Drastamates foi um oficial eunuco do século IV, ativo no tempo do rei Tigranes VII (r. 339–350) ou Ársaces II (r. 350–368).

Drastamates
Etnia Armênio
Ocupação mardepetes
Religião Catolicismo

Vida editar

 
Dinar de Sapor II (r. 309–379)

Era eunuco e serviu como mardepetes sob Tigranes e Ársaces. Para Fausto, era leal e amado osticano que possuía grande principado e honra. Foi incumbido com a missão de proteger os tesouros reais nos fortes de Anglo em Ingilena e Babila em Sofena. Seu coxim (assento) também era maior do que aquele de todos os outros nacarares. Por sua relevância, quando Ársaces foi capturado em 368 pelo Sapor II (r. 309–379), Drastamates foi levado junto. No Império Sassânida, lutou junto dos persas na guerra contra o Império Cuchana, na qual salvou Sapor de ser morto quando foi cercado pelo inimigo e matou muitos cuchanas, trazendo a cabeça de vários campeões diante do xá. Ao retornarem ao Assuristão, onde a capital Ctesifonte estava localizada, Sapor disse-lhe que podia pedir o que quisesse e Drastamates teria retrucado:[1]

Eu não quero nada de você, mas que você ordene que eu vá ver meu senhor natural, o rei Ársaces da Armênia. Porque no dia em que eu estiver com ele, ordene que seja libertado das suas correntes, e lavarei a sua cabeça, ungi-lo-ei, e vesti-lo-ei com um manto. Vou colocá-lo em um sofá e colocar iguarias diante dele, dar-lhe vinho e fazê-lo feliz com músicos. Apenas por um dia.

Embora julgando ser um pedido incomum perante a lei imperial, Sapor consentiu e lhe entregou guarda costas (pustipano) e uma epístola com o selo real para lhe permitir entrar na fortaleza onde Ársaces estava preso no Cuzestão. Ele soltou Ársaces das algemas de ferro nas mãos e pés e nas correntes do pescoço. Lavou a cabeça e o corpo, vestiu-o com um manto nobre, sentou-se em um sofá e reclinou-o. Diante dele, colocou comida condizente com reis e vinho, segundo o costume real. Reviveu e consolou-o e o fez feliz com menestréis. Na hora da sobremesa, colocou diante dele frutas, maçãs, pepinos e guloseimas para comer e deu-lhe uma faca para descascar e comer o que queria. Drastamates o estimulou muito, levantando e consolando-o. Mas quando Ársaces ficou embriagado, lamentou sua situação e enfiou a faca em seu próprio coração. Quando Drastamates viu isto, agarrou a mesma faca e apunhalou-se, falecendo junto do rei.[1]

Referências

Bibliografia editar