Cristina Tavares

política brasileira

Maria Cristina de Lima Tavares Correia, mais conhecida como Cristina Tavares, (Garanhuns, 10 de junho de 1934Houston, 23 de fevereiro de 1992) foi jornalista e política brasileira, outrora deputada federal por Pernambuco.[1]

Cristina Tavares
Deputada federal por Pernambuco
Período 1979-1991
Dados pessoais
Nascimento 10 de junho de 1934
Garanhuns, PE
Morte 23 de fevereiro de 1992 (57 anos)
Houston, EUA
Alma mater Faculdade de Filosofia do Recife
Partido MDB (1978–1979)
PMDB (1980–1988)
PSDB (1988–1989)
PDT (1989–1991)
Profissão jornalista

Dados biográficos editar

Filha de José Alves Tavares Correia e Maria Mercês de Lima Tavares Correia. Em 1955, formou-se em línguas neolatinas na Faculdade de Filosofia do Recife preferindo seguir carreira como jornalista trabalhando em veículos como o Jornal do Commercio, Diario de Pernambuco, Visão, Diário da Noite e Correio Braziliense.[2][3]

Eleita deputada federal pelo MDB em 1978, tornou-se a terceira nordestina a conseguir uma vaga na Câmara dos Deputados, após as baianas Nita Costa e Necy Novaes, filiando-se depois ao PMDB do qual tornou-se vice-líder e com as ausências do titular tornou-se a primeira mulher a liderar uma bancada na história do parlamento brasileiro , sendo reeleita em 1982 e 1986. Como parlamentar, votou a favor da Emenda Dante de Oliveira em 1984 e votou em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985, além de ter participado como relatora da Subcomissão de Ciência e Tecnologia e da Comunicação da Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou a Constituição de 1988, mesmo ano em que figurou dentre os fundadores do PSDB. Entretanto, a indicação, mesmo posteriormente retirada, de Roberto Magalhães como vice-presidente na chapa de Mário Covas nas eleições presidenciais de 1989, a fez ingressar no PDT, onde tentou um novo mandato em 1990, mas foi derrotada.[3][1][4][5]

Ganhou notoriedade nacional pela defesa intransigente da Política Nacional de Informática alegando que “sem tecnologia nacional, isto é, sem o domínio do ciclo, que vai da tecnologia do projeto à do uso, nenhum país será soberano e, por via de consequência, maiores serão os problemas de sua classe trabalhadora”.[6]

Faleceu nos Estados Unidos após uma luta de quatro anos contra o câncer.

Referências

  1. a b BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia da deputada Cristina Tavares». Consultado em 21 de março de 2024 
  2. «Acervo digital de O Estado de S. Paulo». Consultado em 3 de janeiro de 2014 
  3. a b Ex-deputada pernambucana morre nos EUA (online). O Estado de S. Paulo, 24/02/1992. Página visitada em 3 de janeiro de 2014.
  4. Lopes, Guilherme Esteves Galvão. «Evangélicos, mídia e poder: análise da atuação parlamentar na Assembleia Nacional Constituinte (1987-1988)». www.bdtd.uerj.br. Consultado em 20 de abril de 2019 
  5. «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral: estado de Pernambuco». Consultado em 3 de janeiro de 2014 
  6. «POLÍTICAS BRASILEIRAS DE EDUCAÇÃO E INFORMÁTICA». "Ufba". Consultado em 10 de novembro de 2017