Cubozoa

classe de cnidários distinguidos por suas medusas em forma de cubo

Cubozoa (Werner, 1973)[1] (do grego kybos, um cubo + zoon, animal) é um grupo do filo Cnidaria, que inclui os animais chamados de cubozoários ou cubomedusas. Originalmente agrupada como uma ordem dentro da classe Scyphozoa, Cubozoa foi elevada ao status de classe, uma vez revelada a magnitude das diferenças entre ela e outros grupos de cnidários.[2][3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCubozoa
Os cubozoários de Ernst Haeckel, numa ilustração do livro Kunstformen der Natur
Os cubozoários de Ernst Haeckel, numa ilustração do livro Kunstformen der Natur
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Cnidaria
Classe: Cubozoa
Werner, 1973
Ordens
Carybdeida

Chirodropida

Berger, em 1900, notou a intermediação fisiológica das cubomedusas entre as cifomedusas e as hidromedusas.[4] Embora compartilhem características com as cifozoárias (ropália que vem em múltiplos de quatro) e hidrozoárias (posse de um anel nervoso), as cubozoárias também possuem características que não são encontradas nas outras classes de medusóides, incluindo metamorfose completa de pólipo a medusa,[2][5][6] exumbrela em forma de caixa ( Tripedalia cystophora sendo uma notável exceção) e olhos complexos, tipo câmera com lentes.[7]

Distribuição editar

Os cubozoários são animais pelágicos encontrados em todos os oceanos, geralmente em regiões tropicais e subtropicais. Habitam os oceanos principalmente em águas costeiras rasas (menos de 5 metros) e são encontradas também em riachos de água doce e canais de mangues.[8][9][10][11]

Ecologia editar

 
Cubomedusa (Chironex sp.).

Cubomedusas ocorrem, com mais frequência, desde o final da primevera/início do verão até o final do verão/início do inverno.[12] Em oceanos tropicais, a dinâmica sazonal das comunidades é mais difícil de identificar e menos acentuada do que a observada em ecossistemas aquáticos temperados, sendo determinada principalmente pela influência local das estações seca e chuvosa e pelos fenômenos oceanográficos regionais.[13][14]

A maioria das medusas (águas-vivas) é encontrada longe da costa e é planctônica, vive à mercê das correntes, incapaz de nadar contra elas.[15] Em muitas áreas, é incomum ver medusas perto da costa, a menos que tenham sido varridas pelas mudanças das correntes e marés. Nesses casos, as medusas são arrastadas para a praia e morrem. Cubomedusas parecem preferir habitats próximos da costa,[2][16] de clima tropical ou subtropical, como manguezais, florestas de algas, recifes de corais e praias arenosas.[10][17][18]

O método de captura de alimentos das águas-vivas, em geral, se assemelha mais à pesca do que à caça. No entanto, cubomedusas caçam ativamente suas presas (larvas, crustáceos e pequenos peixes), em vez de apenas flutuar e estender seus tentáculos como a maioria das medusas. Elas são capazes de atingir velocidades de até 1,5 a 2 metros por segundo. São nadadoras ágeis[19][20] e caçadores vorazes.[21] Tripedalia cystophora, por exemplo, nada ativamente perto da superfície durante o dia,[17][19] mantendo sua posição entre as raízes de mangue para não danificar seu corpo delicado.

Ciclo de vida editar

Os cubozoários têm um ciclo de vida metagênico, passando por uma alternância de gerações entre um pólipo de reprodução assexuada, séssil, bêntico e uma medusa, móvel, de reprodução sexuada.[22][23][24] Pólipos de cubomedusas só foram encontrados in situ para duas espécies: Chironex fleckeri e Carybdea marsupialis.[10][25] Diferentemente dos cifozoários, os cubozoários não sofrem estrobilização, ao invés disso, o pólipo inteiro sofre metamorfose em uma medusa, com exceção observada para Carybdea marsupialis.[26] Durante o estágio de pólipo, a reprodução assexuada continua até que fatores externos, como temperatura ou condições de luz, induzam a metamorfose do pólipo para uma medusa. As medusas crescem até a maturidade sexual e podem formar agregações previsíveis de desova.[27][28]

A fertilização em Cubozoa pode ser externa ou interna. A fertilização externa é considerada distintiva de Chirodropida, a partir do conhecimento que existe para as espécies Chironex fleckeri e Chiropsella bronzie.[29] A fertilização interna é considerada sinapomorfia de Carybdeida,[30] mas a fertilização externa da Carukiidae Morbakka virulenta põe em dúvida a fertilização interna como característica universal de Carybdeida. Tripedaliidae apresenta características diferentes, os machos produzem espermatóforos que são transferidos às fêmeas por meio de um comportamento de corte, ocorrendo fertilização interna.[2][31][32][33]

Descrição editar

 
Anatomia de um Cubozoário

O sino das cubomedusas tem o formato de um cubo, de onde seu nome se origina. De cada um dos quatro cantos inferiores sai um pequeno pedúnculo ou talo, o pedalium, que contém um ou mais tentáculos ocos, compridos e finos. Os tentáculos são densamente guarnecidos com anéis de nematocistos.

