Defesa da fortaleza de Brest

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A defesa da Fortaleza de Brest ocorreu entre 22 e 30 de junho de 1941, e foi uma das primeiras batalhas da Operação Barbarossa, durante a Segunda Guerra Mundial. A Fortaleza de Brest foi defendida pelo Exército Vermelho soviético contra a Wehrmacht da Alemanha nazista, durante um período mais longo do que esperado, e se tornou um símbolo da resistência soviética durante a chamada 'Grande Guerra Patriótica', juntamente com a as batalhas de Moscou, Leningrado e Stalingrado, que desencadearam o início do fim da máquina de guerra nazista. Em 1956 a fortaleza recebeu o título de Fortaleza Heroína pela sua defesa de 1941.

Batalha de Brest
Front Oriental da Segunda Guerra Mundial

O front oriental durante o período da Batalha de Brest.
Data 22–30 de junho[a] de 1941
Local Brest, União Soviética
Desfecho Vitória alemã
Beligerantes
Alemanha Nazista Alemanha União Soviética
Comandantes
Alemanha Nazista Fritz Schlieper diversos, entre eles Pyotr Gavrilov, Ivan Zubachyov e Yefim Fomin (23 de junho-30)[1] [b]
Forças
de 17.000 a 20.000[2] 3.000[2] -7.000-8.000[3] [c]
Baixas
429 mortos, 668 feridos[3] Aproximadamente 7000 mortos e 400 capturados[3]

Contexto editar

A região em torno da Fortaleza de Brest, do século XIX, foi o sítio onde ocorreu a Batalha de Brześć Litewski, em 1939, quando as forças alemãs a capturaram da Polônia durante a Campanha Polonesa de Setembro. No entanto, de acordo com os termos do Pacto de Não-Agressão Soviético-Alemão de 1939, o território em torno de Brest, assim como 52% do território da Polônia na época, foi designado à União Soviética.[3] Assim, no verão de 1941, os alemães se viram forçados a capturar a fortaleza novamente - desta vez, dos soviéticos.

Os alemães planejavam capturar Brest e a fortaleza, que se localizava no caminho do Grupo de Exércitos do Centro, durante as primeiras horas da Operação Barbarossa. A fortaleza e a cidade controlavam os pontos de travessia do rio Bug, bem como a rodovia e a ferrovia que ligavam Moscou a Varsóvia, capital da Polônia.

Notas editar

a ^ Embora a resistência organizada tenha cessado em 30 de junho, pequenos bolsões de resistência no subsolo da fortaleza perduraram por semanas.

b ^ Pleshakov comenta (p. 242): "With the exception of Gavrilov [commander of the 44th Infantry Regiment], all the commanders of the troops were self-appointed. On the morning of 22 June, rank ceased to matter, and whoever was able to issue a sane order and persuade others to carry it out was acknowledged as a leader." ("Com exceção de Gravrilov [comandante do 44º Regimento de Infantaria], todos os comandantes das tropas haviam sido apontados por si próprios. Na manhã de 22 de junho, as patentes militares deixaram de importar, e quem quer que soubesse dar uma ordem sã e convencer os outros a segui-la era reconhecido como líder.")

c ^ Pleshakov comenta (p. 242): "It is unclear to this day how many people remained inside the fortress on the morning of 22 June, but it was probably about three and a half thousand". ("Não está claro até hoje quantas pessoas ainda estavam dentro da fortaleza na manhã de 22 de junho, mas provavelmente era algo como três mil e quinhentos.") Assim, o número de 7.000-8.000 provavelmente se refere a toda a guarnição, antes que partes dela tivessem conseguido escapar para fora da fortaleza, e tivessem sido derrotados ou forçados a recuar para fora de Brest.

Referências

  1. Constantine Pleshakov, Stalin's Folly: The Tragic First Ten Days of World War II on the Eastern Front, Houghton Mifflin Books, 2005, ISBN 0618367012, Google Print, p.243
  2. a b Geoffrey Roberts, Stalin's Wars: From World War to Cold War, 1939-1953 , ISBN 0300112041, Yale University Press, 2006, Google Print, p.87
  3. a b c d Robert Kirchubel, Operation Barbarossa 1941 (3): Army Group Center, Osprey Publishing, 2007, ISBN 1846031079, Google Print, p.44

Bibliografia editar

Ligações externas editar