Eduardo Dussek

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Eduardo Gabor Dusek[3], ou os nomes artísticos de Eduardo Dussek, Eduardo Dusek e Duardo Dusek (Rio de Janeiro, 1 de janeiro de 1954)[4], é um ator, cantor, compositor e pianista brasileiro.[5]

Eduardo Dussek
Eduardo Dussek
Dussek em 2015, no
26º Prêmio da Música Brasileira
Informação geral
Nome completo Eduardo Gabor Dusek
Também conhecido(a) como Eduardo Dussek
Eduardo Dusek
Duardo Dusek[1]
Nascimento 1 de janeiro de 1954 (70 anos)
Local de nascimento Rio de Janeiro, RJ
Brasil
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s) MPB, rockabilly, doo-wop,[2] marchinha de carnaval
Ocupação(ões) Ator, cantor, compositor e pianista
Instrumento(s) Vocal, piano
Período em atividade 1975-presente
Gravadora(s) Polygram
Polydor
Universal Music
Mercury Records
Som Livre
Deckdisc
Afiliação(ões) João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, Luiz Carlos Góes, Ney Matogrosso, Leo Jaime, As Frenéticas, Maria Alcina, Luiz Antônio de Cássio
Página oficial Site oficial

Biografia editar

Filho de mãe húngara e pai tcheco[6][7], nasceu na Rua Santa Clara, em Copacabana.[4] Quando a família de artistas se viu em dificuldades financeiras, os pais e os quatro filhos (Eduardo, Vera, Marcelo e André) se mudaram para um sobrado modesto no Alto da Boa Vista.[4] Começou a tocar piano por influência do pai, Milan, e compôs sua primeira marchinha aos 9 anos — “Baianinha”, inspirada em Carmen Miranda.[4]

Começou a carreira artística como pianista de peças de teatro aos quinze anos, quando estudava na Escola Nacional de Música. Em 1973, ele foi escalado como pianista na peça “Desgraças de uma criança”, que trazia no elenco Marieta Severo, Marco Nanini e Wolf Maia.[4] No ano seguinte, passou a se apresentar em shows-solo com o nome artístico Duardo Dusek.[4] Mais tarde, passou a compor suas próprias canções e montou uma banda, que acabou apadrinhada por Gilberto Gil[8].

No final de 1977, entrou nos estúdios da RCA Victor com Nelson Motta para gravar um compacto, que teve no lado A “Não tem perigo” (Dussek / Cássio Ferrer) e no lado B “Apelo da raça” (Dussek / Luiz Antônio de Cássio).[4]

A partir de 1978, já tinha algumas composições gravadas por nomes de peso da MPB, como As Frenéticas (o samba "Vesúvio"), Ney Matogrosso (o fox "Seu Tipo") e Maria Alcina (o frevo "Folia no Matagal", dois anos depois regravada por Ney Matogrosso) - todas em parceria com Luiz Carlos Góes.

Suas composições buscavam aliar sátira e bom humor. Em 1980, participou do festival MPB Shell da Rede Globo cantando apenas de cueca a debochada canção "Nostradamus"[4], que não se classificou mas ficou conhecida pelo público. Nessa época, gravou o primeiro LP, Olhar Brasileiro. Mas o sucesso viria em 1982, quando flertou com o ainda incipiente pop rock, no LP Cantando no Banheiro, com "Barrados no Baile" (com Luiz Carlos Góes), "Cabelos Negros" (Com Luiz Antonio de Cássio) e "Rock da Cachorra" (Léo Jaime).

Dois anos depois, notabilizou-se com o LP Brega Chique, cuja faixa-título, mais conhecida como "Doméstica", fazia uma sátira social, bem no clima do teatro besteirol da época. Com o grande sucesso, foi uma das atrações do primeiro Rock in Rio, em 1985.

Em 1986, lançou Dusek Na Sua, com "Aventura" e "Eu Velejava em Você", uma das mais tocantes músicas da MPB, depois regravada por Zizi Possi.

Em 1989, voltou à cena com o musical Loja de Horrores, em que atuava no papel de dentista.

Em 1994, voltou às rádios com “Happy Hour”, que entrou na trilha da novela A Próxima Vítima, da TV Globo.[9]

Nos anos 1990, afastado da função de cantor, interpretou o personagem Capitão-Mor Gonçalo na novela Xica da Silva, da extinta Rede Manchete. Atuou como diretor de espetáculos e, no fim da década, voltou a apresentar alguns trabalhos como humorista e cantor, um deles sobre Carmen Miranda.