A cavidade gastrovascular, no interior do sino, é dividida em quatro septos equidistantes com um estômago central e quatro bolsas gástricas. As oito gônadas estão localizadas, em pares, de cada lado dos quatro septos.

 
Anatomia de um Ropálio: (1) Haste; (2) Ocelos tipo Fossa; (3) Olho tipo câmera superior; (4) Ocelos tipo Fenda; (5) Olho tipo câmera inferior; (6) Lente; (7) Camada pigmentada; (8) Estatocisto

A medusa adulta é gonocorística, em alguns casos com dimorfismo sexual da morfologia gonadal (e.g. Copula sivickisi,[32]Tripedalia cystophora[31]). As margens dos septos possuem feixes de pequenos filamentos gástricos que abrigam nematocistos e glândulas digestivas. Cada septo estende-se em um funil septal que se abre para a superfície oral e facilita o fluxo de fluido para dentro e para fora do animal. O velarium é amplo e tomado de canais gastrovasculares.

 
Ropálio de Tripedalia cystophora. Cada ropálio carrega seis olhos de quatro tipos morfológicos (olho inferior com lente LLE, olho superior com lente ULE, olho em forma de poço PE e olho em forma de fenda SE) e um neurópilo sensível à luz (NP, linha vermelha tracejada). Os olhos são responsáveis pela formação da imagem no animal, e acredita-se que o neurópilo sensível à luz esteja envolvido na atividade diurna.

Cubozoários possuem um sistema sensorial distribuído radialmente, os nervos estão agrupados em "anéis nervosos". O ropálio, órgão sensorial marginal pende do sino por um talo (haste) e é lastrado por um estatocito. Há um ropálio em cada lado do sino em forma de cubo, quatro ao todo. A função do estatocito não é bem conhecida e foi proposta como um órgão sensível à gravidade e como um peso para manter os olhos orientados na mesma direção, independentemente da orientação do corpo da medusa.[4]

Em cada ropálio existem dois olhos com lentes (olho complexo grande e olho complexo pequeno), um par idêntico de ocelos em forma de cova e um par idêntico de ocelos em forma de fenda.[34] Spencer e Arkett (1984) sugeriram, com base no trabalho com Polyorchis (Hydromedusae),[35] que:

  1. "Os anéis nervosos constituem o sistema nervoso central do hidrozoário e que a condensação de redes neurais em estruturas de anéis é o grau máximo de localização que pode ser tolerado, tendo em mente os mecanismos integrados utilizados;"
  2. "Redes de neurônios idênticos são o equivalente radial de neurônios pareados identificáveis no SNC de protostômios bilaterais"
  3. "Em vez de condensação cefálica... as hidromedusas distribuíram seus gânglios por todo o anel nervoso externo, de modo a combinar com o arranjo distribuído de órgãos sensoriais multitelulares, como os ocelos".

Essas ideias são apoiadas por outros autores para uma série de grupos cnidários.[36][37] Esses argumentos sustentam também o sistema nervoso das cubomedusas.

Classificação dos Cubozoários editar

Classe Cubozoa (Werner, 1973)[1]

Ordem Carybdeida[38]

Ordem Chirodropida[61]

