Cucurbitaceae

família de plantas com flor, da ordem Cucurbitales, com 95-98 géneros e mais de 975 espécies, incluindo a abóbora, a melancia e o pepino
(Redirecionado de Cyclantheraceae)

Cucurbitaceae é uma família de plantas com flor pertencente ao clado das fabídeas, que agrupa mais de 975 espécies repartidas por 95 a 98 géneros,[3] repartidos por 15 tribos[4][5] e duas subfamílias.[6] Constituída maioritariamente por plantas de haste rastejante, rupícolas ou terrícolas, frequentemente com gavinhas de sustentação, inclui algumas espécies de hábito arbustivo, mas apenas uma espécie arbórea (Dendrosicyos socotranus). A família tem distribuição cosmopolita, mas muito maior diversidade nas regiões tropicais e subtropicais.[7] Entre os membros desta família incluem-se espécies cultivadas de grande importância económica, tais como a abóbora, o melão, a melancia, o pepino, a cabaça e a caiota.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCucurbitaceae
Ocorrência: Paleoceno inferior a recente, 62–0 Ma
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Angiospermae
Classe: Eudicotyledoneae
(sem classif.) fabídeas
Ordem: Cucurbitales
Família: Cucurbitaceae
Juss.[1]
Género-tipo
Cucurbita
L.
Subfamílias e tribos
Sinónimos[2]
Hodgsonia (planta masculina).
Luffa operculata.
Trichosanthes tricuspidata.
Fruto de Citrullus lanatus.
Cucumis anguria.
Dendrosicyos socotranus é a única cucurbitácea cujo hábito é arborescente.
Insetos polinizadores sobre uma flor de Cucurbita pepo.
Raiz rizomatosa de Bryonia dioica.

Descrição editar

As plantas da família Cucurbitaceae, vulgarmente referidas como cucurbitáceas, podem ser dióicas ou monóicas, sendo na sua maioria anuais que morrem imediatamente após produzirem as sementes. Apresentam uma ampla distribuição global, mas ocorrem principalmente nos trópicos e subtrópicos. Os frutos desta família são na sua vasta maioria do tipo pepónio (ou pepónide), frequentemente considerados como um tipo específico de pseudobaga. Todas as espécies são sensíveis à geada.

As Cucurbitaceae são uma família de plantas tipicamente trepadoras por gavinhas, em geral herbáceas geófitas ou anuais, com o ovário ínfero. O fruto imaturo é um pepónio, que ao maturar se diversifica, adaptando-se a diferentes formas de dispersão das sementes.

As plantas desta família produzem cucurbitacinas, compostos que fazem com que a partes vegetativas e os frutos imaturos, e por vezes também os maduros, apresentem um sabor muito amargo e sejam tóxicos para a maioria dos animais. As partes amargas de algumas cucurbitáceas estão entre os sabores mais amargos conhecidos provenientes de plantas.[8] Para além disso, geralmente contêm alcalóides e outras saponinas triterpenóides amargas, tetra ou pentacíclicas.[9]

As cucurbitacinas são um grupo diversificado de compostos, mas partilham uma parte da via biossintética, pois um único gene basta para explicar a presença ou ausência desta família de compostos nas diferentes partes da planta. As variedades cultivadas para consumo humano foram seleccionadas por forma a perderam as cucurbitacinas em alguns órgãos.

Morfologia editar

As plantas da família Cucurbitaceae são herbáceas ou lianas sublenhosas e possuem, em geral, gavinhas espiraladas, e muitas vezes ramificadas, que são dispostas lateralmente nos nós.[9] A única espécie com hábito arbóreo em toda a família é Dendrosicyos socotranus, um paquicaule que ganhou o hábito arborescente a partir do hábito trepador ancestral.[10]

A maioria dos membros desta família tem uma raiz principal pronunciada, que atinge cerca de um metro de profundidade no pepino (Cucumis sativus) e mais de dois metros nas abóboras (Cucurbita). Perto da superfície, formam uma densa rede de raízes laterais que cobrem à superfície do solo uma área pelo menos tão grande, se não maior, que os órgãos acima do solo. Nos eixos de avanço das hastes, formam-se raízes adventícias, mesmo sem contacto directo da haste com o solo. Alguns representantes xerófitos formam raízes de armazenamento que lhes permitem sobreviver a períodos secos. Em Acanthosicyos, as raízes atingem 15 metros de profundidade.

