Discussão:História do transporte ferroviário em Portugal

Último comentário: 3 de agosto de 2022 de Tuvalkin no tópico Fontes

Proposta para uma abordagem mais abrangente dos Caminhos de Ferro "portugueses". editar

Quando se fala de Caminhos de Ferro, referimo-nos a infraestruturas localizadas fisicamente ao longo de um território e cujo objectivo é unir localidades representativas de regiões. Aliado a este facto, a construção de tais infraestruturas é sempre motivada por interesses estratégicos, sendo porventura o mais importante o interesse económico. Ora quando se aborda o tema dos caminhos de ferro "portugueses", naturalmente que se deve assumir o contexto diacrónico em que estes empreendimentos tecnológicos ocorreram e, de forma mais abrangente, não esquecer de mencionar os caminhos de ferro construídos em territórios que Portugal administrou durante todo este espaço temporal. Refiro-me, em particular, às vias férreas construídas nos territórios coloniais de África então sob domínio português, nomeadamente Angola e Moçambique (e também Índia Portuguesa), um investimento que se iniciou em finais de XIX e que foi fortemente impulsionado durante a ditadura do Estado Novo. Sendo factual que no Portugal metropolitano foram construídas cerca de 3000 km de vias férreas, não se pode ignorar o facto igualmente relevante de que durante o período colonial, foram também construídas um total de cerca de 3000km de vias férreas em Angola e Moçambique às quais se deve acrescentar todas as infraestruturas ferroviárias de apoio (pontes, oficinas de manutenção, estações, entrepostos de mercadorias, etc.). Também há que referir o material circulante, como vagões e locomotivas. No caso específico das locomotivas, estas tinham características de robustez e potência bastante superiores às das locomotivas a circular na metrópole. Relativamente a vagões, havia-os para transporte de mercadorias e também de passageiros, alguns deles vagões-cama, a circular nas linhas férreas de Moçâmedes e de Benguela, por exemplo. Há que referir que na cidade do Lobito, nos anos 60 e 70 de XX, havia um dos maiores estaleiros de África pertencente à Lisnave, onde também se construiam vagões de passageiros, alguns deles postos a circular nas linhas férreas de Portugal continental. Há historiadores lusos que alegam que o Estado Novo pouco investiu nas ferrovias em Portugal continental, comparativamente ao investimento feito durante a I República, a favor da rodovia. Porém, é importante não esquecer que, à época, Portugal era uma potência colonial e que, por inerência, teve de administrar todos esses territórios, dotando-os de infraestruturas muito diversificadas e a uma escala proporcional à dimensão dos mesmos. Não tenho a pretensão de ser editor da Wikipedia. Porém, faço este reparo para que alguém possa aprofundar o artigo ou citar as páginas da História dos Caminhos de Ferro, respectivamente, de Angola e de Moçambique, pois entendo que o tema não deve ser restringido apenas ao país, mas também ao contexto histórico e ao património produzido por Portugal em territórios agora independentes. Não sendo assim, há factos históricos nacionais relevantes que ficam omissos ou dispersos/descontextualizados, o que considero grave, pois a História Colonial Portuguesa deve ser mencionada a par do contexto, sem enviesamentos ou escrúpulos infundados, sempre que assim tiver de ser.2001:8A0:F28F:F100:8066:D80C:FFC7:DA5C (discussão) 01h22min de 2 de julho de 2020 (UTC)PJAlvesResponder

Obrigado pelo seu comentário. Apesar do título um pouco genérico, a intenção principal do artigo é de descrever a história dos caminhos de ferro pesados (excluindo em grande parte os urbanos, como carros eléctricos) em Portugal continental, excluindo assim as ilhas e as antigas colónias. Mas tem razão, devia mencionar, nem que fosse de forma ligeira, os sistemas ferroviários ligeiros, insulares e coloniais. Vou ver se consigo fazer isso. Uma vez mais, obrigado pelo seu comentário, e melhores cumprimentos. -- AJPValente (discussão) 02h12min de 2 de julho de 2020 (UTC)Responder

Fontes editar

@Ajpvalente: (e demais interessados), vejam lá este calhamaço:

Tem 535 páginas e 0 mapas (pronto, os mapas estão em anexo e não encontei o pdf respetivo). -- Tuválkin 13h10min de 3 de agosto de 2022 (UTC)Responder

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