 
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Cubozoa

Referências editar

  1. a b Werner, B. (1973). «New investigations on systematics and evolution of the class Scyphozoa and the phylum Cnidaria» (PDF). Publications of the Seto Marine Biological Laboratory. 20: 35–61. doi:10.5134/175791 
  2. a b c d Werner, B. (1973). «New investigation on sytematics and evolution of the class Scyphozoa and the phylum Cnidaria» (PDF). Publications of the Seto Marine Biological Laboratory. 20: 35-61 
  3. Werner, B.; Chapman, D. M.; Cutress, C. E. (1976). «Muscular and nervous systems of the cubopolyp (Cnidaria)». Experientia. 32 (8): 1047–1049. doi:10.1007/BF01933964 
  4. a b Berger, E.W. (1900). William K. Brooks (ed.), ed. Physiology and histology of the Cubomedusae, including Dr. F.S. Conant's notes on the physiology. Col: Memoirs from the Biological Laboratory of the Johns Hopkins University, 4. IV. Baltimore: The Johns Hopkins Press. doi:10.5962/bhl.title.12287 
  5. Werner, B.; Cutress, C.E.; Studebaker, J.P. (1971). «Life Cycle of Tripedalia cystophora Conant (Cubomedusae)». Nature. 232: 582–583. PMID 16063105. doi:10.1038/232582a0 
  6. Laska-Mehnert, G. (1985). «Cytologische Verinderungen während der Metamorphose des Cubopolypen Tripedalia cystophora (Cubozoa, Carybdeidae) in die Meduse» (PDF). Helgoländer Meeresuntersuchungen. 39 (2): 129-164. doi:10.1007/BF01997447 
  7. Berger, E.W. (1898). «The histological structure of the eyes of Cubomedusæ». The journal of comparative neurology. 8 (3): 223-230. doi:10.1002/cne.910080317 
  8. Mayer, A.G. (1910). «The Hydromedusae». The Medusae of the World, Vol. II. Col: Carnegie Institution of Washingtonn. no. 109. Washington: Carnegie Institution of Washington. doi:10.5962/bhl.title.159245 
  9. Guest, W. C. (1959). «The Occurrence of the Jellyfish Chiropsalmus Quadrumanus in Matagorda Bay, Texas». University of Miami - Rosenstiel School of Marine and Atmospheric Science. Bulletin of Marine Science. 9 (1): 79–83 
  10. a b c Hartwick, R.F. (1991). «Distributional ecology and behaviour of the early life stages of the box-jellyfish Chironex fleckeri». Hydrobiologia. 216 (1): 181–188 
  11. Hamner, W.M.; Jones, M.S.; Hamner, P.P. (1995). «Swimming, feeding, circulation and vision in the Australian box jellyfish, Chironex fleckeri (Cnidaria:Cubozoa)». Marine and Freshwater Research. 6 (7): 985-990. doi:10.1071/MF9950985 
  12. Burke, W.D. (1975). «Pelagic Cnidaria of Mississippi Sound and Adjacent Waters». Gulf Research Reports. 5 (1): 23-38. doi:10.18785/grr.0501.04 
  13. Eskinazi-Sant'Anna, E. & Björnberg, T.K.S. (2006). «Seasonal Dynamics of Mesozooplankton in Brazilian Coastal Waters».  Hydrobiologia. 563 (1): 253-268. doi:10.1007/s10750-006-0014-6 
  14. Kingsford, M.; Mooney, C.J. (2014). «The Ecology of Box Jellyfishes (Cubozoa)». In: Pitt, K.A. & Lucas, C.H.  Jellyfish Blooms. New York: Springer. p. 267-302. doi:10.1007/978-94-007-7015-7_12 
  15. Graham, W.M.; Pagès, F. & Hamner, W.M. (2001). «A physical context for gelatinous zooplankton aggregations: A review». Hydrobiologia. 451 (1): 199-212. doi:10.1023/A:1011876004427 
  16. a b Agassiz, A.; Mayer, A.G. (1902). «Medusae». In Memoirs of the Museum of Comparative Zoölogy at Harvard College: Reports on the scientific results of the expedition to the tropical Pacific in charge of Alexander Agassiz, by the U.S. Fish Commission steamer “Albatross,” from August, 1899, to March, 1900, Commander Jefferson F. Moser, U. S. N., Commanding. XXVI. Cambridge, U.S.A.: [s.n.] p. 153, Plate 6, figs. 26-31 
