Dark web intelectual

A intellectual dark web (abreviação: IDW) é um grupo vagamente definido e informal de acadêmicos e comentaristas que fazem oposição à predominância de ideias oriundas de política identitária, politicamente correto e cultura do cancelamento no ensino superior e na mídia dos países ocidentais. Quanto ao espectro político, seus membros são oriundos tanto da esquerda como da direita.

O nome "intellectual dark web" foi cunhado pelo investidor norte-americano Eric Weinstein. Quando concebido, a ideia era tratá-lo como uma metáfora, comparando a oposição à opinião dominante às práticas ilícitas encontradas na dark web. Ganhou notoriedade em 2018, num editorial do New York Times escrito por Bari Weiss.[1] Weiss e outros autores definiram como membros da IDW uma grande variedade de pessoas de boa parte do espectro político, incluindo conservadores (Ben Shapiro e Douglas Murray), liberais (Maajid Nawaz e Sam Harris) e feministas (Ayaan Hirsi Ali). Também costuma ser associado à publicações online com tendências libertárias, como a Quillette.

Os autores e publicações vinculados à IDW demonstram preocupação com a inclinação para o autoritarismo existente em movimentos progressistas nos países ocidentais, o que inclui tentativas de censurar, boicotar ou intimidar quem manifeste posicionamentos contrários às visões progressistas, sobretudo nas universidades e na mídia. Eles geralmente associam essa tendência ao crescimento da influência dos movimentos vinculados à teoria crítica e justiça social — por sua vez influenciados pelo marxismo e pelo pós-modernismo — nas principais correntes do pensamento progressista, ameaçando a liberdade de expressão e favorecendo a divisão da sociedade em tribos (tribalismo). Embora compartilhem de certos ideais, seus membros costumam divergir em outras questões, carecendo de qualquer liderança ou organização central. Dada essa diversidade de pensamento, a validade do termo foi criticada por alguns daqueles que foram rotulados como seus membros.

As principais críticas das ideias associadas à IDW provêm principalmente de autores progressistas, que argumentam que a IDW visa legitimar intelectualmente as desigualdades sociais e superestima os danos causados por fenômenos como a cultura do cancelamento e políticas identitárias. Alguns críticos também alegam laços entre o IDW e movimentos de extrema direita como a alt-right, embora várias figuras da IDW tenham se manifestado contra a ideologia de extrema direita.

Indivíduos associados editar

Em um editorial do New York Times, Bari Weiss listou as seguintes pessoas como associadas da intellectual dark web:[1][2]

Ver também editar

Referências

  1. a b Weiss, Bari (8 de maio de 2018). «Meet the Renegades of the Intellectual Dark Web». The New York Times. New York Times. Consultado em 22 de junho de 2021. Cópia arquivada em 31 de janeiro de 2020 
  2. Lester, Amelia (novembro de 2018). «The Voice of the 'Intellectual Dark Web'». Politico. Consultado em 12 de novembro de 2018. Cópia arquivada em 12 de novembro de 2018