Cuco-canoro
Cuco-canoro | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
![]() Pouco preocupante | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Cuculus canorus Linnaeus, 1758 |
O cuco-canoro (Cuculus canorus)[1] é uma ave pertencente à ordem Cuculiformes e à família Cuculidae. O nome "cuco" é onomatopaico e deriva do facto de o canto do macho ser composto por uma sequência de duas notas, que soam como "cu-cu". Em Portugal o canto do cuco faz-se ouvir sobretudo de finais de Março a meados de Junho.
É uma espécie parasita, o que significa que, em vez de construir um ninho, deposita os seus ovos nos ninhos de outras aves, nomeadamente de pequenos insectívoros, como a ferreirinha-comum, o pisco-de-peito-ruivo e o rouxinol-pequeno-dos-caniços, entre outras espécies. As aves em cujos ninhos os ovos são colocados recebem o nome de hospedeiros e ficam com a tarefa de cuidar do jovem cuco até este ser independente.[2]
No fim da primavera, a fêmea do cuco procura lares adoptivos para os seus ovos. Quando encontra um hospedeiro apropriado — aves cujos ovos se assemelham ao dos cucos — ela espera até que o ninho deixe de estar vigiado, retira um dos ovos do hospedeiro e substitui-o pelo seu.
Os filhotes do cuco também já apresentam um estratagema de sobrevivência traiçoeiro, aparentemente gravado geneticamente, pois, segundo David Attenborough, logo ao saírem dos ovos, empurram para fora do ninho os recém-nascidos autênticos de uma ninhada, tomando-lhes o lugar.[carece de fontes]
O cuco é migrador: reproduz-se na Europa e inverna em África.
Referências
- ↑ «Cuco-canoro». Consultado em 20 de agosto de 2011
- ↑ Davies, N. B.; de L. Brooke, M. (1989). «An experimental study of co-evolution between the Cuckoo, Cuculus canorus, and its hosts. II. Host egg markings, chick discrimination and general discussion». Journal of Animal Ecology. 58 (1): 225–236. JSTOR 4996
Ligações externasEditar
- «Cuculus canorus». Lista Vermelha da IUCN de espécies ameaçadas da UICN 2021 (em inglês). ISSN 2307-8235. Consultado em 23 de Março de 2008
- Onde observar o cuco-canoro