  17. a b c d e Conant, F. S. (1898). William K. Brooks (ed.), ed. The Cubomedusae. Col: Memoirs from the Biological Laboratory of the Johns Hopkins University, 1. 4. Baltimore: The Johns Hopkins Press. 84 páginas. doi:10.5962/bhl.title.1736 
  18. Fenner, P.J.; Williamson, J. (1987). «Experiments with the nematocysts of Carybdea rastoni ("Jimble")» (PDF). Med. J. Aus. 147 (5): 258-259. PMID 2890087 
  19. a b Stewart, S.E. (1996). «Field behavior of Tripedalia cystophora (class cubozoa)». Marine and Freshwater Behaviour and Physiology. 27 (2-3): 175-188. doi:10.1080/10236249609378963 
  20. Colin, S.P.; Costello, J.H.; Katija, K.; Seymour, J. & Kiefer, K. (2013). «Propulsion in Cubomedusae: Mechanisms and Utility». PLOS ONE. 8 (2): e56393. doi:10.1371/journal.pone.0056393 
  21. Larson, R.J. (1976). «Cubomedusae: Feeding — Functional Morphology, Behavior and Phylogenetic Position». In: G.O. Mackie (ed.). Coelenterate Ecology and Behavior. Boston, MA: Springer. pp. 237–245. ISBN 978-1-4757-9726-8. doi:10.1007/978-1-4757-9724-4_25 
  22. a b Straehler-Pohl, I.; Jarms, G. (2011). «Morphology and life cycle of Carybdea morandinii, sp. nov. (Cnidaria), a cubozoan with zooxanthellae and peculiar polyp anatomy.». Zootaxa. 2755 (1): 36-55. doi:10.11646/zootaxa.2755.1.2 
  23. Toshino, S.; et al. (2013). «Development and polyp formation of the giant box jellyfish Morbakka virulenta (Kishinouye, 1910) (Cnidaria: Cubozoa) collected from the Seto Inland Sea, western Japan» (PDF). Plankton Benthos Research. 8 (1): 1–8. doi:10.3800/pbr.8.1 
  24. Toshino, S.; Miyake, H.; Iwanaga, S. (2014). «Development of Copula sivickisi (Stiasny, 1926) (Cnidaria: Cubozoa: Carybdeidae: Tripedaliidae) collected from the Ryukyu Archipelago, southern Japan». Plankton Benthos Research. 9 (1): 32-41. doi:10.3800/pbr.9.32 
  25. Fischer, A.B.; Hofmann, D. (2004). «Budding, bud morphogenesis, and regeneration in Carybdea marsupialis Linnaeus, 1758 (Cnidaria: Cubozoa)». In: D.G. Fautin, J.A. Westfall, P. Cartwright, M. Daly & C.R. Wyttenbach (eds). Coelenterate Biology 2003: Trends in Research on Cnidaria and Ctenophora. Hydrobiologia. 530/531. Netherlands: Kluwer Academic Publishers. p. 331-337. doi:10.1007/978-1-4020-2762-8_38 
  26. Straehler-Pohl, I.; Jarms, G. (2005). «Life cycle of Carybdea marsupialis Linnaeus, 1758 (Cubozoa,Carybdeidae) reveals metamorphosis to be a modified strobilation». Marine Biology. 147 (6): 1271-1277. doi:10.1007/s00227-005-0031-4 
  27. Stangl, K.; Salvini-Plawen, L.v.; Holstein, T.W. (2002). «Staging and induction of medusa metamorphosis in Carybdea marsupialis (Cnidaria, Cubozoa)» (PDF). Vie et Milieu. 52 (4): 131-140. ISSN 0240-8759 
  28. Gordon, M.; Hatcher, C.; Seymour, J. (2004). «Growth and age determination of the tropical Australian cubozoan Chiropsalmus sp». Hydrobiologia. 530/531 (1): 339-345. doi:10.1007/s10750-004-2655-7 
  29. Yamagushi, M.; Hartwick, R. (1980). «Early life history of the sea wasp, Chironex fleckeri (Class Cubozoa)». In: P. Tardent & R. Tardent (eds). Developmental and cellular biology of coelenterates: Proceedings of the 4th International Coelenterates Conference held in Interlaken, Switzerland. Amsterdam: Elsevier/North-Holland Biomedical Press. p. 11-16. 499 páginas. ISBN 0444802215 
  30. a b c Bastian Bentlage; Paulyn Cartwright; Angel A. Yanagihara; Cheryl Lewis; Gemma S. Richards; Allen G. Collins (2010). «Evolution of box jellyfish (Cnidaria: Cubozoa), a group of highly toxic invertebrates». Proceedings of the Royal Society: Biological Sciences. 277 (1680): 493–501. PMID 19923131. doi:10.1098/rspb.2009.1707  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome "Bentlage2010" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  31. a b Werner, B. (1973). «Spermatozeugmen und Paarungsverhalten bei Tripedalia cystophora (Cubomedusae)». 18 (3): 212-217. doi:10.1007/BF00367987 
