Demétrio I da Macedónia

Demétrio I (337 a.C.283 a.C.), cognominado Poliórcetes, filho de Antígono I Monoftalmo e Estratonice, foi um rei da Macedônia (294288 a.C.). Ele pertenceu à dinastia antigônida.

Demétrio I da Macedónia
Demétrio I da Macedónia
Nascimento 336 a.C.
Morte 283 a.C. (52–53 anos)
Apameia
Sepultamento Demétrias
Cidadania Macedónia Antiga
Progenitores
Cônjuge Ptolemaida, Fila, Eurydice of Athens, Deidamia, Lanassa
Filho(a)(s) Demétrio, o Belo, Antígono II Gónatas, Estratonice, Demétrio, Alexandre, Corrago, Fila
Irmão(ã)(s) Filipe
Ocupação político
Título rei

Família

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Sua mãe se chamava Estratonice, filha de Correu (Corrhagus); ela foi casada com Demétrio, irmão de Antígono Monoftalmo, e, após a morte de Demétrio, se casou com Antígono.[1]

Demétrio Poliórcetes seria filho de Estratonice e Antígono, ou, segundo algumas versões, filho de Estratonice e Demétrio - neste caso, Demétrio, o irmão de Antígono, teria morrido quando Demétrio Poliórcetes era muito jovem, e Estratonice logo se casou com Antígono, que adotou o sobrinho como filho.[1] Outro tio de Demétrio Poliórcetes foi Márcias de Pela, irmão de Antígono Monoftalmo.[2]

Filipe foi outro filho de Estratonice e Antígono, e ganhou o nome do pai de Antígono.[1] Filipe, porém, morreu antes de Antígono, deixando Demétrio como o único herdeiro.[3]

Antes de ser rei

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Demétrio tinha uma grande afeição tanto por seu pai quanto por sua mãe; conforme uma anedota contada por Plutarco, uma vez Antígono recebia embaixadores estrangeiros, e Demétrio, vindo de uma caçada, chegou e cumprimentou o pai, mantendo as armas da caçada. Antígono comentou então com os embaixadores para observar a relação dele com o filho, indicando que a harmonia e a confidência mútua eram causas da força e segurança do reino. Dos sucessores de Alexandre, apenas os descendentes de Antígono não viram conflitos entre pai e filho por várias gerações, até a época de Filipe V da Macedônia, que executou o próprio filho. O que era comum nas outras famílias, o assassinato de filhos, mães e esposas, não ocorreu na dinastia antigônida, os únicos crimes sendo o fratricídio que, ainda segundo Plutarco, são quase como um postulado da geometria, uma necessidade para garantir a segurança do príncipe herdeiro.[4]

Quando houve a fragmentação do império construído por Alexandre e seu pai Antígono foi atacado, no quarto ano da 119a olimpíada, Demétrio escapou, fugindo para Éfeso.[5]

Após a morte de Pérdicas, Ptolemeu, que receberia mais tarde o epíteto de Sóter, conquistou a Síria e a Fenícia, recebeu Seleuco, filho de Antíoco, que tinha sido exilado por Antígono Monoftalmo, e se aliou a Cassandro, filho de Antípatro, e Lisímaco, que governava a Trácia, para fazerem frente a Antígono Monoftalmo, por pressentir que o poder de Antígono era perigoso a todos.[6]

Antígono se preparou para a guerra, e tomou a iniciativa quando houve uma revolta na Cirenaica que fez com que Ptolemeu tivesse que voltar-se para a Líbia. A Síria e a Fenícia foram reconquistadas, e entregues a Demétrio, cujos feitos durante a juventude haviam-lhe dado a fama de ter bom juízo, enquanto Antíoco se dirigiu ao Helesponto. Porém, após Demétrio ter sido derrotado por Ptolemeu, Antígono desistiu de cruzar o estreito, e voltou. Demétrio ainda surpreendeu um corpo de egípcios, e, com a chegada de Antígono, Ptolemeu voltou ao Egito.[7]

Ao final do inverno, Demétrio atacou Chipre e derrotou Menelau, sátrapa de Ptolemeu, e, em seguida, o próprio Ptolemeu, que veio trazer ajuda. Ptolemeu fugiu para o Egito, e foi cercado por terra e mar, respectivamente por Antígono e Demétrio. Apesar da desvantagem, Ptolomeu conseguiu resistir em Pelúsio, e Antígono desistiu de tentar conquistar o Egito. Antígono enviou Demétrio contra Rodes com uma grande frota, porém os habitantes mostraram engenhosidade e coragem diante do cerco, enquanto Ptolemeu os ajudou com todas armas à sua disposição.[8]

Antígono, tendo falhado em conquistar o Egito e Rodes, lutou em seguida contra os exércitos de Cassandro, Lisímaco e Seleuco, e perdeu a maioria de suas forças, que já estavam debilitadas pela longa guerra contra Eumenes, e morreu na batalha.[9]

Reinado

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Ele reinou por dezessete anos, incluindo os dois anos, a partir do primeiro ano da 120a olimpíada, em que ele reinou junto com seu pai.[5]

Demétrio foi considerado um rei muito violento, e era muito hábil na guerra de sítio, sendo conhecido pelo epíteto de Poliórcetes, o sitiador de cidades.[5]

Fim do reinado

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No quarto ano da 123a olimpíada, ele foi capturado por Seleuco I Nicátor, e enviado à Cilícia, onde foi mantido em custódia em uma maneira apropriada para um rei.[5] Quando Seleuco capturou Demétrio, que estava escondido em Rhosus, cidade que havia sido fundada por Cílix, filho de Agenor, encontrou, com ele, sua filha Estratonice, que era muito bonita, e se apaixonou por ela.[10]

Morreu no quarto ano da 124a olimpíada.[5]

Casamentos e filhos

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Demétrio se casou várias vezes, tendo várias esposas ao mesmo tempo,[11] e teve vários filhos.

Ver também

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Referências

  1. a b c Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio (Poliórcetes), 2.1
  2. Plutarco, Moralia, Frases de Reis e Comandantes, Antígono Monoftalmo [em linha]
  3. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio (Poliórcetes), 2.2
  4. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio (Poliórcetes), 3.1-5
  5. a b c d e Eusébio de Cesareia, Crônica, 94, Os Reis da Ásia Menor depois da morte de Alexandre, o Grande
  6. Pausânias, Descrição da Grécia, 1.6.4 [em linha]
  7. Pausânias, Descrição da Grécia, 1.6.5
  8. Pausânias, Descrição da Grécia, 1.6.6
  9. Pausânias, Descrição da Grécia, 1.6.7
  10. a b João Malalas, Cronografia, Livro VIII [em linha]
  11. a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 14.2
  12. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 14.1
  13. a b c d e f g Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 53.4
  14. Eusébio de Cesareia, Crônica, 95, Os Reis da Ásia Menor depois da morte de Alexandre, o Grande
  15. Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 25.2
  16. a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 46.3
  17. a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Demétrio, 32.3