As folhas são simples, alternas ou espiraladas, frequentemente palmado-lobadas e com venação palmada. Podem ter as margens mais ou menos serreadas e dentes cucurbitóides (muitas nervuras convergindo no dente e terminando em um ápice glandular expandido e mais ou menos translúcido). Não possuem estípulas. Algumas espécies exibem nectários extraflorais. A maioria das espécies apresenta tricomas (pêlos) simples com parede calcificada e com um cistólito (concreção de carbonato de cálcio) na base.[9][11][12]

As flores estão organizadas em inflorescências axilares, variáveis em tipo, às vezes reduzidas a apenas uma flor terminal. As flores são geralmente unissexuais, actinomorfas, com perianto bisseriado e diclamídeo, com hipanto bem desenvolvido. As sépalas são geralmente imbricadas e em número de cinco, quase sempre conatas (intimamente unidas desde a origem) e às vezes reduzidas. As pétalas são geralmente cinco, conatas, campanuladas, com um tubo estreito e lobos expandidos no ápice, ou quase planas. A coloração varia entre o branco, passando pelo amarelo e alaranjado, e o vermelho. É frequente nesta família a ocorrência de flores que se abrem somente por um dia. Os estames são de três à cinco, adnatos ao hipanto, diversamente conatos e modificados, geralmente parecendo ser três ou apenas um, com anteras uniloculares. Os grãos de pólen têm três ou mais sulcos ou poros. Os carpelos são geralmente três, conatos, com ovário ínfero de placentação parietal e geralmente três estigmas. Os óvulos são geralmente numerosos por placenta. Possuem nectários diversos, incluindo extra-florais.[9][11][12]

Nas Cucurbitaceae ocorre um fruto do tipo baga modificado que é designado por pepónio (ou pepónide). No fruto do tipo pepónio, o hipanto e o epicarpo formam uma casca coreácea e no interior ocorre crescimento das placentas preenchendo o lóculo. As sementes são achatadas com testa composta por várias camadas, sendo que a mais externa pode ser carnosa. O endosperma é escasso ou ausente.[9]

Por serem vistosas e possuírem néctar, as flores de Cucurbitaceae atraem diversos insectos, aves e morcegos. O androceu possui coloração e aspecto semelhante ao gineceu, pelo que os polinizadores visitam tanto flores estaminadas (masculinas) quanto carpeladas (femininas). A polinização cruzada é promovida pela dioicia e presença de flores unissexuais.[9] A dispersão das bagas é maioritariamente do tipo zoocórico (feita por animais). No género Momordica ocorre abertura espontânea das cápsulas com exposição das sementes que são coloridas e carnosas para dispersão por aves.[9] O género Ecballium tem frutos do tipo elatério que expelem as sementes a largas distâncias.

Caracteres diferenciais editar

Como característica morfológica diferenciadora em relação a grupos com hábito semelhante, as Cucurbitaceae apresentam apenas uma folha por . Na sua vasta maioria são trepadeiras herbáceas ou lianas com folhas geralmente cobertas por tricomas (pêlos) espessos e ásperos, sem estípulas, com venação palmada. Na axila da folha há geralmente um rebento vegetativo, uma flor, deslocada para o lado, e uma gavinha ramificada, ou alguma organização mais complexa. As plantas são dióicas ou monóicas, e as flores têm hipanto, um androceu complexo, frequentemente formado por anteras onduladas sigmoidais, com uma única teca, e um ovário ínfero com placentação parietal. A corola é geralmente mais ou menos amarela, por vezes avermelhada. As sementes são mais ou menos achatadas.[13]

As cucurbitáceas diferenciam-se das família similares Vitaceae (as vides) e Passifloraceae (maracujá) pela posição das gavinhas, que é lateral em relação ao pecíolo foliar, ou pelo menos não oposta ao pecíolo como em Vitaceae, nem na axila da folha como em Passifloraceae.[14]

Na sua presente circunscrição, as Cucurbitaceae são formalmente definidas como «herbáceas rastejantes ou trepadoras mediante gavinhas inseridas nos nós dos caules (gavinhas caulinares); mostram folhas alternas, em geral simples, mais ou menos lobadas, carnosas, ásperas ao tacto (escabras) e com cistólitos. As flores são unissexuais, as masculinas com gineceu vestigial, geralmente monoicas (Bryonia craetica excepcionalmente é dioica), regulares, gamopétalas, pentâmeras, com perianto duplo e estames atípicos: filamento sigmóide rematado por uma antera com uma única teca, estames livres ou soldados em 3 grupos: (2)+(2)+1. Nas formas primitivas apresentam as pétalas livres e o ovário ínfero; algumas apresentam inflorescências cimosas. Os frutos são muito variáveis, mas quase sempre são bagas (Bryonia) ou bagas modificadas (pepónides), mas por vezes apresentam-se como cápsulas (Momordica) ou em elatério (Ecballium)». [15][16][17][18]

Distribuição editar

As Cucurbitaceae apresentam uma ampla distribuição cosmopolita, mas ocorrem principalmente nos trópicos e subtrópicos, com poucas espécies de regiões temperadas.[9] A maioria dos centros de diversidade ocorre nas regiões tropicais.