  32. a b Lewis, C.; Kubota, S.; Migotto, A.E.; Collins, A.G. (2008). «Sexually Dimorphic Cubomedusa Carybdea sivickisi (Cnidaria: Cubozoa) in Seto, Wakayama, Japan». Publ. Seto Mar. Biol. Lab. 40 (5-6): 1-8. doi:10.5134/72820 
  33. Garm A., Lebouvier M. & Tolunay D. (2015). «Mating in the box jellyfish Copula sivickisi - Novel function of cnidocytes». Journal of Morphology. 276 (9): 1055-1064. PMID 26010863. doi:10.1002/jmor.20395 
  34. Nilsson, Dan-E; Gislén, L.; Coates, M.M. & Skogh, C. (2005). «Advanced optics in a jellyfish eye». Boletim do Instituto Oceanográfico. 235 (7039): 201-205. PMID 15889091. doi:10.1038/nature03484 
  35. Spencer, A.N.; Arkett, A.A. (1984). «Radial Symmetry and the Organization of Central Neurones in a Hydrozoan Jellyfish» (PDF). Journal of Experimental Biology. 110 (1): 69-90 
  36. Passano, L.M. (1976). «Strategies for the Study of the Coelenterate Brain». In: G. O. Mackie. Coelenterate Ecology and Behavior. Boston, MA: Springer. p. 639-645. ISBN 978-1-4757-9726-8. doi:10.1007/978-1-4757-9724-4_66 
  37. Satterlie, R.A. (2002). «Neuronal control of swimming in jellyfish: A comparative story» (PDF). Canadian Journal of Zoology. 80 (10): 1654–1669. doi:10.1139/Z02-132 
  38. «WoRMS - World Register of Marine Species - Carybdeida». marinespecies.org 
  39. Reynaud, M. (1830). «La Carybdée (Méduse) Ailée». In: Lesson. R.P. Centurie Zoologique, ou Choix d'animaux rares, nouveaux ou imparfaitement connus. Bruxelles: Chéz F.G. Levrault. p. 95, Plate 33. 244 páginas 
  40. Menon, M.G.K. (1930). «The Scyphomedusae of Madras and the neighbouring coast». Bulletin of the Madras Government Museum: New series, natural history section. 3. [S.l.]: Superintendent, Government Press. 28 páginas 
  41. Mayer, A.G. (1906). «Medusae of the Hawaiian Islands collected by the Steamer Albatross in 1902». The Aquatic Resources of the Hawaiian Islands: Miscellaneous Papers. Col: Bull. US Fish Comm. for 1903. XXIII (III). Washington: Govt. print. p. 1131–1143 
  42. a b c d e f g h i j k Haeckel, E. (1880). «System der Acraspeden: Zweite Halfte des System der Medusen». Gustav Fisher (ed.). Denkschriften der Medicinisch-Naturwissenschaftlichen Gesellschaft zu Jena (em alemão). 1 (2). 672 páginas 
  43. a b Gershwin, Lisa-Ann (2005). «Carybdea alata auct. and Manokia stiasnyi, reclassification to a new family with description of a new genus and two new species». Brisbane. Memoirs of the Queensland Museum. 51 (2): 501–523. ISSN 0079-8835 
  44. Bigelow, H.B. (1938). «Plankton of the Bermuda Oceanographic Expeditions. VIII. Medusae taken during the years 1929 and 1930». Zoologica. 23 (5): 99-189 
  45. a b Gershwin, Lisa-Ann (2014). «Two new species of box jellies (Cnidaria: Cubozoa: Carybdeida) from the central coast of Western Australia, both presumed to cause Irukandji syndrome». Records of the Western Australian Museum. 29 (1) 
  46. Southcott, R.V. (1967). «Revision of some Carybdeidae (Scuphozoa : Cubomedusae) including a description of the jellyfish responsible for the 'Irukandji syndrome'». Australian Journal of Zoology. 15 (3): 651-671. doi:10.1071/ZO9670651 
  47. a b Gershwin, L. (2005). «Two New Species Of Jellyfishes (Cnidaria: Cubozoa: Carybdeida) From Tropical Western Australia, Presumed To Cause Irukandji Syndrome». Zootaxa. 1084 (1084): 1-30. doi:10.5281/zenodo.170452 
  48. Gershwin, Lisa-Ann; Alderslade, Phil (2005). «A new genus and species of box jellyfish (Cubozoa: Carybdeida) from tropical Australian waters». The Beagle, Records of the Museums and Art Galleries of the Northern Territory. 21: 27-36 
