Editora Mayo, Bom Dia

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Editora Mayo, Bom Dia é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela RecordTV entre 12 de abril e 7 de agosto de 1971, em 102 capítulos, às 19h15, substituindo As Pupilas do Senhor Reitor e sendo substituída por Sol Amarelo.[1][1] Baseada o argumento de Marcos Rey, foi escrita por Walther Negrão e dirigida por Carlos Manga.[2]

Editora Mayo, Bom Dia
Editora Mayo, Bom Dia
Informação geral
Formato Telenovela
Gênero Comédia romântica
Duração 45 minutos
Criador(es) Walter Negrão
Elenco
País de origem Brasil Brasil
Idioma original português
Episódios 102
Produção
Diretor(es) Carlos Manga
Tema de abertura "Editora Mayo, Bom Dia", Roberto Carlos e Erasmo Carlos (como O Grupo)[1]
Exibição
Emissora original RecordTV
Formato de exibição Preto e branco
Transmissão original 12 de abril – 7 de agosto de 1971

Conta com Luis Gustavo, Débora Duarte, Nathalia Timberg, Mauro Mendonça, Fernando Balleroni, Rodolfo Mayer, Miriam Mehler e Geraldo Del Rey nos papéis principais.

Produção editar

 
Nathalia Timberg em uma cena da novela.

Marcos Rey desenvolveu uma sinopse que fazia duras críticas à Editora Abril – de onde Rey foi demitido pouco tempo antes – com a história centrada numa editora chamada Maio, que seria um lugar com pessoas de péssima índole e cujo dono era um homem diabólico casado com uma mulher chamada Sultana, uma referência à esposa do dono da Abril, Silvana.[1] Quando Paulo Machado de Carvalho, dono da Record, viu as chamadas no ar, mandou afastar imediatamente Rey da autoria, já que tinha uma boa relação com a Editora Abril e não queria exibir algo que era uma briga pessoal do autor.[1]

Walther Negrão, que voltava à Record após o estrondoso sucesso de Antônio Maria e Nino, o Italianinho na TV Tupi, foi convocado às pressas para reescrever completamente a história, que só manteve o cenário principal na editora – que mudou o nome de Maio para Mayo para desvencilhar da indireta – e deu um direcionamento diferente para a obra, focando numa comédia romântica com toques de mistério.[3] Segundo a biografia de Carlos Manga, Walther passou 48h seguidas sem dormir reescrevendo os primeiros capítulos para que pudessem ser regravados.[4] Apesar de não ter tirado a liderança de A Fábrica, da TV Tupi, como era a meta da emissora, fez muito sucesso com o público e foi elogiada pela crítica.[5]

Escolha do elenco editar

Para os protagonistas, Manga convidou Luis Gustavo e Débora Duarte, que tinham feito grande sucesso como par em Beto Rockfeller dois anos antes.[3] A Record trouxe para a novela parte do elenco da TV Excelsior que ficou desempregada após a falência da emissora em 1970, incluindo Nathalia Timberg, Mauro Mendonça, Rodolfo Mayer, Flora Geny, Sílvio de Abreu, Lídia Costa e Wilma de Aguiar.[1]

Censura editar

O estilista Clodovil Hernandes faria uma participação especial na novela, onde tiraria satisfação com o personagem Rubens, que publicaria uma nota sobre uma falsa briga entre ele e Hebe Camargo em uma grande cena de humor.[6] No entanto a Record foi censurada e proibida de exibir a cena pelos censores da ditadura militar brasileira, sob a justificativa de que Clodovil aparecia fazendo "gestos irreverentes e obscenos" e com "jeitinho afeminado".[7][8]

Enredo editar

A trama se desenvolve na editora Mayo, em fase de prosperidade, com a igrenagem publicitária que cria e destrói ídolos. A concorrência egoísta por fa envolvendo artistas, fotógrafos, repórteres e modelos. Desonestidade com a reda da empresa com os sócios, intrigas, fofocas, chantagens, exploração e utilização de pessoas que querem projetar-se como artistas.

Ainda os mistérios, envolvendo o copeiro Chicão e sua filha Jô. O suspense é alastrado quando Ray também consegue emprego de copeiro, apesar de sua larga cultura.


Elenco editar

Ator/Atriz[1] Personagem
Luis Gustavo Ray Pantaleão
Débora Duarte Jô Aguiar
Nathalia Timberg Maria do Carmo Mayo
Mauro Mendonça Matheus Prado Carvalho
Fernando Balleroni Chicão Aguiar
Rodolfo Mayer Américo Mayo
Miriam Mehler Cláudia
Geraldo Del Rey Rubens
Pepita Rodríguez Bia Bombshell
Flora Geny Helena Aguiar
Célia Helena Alice
Ademir Rocha André
Lídia Costa Carolina
Karin Rodrigues Ítala
Silvio de Abreu Subdelegado Damasceno
Wilma de Aguiar Marta
Célia Coutinho Mimi
Perry Salles Salazar
Adriano Stuart Aranha
Heraldo Galvão Tadeu
Rubens Moral Luigi
Edmundo Lopes Edgar
Wladimir Nikolaieff Rodrigo
Righi Salomão Felipe

Participações especiais editar

Ator/Atriz[1] Personagem
Sebastião Campos Jivago

Referências

  1. a b c d e f g h Xavier, Nilson. «Editora Mayo, Bom Dia». Teledramaturgia. Consultado em 26 de junho de 2020 
  2. «7 de agosto na história da TV». TV História. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  3. a b «Era Uma Vez: O dia em que o autor Wálter Negrão trocou a TV Globo pela TV Record». R7. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  4. «Quanto mais cinema melhor: Uma biografia de Carlos Manga». Books. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  5. «Débora Duarte e uma carreira de mais de 60 anos». Museu da TV. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  6. «Ou devolve, ou fecha». Jornal A Tribuna. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  7. «20 casos absurdos de censura às novelas pela ditadura militar». UOL. Consultado em 1 de agosto de 2023 
  8. «Telenovelas sofreram intervenções na Ditadura Militar». jornalistaintolerante. Consultado em 1 de agosto de 2023