Usos editar

Muitas cucurbitáceas apresentam grande importância para a moderna horticultura e vários géneros de abóboras, e muitas outras espécies e variedades de cucurbitáceas de fruto maduro e de fruto imaturo "doce" (não amargo), pertencem a este grupo.

As plantas desta família são cultivadas nos trópicos e nas regiões temperadas, onde com os seus frutos comestíveis estão entre as primeiras plantas cultivadas no Velho e no Novo Mundo. A família Cucurbitaceae está entre as famílias de plantas com maior em número e percentagem de espécies utilizadas como alimento humano.[19]

De entre as mais de 975 espécie e cerca de 95-98 géneros,[3] que se conhecem, as mais importantes do ponto de vista económico pertencem aos seguintes géneros:

Alguns exemplos dessa importância são as abóboras, das quais existem muitas centenas de cultivares (Cucurbita pepo, Cucurbita maxima, Cucurbita moschata e Cucurbita argyrosperma), a gila (Cucurbita ficifolia), o melão (Cucumis melo) e o pepino (Cucumis sativus), a melancia (Citrullus lanatus).

Embora com menos expressão económica, estão a cabaça utilizada para vasilhame, como flutuador e como elemento ressonante em instrumentos musicais (Lagenaria siceraria), a sicana (Sicana odorifera), a esponja vegetal (Luffa), a caiota (Sechium edule), o tacaco (Sechium tacaco) e o chucho-de-vento ou maxixe (Cyclanthera pedata).

Com outras muitas espécies e variedade comestíveis, são cultivadas em África e Ásia múltiplas espécies dos géneros Benincasa, Momordica, Trichosanthes e Coccinia.[20]

Como são espécies de fácil cultivo, muitas espécies e cultivares têm mais importância económica do que normalmente se lhe reconhece, já que são tipicamente utilizadas como alimento de quem as cultiva e para comercialização local nos lugares onde são cultivadas, em sistemas agrícolas pequenos e sustentáveis, cujos dados estatísticos são geralmente ignorados. Praticamente todos as hortas familiares das regiões de climas temperados a quentes cultivam pelo menos uma variedade de fruto comestível pertencente a esta família.

Filogenia e sistemática editar

A filogenia das Cucurbitaceae é complexa e tem sido objecto de múltiplos estudos. Um dos mais antigos fósseis de cucurbitáceas até agora identificado foi atribuído a †Cucurbitaciphyllum lobatum, uma espécie do Paleoceno, descoberta em depósitos de Shirley Canal, Montana. Foi inicialmente descrita em 1924 pelo paleobotânico Frank Hall Knowlton. A folha fóssil é palmada, trilobada, com as reentrâncias dos lobos arredondado e margem inteira ou serrada. A presenta um padrão foliar similar aos membros extantes dos géneros Kedrostis, Melothria e Zehneria.[21]

Filogenia editar

Cucurbitaceae é uma família monofilética de plantas angiospermas eudicotiledóneas, sendo uma das oito famílias da ordem Cucurbitales, inserida no grupo das fabídeas que, por sua vez, estão inseridas no grande clado das rosídeas.[22] Dentro das Cucurbitales análises filogenéticas indicam Cucurbitaceae como grupo irmão do clado que contém as famílias Tetramelaceae, Datiscaceae e Begoniaceae.[23]

A hipótese filogenética mais consensual de classificação da ordem Cucurbitales em famílias e géneros (com especial detalhe no caso da família Cucurbitaceae dada a sua diversidade e interesse económico) é a adoptada pelo sistema APG IV e tem a por base uma revisão filogenética global do grupo publicada em 2011.[24] A estrutura segue de perto a adoptada na obra de referência The Families and Genera of Vascular Plants (2011) editada por Klaus Kubitzki (o sistema de Kubitzki).[25]

Aceitando o posicionamento da família estabelecido no sistema APG IV (2016), a aplicação das técnicas da filogenética molecular sugere as seguintes relações entre as Cucurbitaceae e as restantes famílias que integram a ordem Cucurbitales:[26][27][28][28][29][30][31][32][33]

Fagales (grupo externo)

Cucurbitales 

Apodanthaceae

Anisophylleaceae

Corynocarpaceae

Coriariaceae

Cucurbitaceae

Tetramelaceae

Datiscaceae

Begoniaceae

Como é patente no cladograma acima, a família Cucurbitaceae é o grupo irmão do clado formado pelas Tetramelaceae, Datiscaceae e Begoniaceae no contexto das Cucurbitales.

