Meshuggah é uma banda sueca de metal extremo experimental que está em atividade desde 1987. A banda é conhecida pelo uso de passagens polimétricas, compassos complexos, andamentos atípicos, riffs angulares com sonoridade dissonante, ambientes em acordes dissonantes, vocais agressivos e mesmo falados. O Meshuggah ganhou uma maior notoriedade desde o final da década de 2000 por ser uma das bandas mais precursoras e influentes para a emergente cena djent.[4]

Meshuggah
Meshuggah
O Meshuggah em performance na Austrália em 2008.
Informação geral
Origem Uma
País Suécia
Gênero(s)
Período em atividade 1987 – Atualmente
Gravadora(s) Nuclear Blast
Integrantes Fredrik Thordendal
Jens Kidman
Tomas Haake
Mårten Hagström
Dick Lövgren
Ex-integrantes Niklas Lundgren
Peter Nordin
Gustaf Hielm
Página oficial meshuggah.net

História editar

 
O Meshuggah em performance na Austrália em 2008.

O Meshuggah foi formado em Uma, na Suécia, em 1987. Em 1989 foi lançado o EP Meshuggah, também conhecido como Psykisk Testblind (traduzido fracamente como teste de imagem psicológico, talvez uma referência ao método psicológico Rorschach). Este EP mostra uma influência muito forte de thrash metal e de death metal, principalmente de bandas como Dismember e Dark Angel.

Nos álbuns Contradictions Collapse (1991) e Destroy Erase Improve (1995) tem início as experimentações com elementos de progressive metal e de jazz fusion.

Nos álbuns Chaosphere (1998) e Nothing (2002) a banda se fixa na roupagem experimental, misturando elementos de death metal, jazz fusion e progressive metal. Desde o lançamento do álbum Nothing, a banda mudou das guitarras de 7 cordas para as guitarras de 8 cordas, afinadas abaixo da afinação padrão. A banda tocou na edição de 2002 do Ozzfest por indicação de Jack Osbourne, filho de Ozzy Osbourne, que é fã da banda. A música Soul Burn do álbum Destroy Erase Improve é posta a tocar em um dos episódios da série The Osbournes.[5]

Em 2003 o vocalista Jens Kidman fez uma participação especial na música The Dream Is Over do álbum XIII, da banda Mushroomhead.[6]

No álbum Catch Thirtythree, lançado em 2005, o baterista Tomas Haake utiliza uma bateria programada chamada Drumkit From Hell, que é um catálogo de baterias pré-gravadas feitas pela Toontrack com as baterias de Morgan Ågren e do próprio Tomas Haake.[7][8] Haake diz que com isso as batidas se tornam um reforço a mais para a criatividade da banda. Os demais membros da banda disseram que essa ferramenta foi utilizada devido ao pouco tempo dado pela gravadora para produção desse álbum. Catch Thirtythree colocou a banda pela primeira vez nas paradas da Billboard 200, aparecendo na posição 170.[9]

O álbum obZen (2008) retoma a extrema agressividade da banda, sem eliminar a sofisticação técnica e a experimentação pela qual a banda é reconhecida. A banda continuou escalando posições, dessa vez colocando obZen na posição 59 da Billboard 200.[9]

Em 2012 o ex-baterista do Dream Theater, Mike Portnoy, disse ser um enorme fã da banda, e durante a gravação de seus álbuns diz sempre escutá-la para inspirar-se.[10][11]

O primeiro show do Meshuggah no Brasil ocorreu no dia 16 de novembro de 2013. O show de abertura contou com a abertura do Third Ear.[12]

Reconhecimento musical editar

 
O guitarrista Fredrik Thordendal em performance em Praga, República Tcheca, em 2008.

O Meshuggah começou a entrar no mainstream com o lançamento dos seus primeiros álbuns, com a sua fusão de thrash metal, death metal e metal progressivo, e ainda com elementos de jazz fusion, o que em pouco tempo fez o Meshuggah conhecido com o seu estilo musical complexo, inovador, ousado, com estruturas polimétricas e polirrítmicas, o que a tornou bastante reconhecida na música heavy metal experimental e progressiva. Nos últimos anos, principalmente após a metade da década de 2000, a banda começou a ganhar grande atenção e respeito no emergente estilo e movimento djent, nos quais o Meshuggah é uma das bandas precursoras, senão a maior de todas elas, ainda senão a que de fato definiu o djent. A banda ainda foi rotulada como uma das 10 bandas mais importantes do heavy metal pela revista Rolling Stone[13] e a mais importante banda no metal pela Alternative Press.

Membros editar

 
O guitarrista Mårten Hagström com sua guitarra de oito cordas em Bologna, Itália, em 2008.

Membros atuais editar

Ex-membros editar

  • Gustaf Hielm – Baixo (1995 – 2001, Ao Vivo/Sessão 1995 – 1998)
  • Peter Nordin – Baixo, Vocal de Apoio (1987 – 1995)
  • Niklas Lundgren – bateria (1987 – 1989)

Linha do tempo editar

Discografia editar

Bandas similares editar

Ver também editar

Referências

  1. «Tool, Jack Osbourne Patronage Pays Off For Meshuggah». MTV News (em inglês) 
  2. «MusicMight :: Artists :: MESHUGGAH». 18 de dezembro de 2008. Consultado em 11 de agosto de 2018 
  3. «Nuclear Blast America». 10 de maio de 2008. Consultado em 11 de agosto de 2018 
  4. «got-djent.com - Bands by popularity». got-djent.com. Consultado em 8 de setembro de 2015. Arquivado do original em 9 de outubro de 2015 
  5. «ozzfest history». Consultado em 26 de junho de 2019 
  6. «MESHUGGAH Singer Guests On New MUSHROOMHEAD Album». Consultado em 26 de junho de 2019 
  7. «A MODERN CLASSIC». Consultado em 26 de junho de 2019 
  8. «Metal Foundry SDX (with presets by Hevy Devy and Meshuggah)». Consultado em 26 de junho de 2019 
  9. a b Billboard. «Chart History». Consultado em 26 de junho de 2019 
  10. Whiplash.net. «Portnoy: "queria explorar coisas que não soassem como o DT"». Consultado em 26 de junho de 2019 
  11. «Mike's Likes/Dislikes/Favorites/Opinions - Musicians/Bands/Albums/Music». Consultado em 26 de junho de 2019 
  12. «Meshuggah - Abertura: Third Ear». Consultado em 26 de junho de 2019 
  13. Rolling Stone. «Metal: The Next Generation». Consultado em 26 de junho de 2019 

Ligações externas editar