Os Copperheads eram uma facção do Partido Democrata dentro da União, na década de 1860, durante a guerra civil americana, que simpatizava com a Confederação e queriam uma solução pacífica para o conflito no país. Os republicanos começaram a chamar estes congressistas de "Copperheads", em alusão a cobra venenosa de mesmo nome, em inglês. Os democratas anti-guerra não tomaram o insulto e, na verdade, começaram a se chamar, com orgulho, de "Coppers".[1]

Propaganda copperhead contra o presidente Abraham Lincoln, acusando-o de ser um "monarca".

Os Copperheads representavam a ala mais extremistas dos "Democratas do Norte". Entre os congressistas mais famosos desta facção estavam Clement L. Vallandigham, Alexander Long e Fernando Wood. Por abertamente apoiarem a Confederação, muitos republicanos acusavam os Coppers de traição.[2]

Este movimento era mais forte na região de Ohio, que tinham vários laços econômicos com o sul, além de tradições parecidas. Elementos reacionários pelo país, que apoiavam os Coppers, estariam alarmados com a modernização da sociedade e o crescente movimento pró igualdade racial perante a lei. O Partido Republicano, fundado por abolicionistas, havia tomado uma posição firme contra a escravidão. Os copperheads defendiam que cada estado deveria legislar sobre si mesmo e eram contrários a intervenções excessivas do governo federal. Historiadores afirmam que os coppers danificaram o esforço de guerra da União, se opondo, por exemplo, a conscrição e até encorajavam a deserção e, segundo os republicanos, conspiravam contra o país.[3]

Os Copperheads não eram necessariamente em favor da secessão, mas sim da unidade nacional, conservando a escravidão e a independência legislativa dos estados. Historiadores modernos, contudo, afirmam que estes ideais eram impraticáveis, já que a Confederação não aceitaria qualquer final que não garantisse sua independência. Apoio a esta facção era alto no começo da guerra civil, quando as tropas federais do Norte sofreram pesadas baixas em combate. Porém, a partir de 1863, a maré do conflito virou em favor do Norte e os coppers passaram a pedir com mais veemência uma solução negociada do conflito. Após a queda de Atlanta, em setembro de 1864, a vitória militar da União se tornou irreversível e o copperismo entrou em colapso.[4]

Os principais adversários dos copperheads do outro lado do espectro político eram os republicanos radicais. Dentro do seu próprio partido, eles rivalizavam com os War Democrats (democratas que favoreciam a União). Em uma das suas derrotas legislativas mais significante, eles acabaram sendo humilhados na votação efusiva em favor da Décima Terceira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, que aboliu a escravidão. Também eram minoria no Congresso contra a Reconstrução, acusando os nortenhos de revanchismo contra o sul.[5]

Referências

  1. Benjamin P. Thomas, Abraham Lincoln: A Biography (1952) p. 377.
  2. Wertheim, (1989)
  3. Curry, Richard O. "The Union as it Was: a Critique of Recent Interpretations of the 'Copperheads.'" Civil War History 1967.
  4. Curry, Richard O. "Copperheadism and Continuity: the Anatomy of a Stereotype" Journal of Negro History (1972). JSTOR
  5. Cowden, Joanna D. "The Politics of Dissent: Civil War Democrats in Connecticut," The New England Quarterly, Vol. 56, No. 4 (Dezembro de 1983), pp. 538–554 JSTOR
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