A família Cucurbitaceae é tradicionalmente dividida em subfamílias, tribos e subtribos. As duas subfamílias são Nhandiroboideae, com uma única tribo (Zanonieae) e cinco subtribos, e Cucurbitoideae com dez tribos e nove subtribos.[34] Estudos filogenéticos baseados em caracteres moleculares dão suporte à classificação das subfamílias e da maioria das tribos, mas indicam que a maioria das subtribos não são monofiléticas.[35]

A aplicação das técnicas da filogenética molecular sugere as seguintes relações entre as tribos e géneros (alguns géneros têm posição incerta):[33][36][37][38][39][40]

Taxonomia editar

Lineu na sua obra Species Plantarum (1753) criou o nome genérico Cucurbita L. que naquela descrição inicial continha apenas 5 espécies, das quais na actualidade 3 são consideradas variedades de Cucurbita pepo, enquanto as restantes 2 espécies foram transferidas para outros géneros: a cabaça Lagenaria siceraria; e a melancia Citrullus lanatus.[41] Mais tarde, Antoine-Laurent de Jussieu repartiu os géneros por famílias e utilizou Cucurbita como género tipo da família Cucurbitaceae, publicada na sua obra Genera Plantarum 393–394. 1789.[42]

Na classificação taxonómica de Jussieu (1789), Cucurbitaceae é uma ordem da classe Dicotyledones, Diclinae (flores unissexuadas), Apetalae (não tem corola), com os estames separados; isto é, em uma flor diferente dos pistilos. A ordem, no Sistema de Jussieu, inclui apenas 16 géneros.[43]

Entre os sinónimos taxonómicos para Cucurbitaceae Juss. nom. cons. contam-se: Bryoniaceae G.Mey., Nhandirobaceae T.Lestib. nom. illeg., Zanoniaceae Dumort. e Cyclantheraceae Lilja.

A classificação actual mais consensual é a baseada nas publicações do Angiosperm Philogeny Group (o APG), especialmente a descrição da família e a listagem dos seus géneros.[44] Uma lista das cucurbitáceas da Índia foi recentemente publicada.[45][46]

Classificação tribal editar

 
Abóboras numa competição.
 
Uma selecção de pepónios em exposição no Genebank, em Suwon (Coreia do Sul).
 
Exposição de abóboras e cabaças no Real Jardín Botánico de Madrid, com o título "Variedades de calabaza".

A classificação mais consensual das Cucurbitaceae estabelece a sua repartição por 15 tribos:[47][48]

Diversidade editar

A família Cucurbitaceae apresenta uma enorme diversidade de espécies e uma enorme diversidade morfológica, particularmente no que concerne ao fruto.[49][50][51][52] Como muitas espécies produzem frutos comestíveis, para além daquelas que são objecto de cultura comercial, existem centenas de cultivares que apenas têm expressão local, particularmente nas regiões tropicais. O géneros apresentados são apenas uma pequena amostra, pretendendo-se apenas demonstrar a variabilidade morfológica e de usos.

Género Luffa

O fruto de Luffa após amadurecer é um pixídio com mesocarpo fibroso.

Género Coccinia

A distribuição natural do género Coccinia está restrita ao continente africano, salvo uma espécie comestível, Coccinia grandis. O fruto de Coccinia matura numa baga avermelhada ou alaranjada desde o sector distal ao proximal.[20]

Género Trichosanthes

Os frutos de Trichosanthes são similares exteriormente a Coccinia (as sementes podem ser escuras), mas as suas espécies estão distribuídas pela Ásia tropical[53] e Australia[53] salvo Trichosanthes cucumerina var. anguina que se cultiva também en África. Para além das diferenças no fruto, apresenta pétalas tipicamente brancas e fimbriadas, de tubo floral alongado e fragantes, adaptados à polinização nocturna por lepidópteros.[54]

Dendrosicyos

A única árvore da família Cucurbitaceae é a espécie Dendrosicyos socotranus, um paquicaule que ganhou o hábito arborescente a partir do hábito trepador ancestral.[10] Em inglês a espécie é conhecida pelo nome comum de cucumber tree, a árvore do pepino, devido ao carácter de pepónio dos seus frutos. O ramos herbáceos são pendentes. Sobrevive como uma relíquia na ilha de Socotorá (frente à costa do Corno de África) mas é muito mais antiga que a própria ilha, pelo que se postula que anteriormente estivesse mais amplamente distribuída.[36]

Lista alfabética de géneros editar

Existem cerca de 975 espécies identificadas dentro das Cucurbitaceae que estão distribuídas em cerca de 95 a 100 géneros.[7][55]