Em 2000, por questões de numerologia e também com o objetivo de provocar a pronúncia correta de seu nome, passou a atuar com o nome artístico de Eduardo Dussek, adicionando mais um "s" ao seu sobrenome.[4][10]

Em 2015, revelou que sofre do mal de Parkinson.[4][11][12][13][14] No mesmo ano, interpretou o playboy falido Armandinho na novela I Love Paraisópolis, da TV Globo.[13][14]

Nos últimos anos, passou a se dedicar à pintura.[4][15]

Discografia editar

Álbuns[4]
  • 1978 - Não Tem Perigo / Apelo da Raça (Compacto)
  • 1981 - Olhar Brasileiro
  • 1982 - Cantando no Banheiro
  • 1984 - Brega Chique
  • 1986 - Dusek Na Sua
  • 1991 - Contatos
  • 2000 - Adeus Batucada. Eduardo Dussek sings Carmen Miranda
  • 2009 - O tao de Dussek
  • 2011 - É show
Participacões
  • 1986 - Álbum Abra Seus Olhos - Erasmo Carlos
  • 1991 - Songbook Noel Rosa
  • 1992 - Songbook Gilberto Gil
  • 1994 - Apocalipse Elegante
  • 1994 - Songbook Dorival Caymmi
  • 1996 - Songbook Tom Jobim
  • 1997 - Tributo a Dalva de Oliveira
  • 1997 - Songbook Djavan
  • 1998 - Balaio do Sampaio
  • 1999 - Songbook João Donato
  • 1999 - Songbook Chico Buarque
DVD
  • 2011 - Eduardo Dussek É Show

Maiores sucessos editar

Trabalhos na televisão editar

Ano Título Personagem
1983 Plunct, Plact, Zuuum Mestre da Matemática
1991 Floradas na Serra Bruno
1996 Xica da Silva Capitão-Mor Emanuel Gonçalo
1998 Caça Talentos Mago Epaminondas Episódios Lendas e Cascatas Brasileiras
1999 Você Decide Episódio: "Numa Sexta-Feira 13, Parte 2"
2001 As Filhas da Mãe Ele mesmo
2004 Celebridade Ele mesmo
2005 A Lua Me Disse Caricato
2005 Sob Nova Direção Ele mesmo
2006 Bang Bang Príncipe Von Kristoff
2007 Toma Lá, Dá Cá Apresentador do reality show Além das Panelas Episódio: "Nem Tudo é Realidade"
2007 Sítio do Picapau Amarelo Barão de Münchhausen
2010 A Vida Alheia Gevalí Neiva
2010 Ti Ti Ti Ele mesmo
2015 I Love Paraisópolis Armando Prado (Armandinho)[13]

Trabalhos no cinema editar

Referências

  1. [1]
  2. Melhores Discos do Pop-Rock Brasileiro dos Anos 80
  3. Dussek Dic Cro Albim
  4. a b c d e f g h i j k l «Eduardo Dussek celebra 40 anos de gravações». O Globo. 23 de abril de 2017. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  5. «Eduardo Dussek - Dicionário Cravo Albin». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 6 de janeiro de 2020 
  6. «"Tomei o primeiro copo de vinho aos 4 anos", conta Eduardo Dussek». entretenimento.uol.com.br. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  7. «Morreu aos 92 anos o artista plástico Milan Dusek | Metrópoles». www.metropoles.com. 10 de julho de 2016. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  8. «Eduardo Dussek celebra 40 anos de carreira». EBC Rádios. 18 de junho de 2018. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  9. Vidigal, Raphael (1 de janeiro de 2023). «Aos 65 anos, Eduardo Dussek coleciona sucessos românticos e irreverentes». Rádio Itatiaia. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  10. «Eduardo Dussek - Dicionário Cravo Albin». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 6 de janeiro de 2020 
  11. «Eduardo Dussek, de 'I Love Paraisópolis', revela que sofre do mal de Parkinson: "Não vejo como desgraça"». Consultado em 2 de julho de 2016 
  12. Vidigal, Raphael (7 de janeiro de 2023). «Aos 65 anos, Eduardo Dussek luta contra o Mal de Parkinson com alegria». Rádio Itatiaia. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  13. a b c «Eduardo Dussek, o playboy falido de "I Love", revela ter Mal de Parkinson». NaTelinha. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  14. a b Corrêa, Victor (26 de agosto de 2022). «Eduardo Dussek, de 'I Love Paraisópolis', revela que sofre do mal de Parkinson: "Não vejo como desgraça"». Quem. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  15. «Cantor Eduardo Dussek mostra lado de artista plástico em exposição». VEJA RIO. Consultado em 17 de outubro de 2023 
  16. «Luz, câmera, Dussek!». ISTOÉ Gente. Consultado em 3 de julho de 2021 

Ligação externa editar

 
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