  49. Bentlage, Bastian; Lewis, Cheryl (2012). «An illustrated key and synopsis of the families and genera of carybdeid box jellyfishes (Cnidaria: Cubozoa: Carybdeida), with emphasis on the "Irukandji family" (Carukiidae)». Journal of Natural History. 46 (41-42): 2595–2620. doi:10.1080/00222933.2012.717645 
  50. Kishinouyea, K. (1910). «Some medusae of Japanese waters». Journal of the College of Science, Imperial University of Tokyo. 27: 1-35, Pl.1-5 
  51. Maas, O. (1897). «Die Medusen». In Memoirs of the Museum of Comparative Zoölogy at Harvard College: Reports on an Exploration off the West Coasts of Mexico, Central and South America, and off the Galapagos Islands. XXIII. Cambridge, U.S.A.: John Wilson and Son. p. 92, 15 Plates 
  52. Gershwin, L. & Gibbons, M. (2009). Carybdea branchi, sp. nov., a new box jellyfish (Cnidaria: Cubozoa) from South Africa. Zootaxa, 2088, 41–50.
  53. Kishinouyea, K. (1891). «Zwei neue Medusen von Charybdea (Ch. brevipedalia n. sp., Ch. latigenitalia n. sp.)». Dobutsugaku Zasshi (em Japonês com diagnóstico em Alemão). 3: 437–440 
  54. Straehler-Pohl, I., Matsumoto, G. & Acevedo, M. (2017). Recogntiion of the Californian cubozoan population as a new species–Carybdea confusa n. sp. (Cnidaria, Cubozoa, Carybdeida). Plankton and Benthos Research, 12(2), 129–138.
  55. Linnæi, C. (1758). Systema Naturæ pre Regna Tria Naturæ, Secundum Classes, Ordines, Genera, Species, cum Characteribus, Differentiis, Synonymis, Locis. Holmiæ: Laurentii Salvii.
  56. Haacke, W. (1886). «Über die Ontogenie der Cubomedusen». Zoologischer Anzeiger. 9 (213-240): 554–555 
  57. a b c Müller, F. (1859). «Zwei neue Quallen von Santa Catharina». Abhandlungen der NaturforschendenGesellschaft zu Halle. 5: 1–12, pl. I–III 
  58. Collins, A.G.; Bentlage, B.; Gillan, W.; Lynn, T.H.; Morandini, A.C. & Marques, A.C. (2011). «Naming the Bonaire banded box jelly, Tamoya ohboya, n. sp. (Cnidaria: Cubozoa: Carybdeida: Tamoyidae)» (PDF). Zootaxa. 2753: 53–68 
  59. Stiasny, G. (1926). «Über einige Scyphomedusen von Puerto Galera, Mindoro (Philippinen)». Zoologische Mededelingen. 9 (12): 239-248. ISSN 0024-0672 
  60. Moore, S. J. (1988). «A new species of cubomedusan (Cubozoa: Cnidaria) from Northern Australia». The Beagle : occasional papers of the Northern Territory Museum of Arts and Sciences. 5: 1–4. ISSN 0811-3653 
  61. «WoRMS - World Register of Marine Species - Chirodropida». marinespecies.org 
  62. a b c d Gershwin, L. (2006). «Comments on Chiropsalmus (Cnidaria: Cubozoa: Chirodropida): a preliminary revision of the Chiropsalmidae, with descriptions of two new species». Zootaxa. 1231 (1231): 1-42. doi:10.11646/zootaxa.1231.1.1 
  63. a b c Southcott, R.V. (1956). «Studies on Australian Cubomedusae, Including a New Genus and Species Apparently Harmful to Man». Australian Journal of Marine and Freshwater Research. 7 (2): 254-280. doi:10.1071/MF9560254 
  64. Agassiz. L. (1862). «Second Monograph. In five parts.—I. Acalephs in general.—II. Cnetophorae.—III. Discophorae.—IV. Hydroidae.—V. Homologies of the Radiata; with forty-six plates». Contributions to the Natural History of the United Sates of America. IV. Boston: Little, Brown and Company. p. 173-175. 380 páginas 
  65. van der Horst, R. (1907). «On a new Cubomedusa from the Java-Sea: Chiropsalmus Buitendijki». Notes from the Leyden Museum. 29 (2): 101-106. ISSN 1872-9231 
  66. a b Toshino, S.; Miyake, H.; Shibata, H (2015). «Meteorona kishinouyei, a new family, genus and species (Cnidaria, Cubozoa, Chirodropida) from Japanese Waterss». Zookeys. 503: 1-21. PMID 26019668. doi:10.3897/zookeys.503.9047