Géneros e sua distribuição editar

 
Tribo Zanonieae: Gerrardanthus macrorhizus
 
Tribo Zanonieae: Xerosicyos danguyi
 
Tribo Joliffieae: Momordica charantia
 
Tribo Joliffieae: Telfairia pedata, ilustração
 
Tribo Bryonieae: Fruto de Ecballium elaterium
 
Tribo Trichosantheae: Frutos imaturos de Trichosanthes cucumerina
 
Tribo Trichosantheae: Trichosanthes kirilowii
 
Tribo Luffeae: Luffa aegyptiaca
 
Tribo Sicyeae: Cyclanthera brachystachya
 
Tribo Conianadreae: Kedrostis nana
 
Tribo Benincaseae: Benincasa pruriens
 
Tribus Benincaseae: Citrullus colocynthis
 
Tribo Benincaseae: Citrullus lanatus
 
Tribo Benincaseae: Um fruto exótico (de Cucumis metuliferus)
 
Tribo Benincaseae: Cabaça de Lagenaria siceraria
 
Tribo Cucurbiteae: Cucurbita moschata

As famílias filogeneticamente mais próximas das Cucurbitaceae no contexto da ordem Cucurbitales são as Begoniaceae, as Datiscaceae e as Tetramelaceae.[56] A seguinte listagem segue a classificação eleborada por Charles Jeffrey em 2005,[57] com as alterações que resultam dos trabalhos do APG:

Géneros no Brasil editar

No Brasil ocorrem cerca de 30 géneros distribuídos em todos os estados e em todos os domínios fitogeográficos: amazônia, caatinga, cerrado, mata atlântica, pampa e pantanal.[62] Os géneros presentes são os seguintes:

Apodanthera Gurania Pteropepon,
Cayaponia Helmontia Rytidostylis
Ceratosanthes Lagenaria Sechium
Citrullus Luffa Selysia
Cucumis Melothria Sicana
Cucurbita Melothrianthus Sicydium
Cyclanthera Momordica Sicyos
Echinocystis Posadaea Siolmatra
Echinopepon Pseudocyclanthera Tricosanthes
Fevillea Psiguria Wilbrandia

