibidem, Folha de S.Paulo em 23/06/2015.
- ↑ Ibidem, ESPN Brasil em 22/06/2015.
Ligações externasEditar
- Site oficial da CONMEBOL, organizadora da Taça Libertadores, em inglês e espanhol.