Diamantino Tojal
António Diamantino Francisco Tojal OMAI (Lisboa, 24 de Janeiro de 1897 ou 1898 - 23 de Fevereiro de 1958), foi um empresário, construtor civil e miniaturista português.[1]
| Diamantino Tojal | |
|---|---|
| Nome completo | António Diamantino Francisco Tojal |
| Nascimento | 24 de Janeiro de 1897 ou 1898 |
| Morte | 23 de Fevereiro de 1958 |
| Causa da morte | Suicídio |
| Nacionalidade |  Portugal
|
| Ocupação | Empresário e artista |
| Prémios | Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial |
Biografia editar
Nascimento e formação editar
Nasceu em 1898.[2] Concluiu um curso do Instituto Industrial de Lisboa, e fez depois a especialização na Alemanha.[1]
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Carreira profissional editar
Após regressar da Alemanha, iniciou desde logo a sua carreira como construtor civil, tendo um dos seus primeiros trabalhos sido o aprofundamento dos Armazéns Grandela, no lado da Rua do Carmo.[3] Foi responsável por várias grandes obras em todo o país, incluindo o Instituto Português de Oncologia (hoje com o nome de Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil), o estúdio da Tobis Portuguesa, o Manicómio Júlio de Matos,o Seminário Patriarcal de Cristo-Rei (conhecido como Seminário dos Olivais), as igrejas de Rosário de Fátima (Lisboa), a São João de Deus (Lisboa), São João de Brito (Lisboa) e de Santo António (Moscavide), a Casa de Repouso dos Inválidos do Comércio, a piscina e o cinema do clube Sport Algés e Dafundo,[4] a Creche do Dr. Manuel António Moreira Júnior, no Alto do Varejão, e o Hotel Ritz.[5] Também foi responsável por muitas moradias particulares, e outras construções.[1]
Também foi um artista, tendo transformado a sua habitação, na Vila Berta, num Museu.[3] Como miniaturista, distinguiu-se com a miniatura da Procissão do Corpo de Deus.[3], exposta em Lisboa, no Palácio Galveias, em Outubro de 1948, por iniciativa da Câmara Municipal. Sobre este assunto, publicou em 1948 a obra A Procissão do Corpo de Deus na 1.ª metade do Século XVIII, em Lisboa.[1]
Durante a Guerra Civil Espanhola, fez parte de um grupo que auxiliou combatentes portugueses feridos, num hospital de Ciudad Real.[6]
Fez parte da Maçonaria, pertencendo à loja Tolerância sob o nome simbólico de Manuel de Arriaga.[7]
Falecimento e família editar
Por estar doente com uma doença terminal, suicidou-se a 23 de Fevereiro de 1958.[3][5] Faleceu na sua residência, a Vila Berta, na Travessa da Pereira, em Lisboa.[4]
Estava casado com Branca Figueiredo Tojal, e era pai de Carlos Francisco Tojal e Francisco Joaquim Tojal.[4] Era irmão de Raul Francisco Tojal, João Francisco Tojal, Afonso Francisco Tojal e Berta Conceição Oliveira e Silva Tojal.[4]
Homenagens editar
Em 2008, a autarquia de Sintra deliberou que o seu nome fosse atribuído a um arruamento na Freguesia de Colares.[2]
A 4 de Março de 1941, foi feito Oficial da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial, na Classe Industrial.[8]
Referências
- ↑ a b c d Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 31. 830
- ↑ a b «Deliberações de 16 de Janeiro a 17 de Dezembro de 2008». Câmara Municipal de Sintra. Consultado em 29 de Outubro de 2012. Arquivado do original em 29 de Julho de 2012
- ↑ a b c d «Os nossos mortos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1685). 1 de Março de 1958. p. 126. Consultado em 29 de Outubro de 2012 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b c d «Morreu hoje o conhecido construtor Diamantino Tojal». Diário de Lisboa. Ano 37 (12648). Lisboa: Renascença Gráfica. 23 de Fevereiro de 1958. p. 16. Consultado em 23 de Outubro de 2020 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares
- ↑ a b MAIO, Luís (28 de Abril de 2011). «Ritz - Four Seasons Hotel». Público. Consultado em 29 de Outubro de 2012
- ↑ «Panorama» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 71 (1687). 1 de Abril de 1958. p. 180. Consultado em 29 de Outubro de 2012
- ↑ Oliveira Marques, A. H. (1985). Dicionário da Maçonaria Portuguesa. Lisboa: Delta. p. 1424
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Diamantino António Tojal". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 16 de dezembro de 2015