Referências editar

  1. Angiosperm Phylogeny Group (2009). «An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III». Botanical Journal of the Linnean Society. 161 (2): 105–121. doi:10.1111/j.1095-8339.2009.00996.x 
  2. PlantaBio Cornell: Cucurbitaceae.
  3. a b Christenhusz, M. J. M.; Byng, J. W. (2016). «The number of known plants species in the world and its annual increase». Phytotaxa. 261 (3): 201–217. doi:10.11646/phytotaxa.261.3.1 
  4. Schaefer H, Renner SS (2011). «Phylogenetic relationships in the order Cucurbitales and a new classification of the gourd family (Cucurbitaceae)». Taxon. 60 (1): 122–138. JSTOR 41059827. doi:10.1002/tax.601011. Consultado em 20 de março de 2017. Arquivado do original em 31 de janeiro de 2018 
  5. Schaefer H, Kocyan A, Renner SS (2007). «Phylogenetics of Cucumis (Cucurbitaceae): Cucumber (C. sativus) belongs in an Asian/Australian clade far from melon (C. melo. BMC Evolutionary Biology. 7: 58–69. PMC 3225884 . PMID 17425784. doi:10.1186/1471-2148-7-58 
  6. USDA, ARS, National Genetic Resources Program. Germplasm Resources Information Network - (GRIN) [Base de Datos en Línea]. National Germplasm Resources Laboratory, Beltsville, Maryland. URL: http://www.ars-grin.gov/cgi-bin/npgs/html/family.pl?1447 Arquivado em 29 de outubro de 2013, no Wayback Machine. (21 January 2014)
  7. a b «Angiosperm Phylogeny Website». mobot.org 
  8. Metcalf, R. L., Metcalf, R. A., & Rhodes, A. M. (1980). Cucurbitacins as kairomones for diabroticite beetles. Proceedings of the National Academy of Sciences, 77(7), 3769-3772. http://www.phytojournal.com/vol1Issue6/Issue_march_2013/26.pdf
  9. a b c d e f g h JUDD, Walter S. (2009). Sistemática Vegetal: Um enfoque filogenético. Porto Alegre: Artmed. pp. 396–398 
  10. a b Olson, M. E. (2003). Stem and leaf anatomy of the arborescent Cucurbitaceae Dendrosicyos socotrana with comments on the evolution of pachycauls from lianas. Plant Systematics and Evolution, 239(3-4), 199-214.
  11. a b SIMPSON, M. G. (2010). Plant Systematics. Amsterdam: Elsevier. pp. 341–343 
  12. a b WATSON, L. (2016). «The families of flowering plants: descriptions, llustrations, identification, and information retrieval». Consultado em 29 de janeiro de 2017 
  13. APWeb : Cucurbitaceae.
  14. Dieterle, JVA. 1976. Cucurbitaceae, gourd family. En: Nash, DL (ed.) 1976. Flora of Guatemala. Fieldiana: Botany Volume 24, Part XI, Number 4. Field Museum of Natural History. http://biodiversitylibrary.org/page/2451951
  15. Kubitzki, K. (ed.), The families and genera of vascular plants, vol. 10, Sapindales, Cucurbitales, Myrtaceae. Berlin: Springer.
  16. Matthews, M.L. y Endress, P.K. 2004. Comparative floral structure and systematics in Cucurbitales (Corynocarpaceae, Coriariaceae, Datiscaceae, Tetramelaceae, Begoniaceae, Cucurbitaceae, Anisophylleaceae). Bot. J. Linn. Soc. 145: 129–185.[ligação inativa]
  17. Zhang, L.-B., Simmons, M.P., Kocyan, A. y Renner, S.S. 2006. Phylogeny of the Cucurbitales based on DNA sequences of nine loci from three genomes: Implications for morphological and sexual system evolution. Molec. Phylog. Evol. 39: 305–322
  18. Zhang, L.-B., Simmons, M.P. y Renner, S.S. 2007. A phylogeny of Anisophylleaceae based on six nuclear and plastid loci: Ancient disjunctions and recent dispersal between South America, Africa, and Asia. Molec. Phylog. Evol. 44: 1057–1067
  19. «Cucurbits». Purdue University. Consultado em 26 de agosto de 2013 
  20. a b Holstein N (2015) Monograph of Coccinia (Cucurbitaceae). PhytoKeys 54: 1-166. doi: 10.3897/phytokeys.54.3285
  21. Revisions to Roland Brown's North American Paleocene Flora by Steven R. Manchester at Florida Museum of Natural History, University of Florida, Gainesville, Florida, USA. Published in Acta Musei Nationalis Pragae, Series B – Historia Naturalis, vol. 70, 2014, no. 3-4, pp. 153–210.
  22. APG 2016. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society 181, 1–20. DOI: 10.1111/boj.12385.
  23. Zhang, L.-B. [et al. 2006], Simmons, M. P., Kocyan, A., & Renner, S. S. 2006. Phylogeny of the Cucurbitales based on DNA sequences of nine loci from three genomes: Implications for morphological and sexual system evolution. Mol. Phyl. Evol. 39: 305-322.
  24. Schaefer y Renner. 2011. Phylogenetic relationships in the order Cucurbitales and a new classification of the gourd family (Cucurbitaceae). Taxon 60
  25. Klaus Kubitzki (general editor). 1990-2015. The Families and Genera of Vascular Plants Springer-Verlag: Berlin;Heidelberg, Germany.
