Em geografia, chama-se costão rochoso a uma formação rochosa no litoral marinho, como uma falésia ou um promontório, sem enseadas ou locais abrigados.[1] Em ecologia, os costões são estudados pelos ecossistemas particulares que se desenvolvem naquelas formações. É considerado mais uma extensão do ambiente marinho que do ambiente terrestre, uma vez que a maioria dos organismos que o habitam estão relacionados com o mar.

Costão rochoso no Parque Estadual da Ilha do Cardoso, em Cananeia, em São Paulo, no Brasil.

Descrição editar

As influências do meio ambiente físico determinam a zonação de cada costão rochoso. O fator abiótico mais importante na diversidade e abundância dos organismos num costão é a maré, mas são importantes também a exposição à luz solar, a temperatura, o vento e o hidrodinamismo.

É um ambiente heterogêneo: pode ser formado por paredões verticais bastante uniformes, que se estendem muitos metros acima e abaixo da superfície da água, ou por uma extensão de rochas fragmentadas de pequena inclinação. O ecossistema do costão rochoso pode ser muito complexo e, normalmente, quanto maior a complexidade, maior a diversidade de organismos.

O costão rochoso pode ser modelado por aspectos físicos, químicos e biológicos. Em relação aos aspectos físicos, a erosão por batimento de ondas, vento e chuva é o principal. Além destes, há o desgaste das rochas que pode ser causado por organismos habitantes ou visitantes do costão, como ouriços, esponjas e moluscos.

No Brasil editar

No Brasil, podem encontrar-se costões rochosos por quase toda a costa. A maior concentração deste ambiente está na região Sudeste, onde a costa é bastante recortada.

Referências

  1. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p. 489.

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