Déa Fenelon

Historiadora brasileira
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Déa Ribeiro Fenelon (Minas Gerais, 193320 de abril de 2008) foi uma historiadora brasileira. Desenvolveu estudos e publicou sobre história do trabalho, memória cultural e estudo da história.[1]

Déa Fenelon
Déa Fenelon
Nascimento 1933
Brasil
Morte 20 de abril de 2008
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação historiadora, professora universitária

Formação editar

Graduou-se e doutorou-se em História pela Universidade Federal de Minas Gerais, respectivamente em 1961 e 1973. Recebeu títulos de especialização em história pela Duke University (1964) e pela Johns Hopkins University (1970).[1]

Carreira editar

Nas décadas de 1970 e 1980, lecionou em diversas universidades brasileiras, como a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP) e a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).[1]

Na gestão de Luiza Erundina (1989-1993) na Prefeitura de São Paulo, foi presidenta do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH). Atuou para melhorar o ensino de história em escolas públicas de São Paulo e valorizar os professores dessa disciplina, especialmente pela Associação Nacional de História (ANPUH), cuja reunião de fundação participou.[1][2] Sua atuação no DPH caracterizou-se por uma política de vinculação entre memória cultural e cidadania, desenvolvendo o conceito de "direito à memória".[3] É considerada uma das principais contribuidoras da preservação do patrimônio histórico da cidade de São Paulo.[4]

Suas áreas de atuação enquanto historiadora foram: História Moderna, História Contemporânea, História do Brasil, Teoria e Filosofia da História, História do Trabalho, Historia da Cultura.

Sobre a trajetória de Fenelon, o historiador Paulo Roberto de Almeida, da Universidade Federal de Uberlândia, declarou: "Déa Fenelon é uma daquelas pessoas que podemos definir como uma mulher do seu tempo, cujo legado jamais será esquecido. Lutou e viveu intensamente em muitas frentes, na universidade, na administração pública e na militância política cotidiana".[5]

Déa Fenelon foi homenageada pela ANPUH por sua carreira acadêmica e politica. A partir de 2021 a instituição premia em seu nome membros da instituição que alcançaram grandes feitos dentro do campo do Ensino de História.[6]

Publicações editar

  • 50 textos de história do Brasil (1974)
  • A Guerra Fria (1983)
  • Fontes para a história da industrialização no Brasil, 1889-1945 (1983)
  • Diagnóstico e avaliação dos cursos de história no Brasil (1985)
  • Sociedade e trabalho na história (1986), organizadora
  • Cidades (1999), organizadora

Referências

  1. a b c d «Déa Fenelon - Revista de História». revistadehistoria.com.br. Consultado em 13 de janeiro de 2017 
  2. Miglio, Ilka (1 de janeiro de 2008). «Entrevista com Doutora Déa Ribeiro Fenelon». Revista Cadernos do Ceom. 21 (29): 283–308. ISSN 2175-0173 
  3. Silva, Regina Helena Alves da (29 de agosto de 2009). «Pra não morrer... é só amarrar o tempo no poste: memória e patrimônio». Revista História & Perspectivas (em inglês). 1 (40). ISSN 2176-4352 
  4. «Você sabe quem são as mulheres do patrimônio histórico? – Patrimonio Histórico». patrimoniohistorico.prefeitura.sp.gov.br. Consultado em 13 de janeiro de 2017. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2017 
  5. Almeida, Paulo Roberto de (29 de agosto de 2009). «Déa Fenelon, o historiador e a cultura popular. Um debate sobre crises, rupturas e desafios». Revista História & Perspectivas (em inglês). 1 (40). ISSN 2176-4352 
  6. «RESULTADO DO PRÊMIO DÉA FENELON». anpuh.org.br. Consultado em 14 de abril de 2022