  26. Matthews ML, Endress PK (2004). «Comparative floral structure and systematics in Cucurbitales (Corynocarpaceae, Coriariaceae, Tetramelaceae, Datiscaceae, Begoniaceae, Cucurbitaceae, Anisophylleaceae)». Botanical Journal of the Linnean Society. 145 (2): 129–185. doi:10.1111/j.1095-8339.2003.00281.x 
  27. Schaefer H, Renner SS (2011). «Phylogenetic relationships in the order Cucurbitales and a new classification of the gourd family (Cucurbitaceae)». Taxon. 60 (1): 122–138. JSTOR 41059827. doi:10.1002/tax.601011. Consultado em 20 de março de 2017. Arquivado do original em 31 de janeiro de 2018 
  28. a b Zhang L-B, Simmons MP, Kocyan A, Renner SS (2006). «Phylogeny of the Cucurbitales based on DNA sequences of nine loci from three genomes: Implications for morphological and sexual system evolution». Molecular Phylogenetics and Evolution. 39 (2): 305–322. PMID 16293423. doi:10.1016/j.ympev.2005.10.002 
  29. Soltis DE, Gitzendanner MA, Soltis PS (2007). «A 567-taxon data set for angiosperms: The challenges posed by Bayesian analyses of large data sets». International Journal of Plant Sciences. 168 (2): 137–157. JSTOR 509788. doi:10.1086/509788 
  30. Schaefer H, Heibl C, Renner SS (2009). «Gourds afloat: A dated phylogeny reveals an Asian origin of the gourd family (Cucurbitaceae) and numerous oversea dispersal events». Proc Royal Soc B. 276 (1658): 843–851. PMC 2664369 . PMID 19033142. doi:10.1098/rspb.2008.1447 
  31. Filipowicz N, Renner SS (2010). «The worldwide holoparasitic Apodanthaceae confidently placed in the Cucurbitales by nuclear and mitochondrial gene trees». BMC Evolutionary Biology. 10. 219 páginas. PMC 3055242 . PMID 20663122. doi:10.1186/1471-2148-10-219 
  32. Bell CD, Soltis DE, Soltis PS (2010). «The age and diversification of the angiosperms re-revisited». Am J Bot. 97 (8): 1296–1303. PMID 21616882. doi:10.3732/ajb.0900346 
  33. a b Renner SS, Schaefer H (2016). «Phylogeny and evolution of the Cucurbitaceae». In: Grumet R, Katzir N, Garcia-Mas J. Genetics and Genomics of Cucurbitaceae. Col: Plant Genetics and Genomics: Crops and Models. 20. New York, NY: Springer International Publishing. pp. 1–11. ISBN 978-3-319-49330-5. doi:10.1007/7397_2016_14 
  34. Jeffrey, C., 2005. A new system of Cucurbitaceae. Bot. Zhurn. 90, 332–335.
  35. KOCYAN, Alexander et al. A multi-locus chloroplast phylogeny for the Cucurbitaceae and its implications for character evolution and classification. Molecular Phylogenetics And Evolution, v. 44, n. 2, p.553-577, ago. 2007. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.ympev.2006.12.022.
  36. a b Schaefer, H.; Heibl, C; Renner, S (2009). «Gourds afloat: a dated phylogeny reveals an Asian origin of the gourd family (Cucurbitaceae) and numerous oversea dispersal events.». Proceedings of the Royal Society B. 276 (1658): 843–851. PMC 2664369 . PMID 19033142. doi:10.1098/rspb.2008.1447 
  37. Zhang L-B, Simmons MP, Kocyan A, Renner SS (2006). «Phylogeny of the Cucurbitales based on DNA sequences of nine loci from three genomes: Implications for morphological and sexual system evolution» (PDF). Molecular Phylogenetics and Evolution. 39 (2): 305–322. PMID 16293423. doi:10.1016/j.ympev.2005.10.002 
  38. Schaefer H, Heibl C, Renner SS (2009). «Gourds afloat: A dated phylogeny reveals an Asian origin of the gourd family (Cucurbitaceae) and numerous oversea dispersal events». Proc Royal Soc B. 276 (1658): 843–851. PMC 2664369 . PMID 19033142. doi:10.1098/rspb.2008.1447. Cópia arquivada (PDF) em 27 de fevereiro de 2017 
  39. de Boer HJ, Schaefer H, Thulin M, Renner SS (2012). «Evolution and loss of long-fringed petals: A case study using a dated phylogeny of the snake gourds, Trichosanthes (Cucurbitaceae)». BMC Evolutionary Biology. 12. 108 páginas. PMC 3502538 . PMID 22759528. doi:10.1186/1471-2148-12-108 
  40. Belgrano MJ (2012). Estudio sistemático y biogeográfico del género Apodanthera Arn. (Cucurbitaceae) [Systematic and biogeographic study of the genus Apodanthera Arn. (Cucurbitaceae)] (Ph.D.). Universidad Nacional de La Plata 
  41. Bailey, L.H. 1929. The Domesticated Cucurbitas. The Linnean Conception of Cucurbita. Gentes Herbarum II (ii)
  42. «Cucurbitaceae». Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. Consultado em 21 de janeiro de 2014 
  43. JUSSIEU, Antoine Laurent de (1789). «Ordem Cucurbitaceae em "Genera Plantarum, secundum ordines naturales disposita juxta methodum in Horto Regio Parisiensi exaratam» 
  44. Schaeffer & Renner (2011), "Phylogenetic relationships in the order Cucurbitales and a new classification of the gourd family (Cucurbitaceae)", Taxon 60 (1), February 2011: 122–138.
