Cuia

utensílio para beber, produzido a partir de uma cabaça
 Nota: Se procura pelo rio paraibano, veja Rio Cuia.

A cuia é o fruto da cuieira (Crescentia cujete e Lagenaria siceraria),[1] bem como o vaso feito desse fruto maduro depois de esvaziado do miolo.[2]

Na região sul do Brasil: utilizada para se tomar chimarrão
Na região norte do Brasil: utilizada para se tomar tacacá
Um homem bebendo mate em uma cuia na pintura Soldado da Legião Paulista na Cisplatina e Gaúcho, de José Wasth Rodrigues

Outros nomes e etimologia editar

Outros nomes incluem cabaça, cabaço, coité, cuieté, cuietê, cuité e cuitê. O termo "cuia" vem do termo tupi kuîa.[2] "Coité", "cuieté", "cuietê", "cuité" e "cuitê" vem da expressão tupi kuîa + e'té, que significa "cuia verdadeira".[3] "Cabaça" e "cabaço" vêm do árabe kara bassasa, "abóbora lustrosa".[4]

Usos no Brasil editar

É muito utilizada para se tomar chimarrão, tererê e tacacá. Assim como o porongo, a cuia torna-se um recipiente em que são colocados grãos, água etc. E, por analogia, também a cabaça passou a receber, quando feita em utensílio, o nome de cuia. A cuia pode também ser produzida a partir do porongo, que é cuidadosamente escolhido por sua forma, e pode ser ricamente lavrada e ornada em ouro, prata e outros metais.

No Nordeste do Brasil, a cuia é uma unidade de medida de secos, equivalente a 1/32 do alqueire (com cerca de 13 litros este último, equivalendo portanto a cerca de 400 mililitros). A cuia era muito utilizada no interior do e do nordeste brasileiro como vasilhame para se armazenar água e alimentos, como colher e como objeto de decoração.

Já na Região Norte do Brasil, a cuia é utilizada para se tomar tacacá, comida típica da Região. O Tacacá é feito tradicionalmente com tucupi, jambu, camarão seco e goma de tapioca, servido quente na cuia. Usa-se a cuia também como utensílio para consumo de outros alimentos como o açaí, chibé, mingau, etc

Referências

  1. hortas.info/como-plantar-porongo-ou-cabaca
  2. a b FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 506.
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 507.
  4. Adalberto Alves (2014). Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa. INCM. p. 337. ISBN 978-972-27-2179-0.
 
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