  45. Renner SS, Pandey AK (2012) The Cucurbitaceae of India: Accepted names, synonyms, geographic distribution, and information on images and DNA sequences. PhytoKeys 20: 53, doi: 10.3897/phytokeys.20.3948
  46. Pensoft Editorial Team - Nota de 20 de março de 2013: "New checklist brings information about Cucurbitaceae up to date".
  47. Schaefer H, Renner SS (2011). «Phylogenetic relationships in the order Cucurbitales and a new classification of the gourd family (Cucurbitaceae)». Taxon. 60 (1): 122–138. JSTOR 41059827. doi:10.1002/tax.601011. Consultado em 20 de março de 2017. Arquivado do original em 31 de janeiro de 2018 
  48. Schaefer H, Kocyan A, Renner SS (2007). «Phylogenetics of Cucumis (Cucurbitaceae): Cucumber (C. sativus) belongs in an Asian/Australian clade far from melon (C. melo. BMC Evolutionary Biology. 7: 58–69. PMC 3225884 . PMID 17425784. doi:10.1186/1471-2148-7-58 
  49. Schaefer, H. y Renner, S.S. 2011. Cucurbitaceae. Pp. 112–174 en: Kubitzki, K. (ed.), The families and genera of vascular plants, vol. 10, Sapindales, Cucurbitales, Myrtaceae. Berlin: Springer.
  50. L. Watson y M. J. Dallwitz (1992 en adelante) Cucurbitaceae. http://delta-intkey.com/angio/www/cucurbit.htm En: The familis of flowering plants http://delta-intkey.com/angio/index.htm
  51. Stevens, P. F. (2001-2012). Cucurbitaceae http://www.mobot.org/MOBOT/research/apweb/orders/cucurbitalesweb.htm#Cucurbitaceae En: Angiosperm Phylogeny Website. Version 12, July 2012 [and more or less continuously updated since]. http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/
  52. Robinson, R. W., & Decker-Walters, D. S. (1997). Cucurbits. Cab international.
  53. a b c Kumar, N., Singh, S., Manvi, & Gupta, R. (2012). Trichosanthes dioica Roxb.: An overview. Pharmacognosy Reviews, 6(11), 61–67. http://doi.org/10.4103/0973-7847.95886
  54. Hugo J de Boer, Hanno Schaefer, Mats Thulin and Susanne S Renner (2012) Evolution and loss of long-fringed petals: a case study using a dated phylogeny of the snake gourds, Trichosanthes (Cucurbitaceae). BMC Evolutionary Biology 2012 12:108 DOI: 10.1186/1471-2148-12-108 http://bmcevolbiol.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2148-12-108
  55. The Plant List (2013). «Cucurbitaceae». Consultado em 24 de janeiro de 2017 
  56. Li-Bing Zhang, Mark P. Simmons, Alexander Kocyan, Susanne S. Renner: Phylogeny of the Cucurbitales based on DNA sequences of nine loci from three genomes: Implications for morphological and sexual system evolution. In: Molecular Phylogenetics and Evolution. Band 39, 2006, S. 305–322. doi:10.1016/j.ympev.2005.10.002
  57. Charles Jeffrey: A new System of Cucurbitaceae. In: Botanicheskii Zhurnal. vol. 90, 2005, p. 332–335.
  58. Josef Domes: Momordica-Traktat. In: Verfasserlexikon, VI, Sp. 645 f.
  59. Josef Domes, Gundolf Keil: Der ‚Momordica-‘ oder ‚Balsamöl-Traktat‘. Ein Beispiel für die Indikationsübertragung vom Erdöl auf den Jerusalemsapfel. In: Gundolf Keil (Hrsg.): „Ein teutsch puech machen“. Untersuchungen zur landessprachlichen Vermittlung medizinischen Wissens. (= Ortolf-Studien. 1 ; = Wissensliteratur im Mittelalter. 11). Reichert, Wiesbaden 1993, ISBN 3-88226-539-6, p. 480–498.
  60. Hanno Schaefer, Ian R. H. Telford, Susanne S. Renner: Austrobryonia (Cucurbitaceae), a New Australian Endemic Genus, is the Closest Living Relative to the Eurasian and Mediterranean Bryonia and Ecballium. In: Systematic Botany. Band 33, 2008, p. 125–132. (Volltext; pdf; 456 kB)
  61. Hanno Schaefer: Cucumis (Cucurbitaceae) must include Cucumella, Dicoelospermum, Mukia, Myrmecosicyos, and Oreosyce: a recircumscription based on nuclear and plastid DNA data. In: Blumea. Band 52, 2007, S. 165–177. (online)
  62. Flora do Brasil 2020 em construção. «Cucurbitaceae». Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Consultado em 24 de janeiro de 2017 

Bibliografia editar

  • Whitaker, T. W., & Davis, G. N. 1962. Cucurbits. Botany, Cultivation, and Utilization. London Leonard Hill [Books] Limited. Interscience Publishers, Inc. New York.
  • Robinson, R. W., & Decker-Walters, D. S. (1997). Cucurbits. Cab international.
  • Bates D, Robinson R, Jeffrey C, eds. (1990). Biology and Utilization of the Cucurbitaceae. [S.l.]: Cornell University Press. ISBN 978-0-8014-1670-5 
  • Jeffrey C. (2005). «A new system of Cucurbitaceae». Bot. Zhurn. 90: 332–335 

Galeria editar

Ligações externas editar

 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Cucurbitaceae
 
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Cucurbitaceae
 
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Cucurbitaceae